Os 12 projetos selecionados pelo edital 2010 do Fundo Zona Leste Sustentável foram apresentados publicamente em 16 de março, num evento realizado na Subprefeitura de São Miguel Paulista. Na ocasião, os representantes das iniciativas assinaram contrato para o início de repasse dos recursos. Estiveram presentes autoridades locais, componentes do Comitê Programático do Fundo, entre outros parceiros.
Os projetos envolvem as áreas de alimentação, meio ambiente, confecção, comunicação e contabilidade. No processo de seleção, foram analisados pelo comitê programático e por especialistas e, agora, terão a oportunidade de formalizar e alavancar seus negócios, além de aprimorar a gestão, por meio de capacitações, acompanhamentos e monitoramentos.
A iniciativa do Fundo ZL Sustentável é da Comunidade Zona Leste Sustenta, a qual reúne primeiro, segundo e terceiro setores no trabalho conjunto em prol do desenvolvimento local sustentável. A Zona Leste Sustenta congrega Fundação Tide Setubal, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), subprefeitura de São Miguel Paulista, Universidade Cruzeiro do Sul, USP Leste e Instituto Ethos. Representantes da comunidade também compõem o grupo.
Benefícios para a comunidade
“Com apoio inicial financeiro e capacitação, apostamos que os empreendimentos possam ganhar mais autonomia, ampliar seus projetos e alcançar perenidade”, afirmou Maria Alice Setubal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal. Para Renato Padovese, pró-reitor de extensão da Universidade Cruzeiro do Sul, o Fundo é um catalisador: “Ele incentiva, é o começo, uma ajuda para cada empreendedor prosseguir depois”, disse.
Os recursos — de até R$ 50 mil por projeto — devem ser aplicados em compra de equipamentos ou composição de capital de giro, com vistas à geração de renda e à abertura de futuros postos de trabalho na Zona Leste. “O Fundo é um financiamento não-reembolsável. Ou seja, os projetos têm de ‘devolver’ esse valor investido em benefícios concretos para a localidade. Não se trata de concessão de crédito”, explicou Gabriel Ligabue, consultor da Fundação Tide Setubal e responsável pelo desenho do funcionamento do Fundo.
Ligabue detalhou que, durante o acompanhamento e monitoramento que iniciarão nas próximas semanas, serão avaliados pontos como: entrega de relatórios de prestação de contas; evolução no número de clientes; prazo de entregas; e inovação em produtos.
Leia a seguir depoimentos de alguns empreendedores.
“Por meio do Fundo, teremos equipamentos. Com eles, vamos aumentar o nosso leque de produtos e, então, empregaremos novas pessoas. Futuramente, poderemos nos tornar uma rede.”
Luís Felipe de Souza, empreendedor da Bel’s Tapioca, microempresa de São Miguel Paulista, que produz e comercializa 36 sabores de tapiocas no Mercado Municipal do bairro.
“Ainda não temos uma cozinha industrial, coisa que virá com o Fundo e será bastante útil. Além disso, ele nos ajudará tecnicamente porque, assim como outros selecionados, temos dificuldade na administração e poderemos aprender mais nesse campo.”
Sônia Santana, do Costume Popular, espaço de formação e comercialização de experiências de gastronomia e de artesanato, com foco na valorização da cultura popular e regional, que funciona como microempresa em São Miguel.
“Com o Fundo, sairemos da informalidade, teremos mais capacitação na área administrativa e poderemos ampliar a nossa gama de parceiros, inclusive no Terceiro Setor.”
Ariovaldo Molina Júnior, da LED (Lúdico Estúdio Design), empreendimento informal de São Miguel, que desenvolve projetos na área de comunicação visual (logos, sites, documentários).
“Estamos muito animados. Queremos ampliar nossa capacidade de reutilização de banners, formando núcleos aqui na região, e desejamos atuar em rede com o poder público, com empresas e com os geradores de banners.”
Hermes de Souza, da Filó Cabruêra, organização social de União de Vila Nova, que confecciona bolsas e acessórios ecologicamente corretos.
Sabia mais sobre o Fundo ZL Sustentável:
Zona Leste Sustenta apresenta empreendedores que receberão apoio