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Novas tecnologias em favor da aprendizagem

As novas tecnologias abriram uma janela infinita de possibilidades para a aprendizagem. Entretanto, muitos acreditam que o assunto está ligado diretamente ao computador. Para desmistificar isso, a Diretoria Regional de Educação (DRE) de São Miguel Paulista, em parceria com a Fundação Tide Setubal, realizou a formação Tecnologias para Aprendizagem: desafios e possibilidades em sala de aula.

 

Voltada para professores que atuam no Ciclo de Alfabetização Interdisciplinar e Ciclo Autoral das EMEFs e EMEFM, a formação teve como objetivos promover a integração das linguagens midiáticas, contribuir para a implementação dos projetos de aprendizagem, além de potencializar o uso crítico e criativo de diferentes recursos tecnológicos como forma de expressão para educadores e educandos.

 

Heloisa de Oliveira Ribeiro, assistente técnico-educacional do Núcleo de Tecnologias para a Aprendizagem da DRE, foi uma das idealizadoras do curso. Para ela, não somente os Professores Orientadores de Informática Educativa (POIEs) devem trabalhar com os recursos tecnológicos no desenvolvimento dos projetos, mas, sim, todos os professores. “A produção de projetos interdisciplinares requer isso. É preciso que toda a escola esteja alinhada em torno de um mesmo objetivo político-pedagógico. Uma aula por semana para trabalhar a questão tecnológica para o desenvolvimento de projetos é insuficiente.”

 

O curso foi dividido em três turmas: duas formações ocorreram no primeiro semestre, e a última aconteceu no início do segundo semestre. Cerca de 90 professores, de diversas disciplinas, participaram dos encontros.

 

Na prática, os educadores puderam perceber como o uso de tecnologias pode contribuir com a aprendizagem e o desenvolvimento de projetos interdisciplinares. Além disso, durante as dinâmicas, percebeu-se que existem outros recursos que permitem conexões e não estão necessariamente ligados ao uso de computadores.

 

“Quando pensamos em tecnologia, pensamos exatamente em computador. Com essa formação, queríamos mostrar que existem outras possibilidades de nos conectar não somente com o outro, mas com o mundo que está ao nosso redor. Trabalhar com massa de modelar infantil ou trabalhar com objetos que são especiais para você, seja pelo valor afetivo ou profissional, são formas de conexão”, explica Andrelissa Teressa Ruiz, assistente de projetos da Fundação Tide Setubal.

 

“Não podemos nos esconder atrás do conhecimento que mais dominamos, temos que sair da nossa zona de conforto e nos dar a chance de aprendermos coisas novas, a tecnologia nos proporciona isso!”, complementa José Luiz Adeve, mais conhecido como Cometa, coordenador do Núcleo de Comunicação Comunitária da Fundação Tide Setubal.

 

E foi isso que fez a professora de História Maria Angela Waissmann, da EMEF Vicente Amato Sobrinho. “A capacitação despertou um novo olhar para o uso de tecnologias, o que gerou um impacto positivo na disseminação do conhecimento dentro da escola em que leciono.” As técnicas de fotografia chamaram a atenção da educadora. “Incentivamos o uso da máquina fotográfica pelos alunos como uma nova possibilidade de apresentação de trabalhos. Com isso, os professores passaram a conhecer mais o equipamento e a saber direcionar o recurso de maneira positiva, possibilitando o uso para a aprendizagem.”

 

Para Isaque de Souza, da EMEF Euzebio Rocha Filho e da EMEF Capistrano de Abreu, a formação também foi importante para a reflexão sobre o uso da tecnologia. “Temos, em nossas salas, jovens com muito potencial, ávidos por novidades. É preciso que o professor esteja conectado com essa nova realidade”, finaliza.

 

 

Depoimentos:

 

“A forma de condução das atividades me surpreendeu. Pensei que fosse mais um curso de informática. Acredito que eles conseguiram despertar a curiosidade de todos. Os palestrantes realmente dominavam o assunto e nos apresentaram vários recursos para serem utilizados dentro das salas de aula”, Andreia Sousa Sales, EMEF Dr. João Augusto Breves

 

 

“Aprendi muito nessa formação, não ficamos apenas na teoria. As experiências práticas, na minha opinião, contribuíram para despertar um novo olhar dos professores em relação às tecnologias”, Vania Cristina de Souza Rodrigues, EMEF Virgilio de Mello Franco

 

 

“Sempre busco novas tecnologias, não gosto de rotina. Achei a formação muito interessante nesse sentido, pois nos deu uma visão geral e infinitas possibilidades que podem ser recriadas dentro das salas de aula”, Eloiza Wakate, EMEF Vicente Amato Sobrinho

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