Democracia e Cidadania Ativa

A democracia pode ser considerada como um regime de ampla participação popular nas decisões políticas que definem os rumos de um país. Mas, tendo em vista as desigualdades sociais e raciais existentes no Brasil, o que temos hoje são ciclos democráticos não concretizados, com formas de distribuição de poder minimamente legitimada por meio de decisão popular. Trata-se de uma democracia incompleta.

Ou seja, esse cenário pode gerar em parte da população a falta de confiança nas instituições democráticas como instrumentos capazes de ampliar os direitos sociais e melhorar as condições de vida no país.

Desse modo, o Programa Democracia e Cidadania Ativa acredita na importância de afirmar os princípios que fundam a democracia. Entende-se que, com a ampliação da cidadania ativa e a defesa de instituições e práticas democráticas, é possível responder ao avanço da desigualdade sem abrir mão da liberdade.

Nesse sentido, o programa promove iniciativas em defesa de princípios e direitos democráticos que contribuam com a inovação no exercício da cidadania em espaços públicos e políticos. Isso ocorre ao por meio da promoção da diversidade e da pluralidade de ideias.

Planos de ação

O Programa Democracia e Cidadania Ativa aplica essas premissas por meio de ações em dois eixos:

1. fomento a projetos que reforcem e divulguem valores democráticos, plurais e de diálogo em periferias urbanas, com investimento no desenvolvimento de habilidades democráticas de lideranças comunitárias. Destaca-se a ampliação da representação negra e feminina nos espaços de debate público;

2. articulação de organizações/atores com o objetivo de influenciar as agendas de coalizões e movimentos. Nesse sentido, o foco é ter em consideração demandas referentes à representatividade racial, de gênero e territorial.

Finalmente, as ações têm como objetivo investir no acesso de novas vozes na cena política, ampliando a diversidade (de raça, gênero e territorial) e garantindo a pluralidade no debate público. Com isso, busca-se influenciar as instituições para uma atuação mais inclusiva e fortalecida para responder ao avanço das desigualdades. Isso acontece por meio da difusão de uma cultura democrática, participativa e com a presença de lideranças periféricas.