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Fundação Tide Setubal apoia lançamento de livro sobre políticas para o Ensino Médio
O Ensino Médio brasileiro é marcado por uma série de disparidades. Essa é uma das conclusões do livro “Políticas para o Ensino Médio e desigualdades escolares e sociais”, baseado em uma pesquisa de mesmo nome realizada pelo Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), em parceria com a Editora Moderna […]
O Ensino Médio brasileiro é marcado por uma série de disparidades. Essa é uma das conclusões do livro “Políticas para o Ensino Médio e desigualdades escolares e sociais”, baseado em uma pesquisa de mesmo nome realizada pelo Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), em parceria com a Editora Moderna e a Fundação Santillana, com apoio da Fundação Tide Setubal. No dia 7 de agosto, aconteceu, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, em São Paulo, o lançamento da publicação, seguido de debate sobre seus principais resultados.
Na abertura do evento, Silvana Maria Clivati, coordenadora da biblioteca, falou sobre a importância de abrigar o debate e desejou que o encontro reverbere criativamente em nosso cotidiano. Na sequência, André Lázaro, diretor da Editora Moderna, elogiou a parceria para a publicação do livro e lançou uma provocação: “seremos capazes de conquistar um ensino médio à altura do que os nossos jovens merecem?”
Maria Alice Setubal, presidente do conselho da Fundação Tide Setubal, falou sobre a ideia que motivou a criação da pesquisa. “Desde o começo, a gente pensava que não era para esse debate ficar só na academia, em discussões teóricas. Com a Base e a reforma do ensino médio, precisamos discutir esse tema, apesar de ser um tema complexo. Essa pesquisa é uma contribuição, e mais do que isso, é uma tentativa de aprofundarmos esse diálogo”, afirmou.
Desigualdades na rede
Antonio Augusto Gomes Batista, Coordenador de Desenvolvimento de Pesquisas do Cenpec, apresentou as linhas gerais da pesquisa, realizada entre 2015 e 2016 a partir da descrição e análise das políticas de ensino médio de quatro estados: Ceará, Pernambuco, Goiás e São Paulo.
Batista destacou os impactos da oferta concomitante da matrícula em tempo integral e parcial e suas consequências para o aumento das desigualdades. “Escolas de excelência não sãoofertadas para todos. Então temos uma escolha: eu faço uma escola pública de excelência para alguns e ofereço uma escola que não é de excelência para outros? Eu salvo alguns e não consigo dar as mesmas chances para outros?”, questiona.
A pesquisa constatou, entre outros aspectos, que a oferta simultânea de vagas no ensino parcial (que concentra a maior oferta) e no integral está contribuindo para o aumento das desigualdades sociais. Isso ocorre pois é impelido a estudar no ensino parcial o aluno de origem menos favorecida, especialmente aqueles de menor nível socioeconômico, baixo desempenho acadêmico e pouco capital cultural, com defasagem idade série e ainda aquele jovem que precisa trabalhar ou tem a perspectiva de ingressar no mercado antes de finalizar a Educação Básica.
A segunda etapa do evento trouxe a mesa “Das políticas nacionais de educação à implementação nos estados”, com o secretário de Estados de Educação e Esporte do Acre, Marco Antônio Brandão Lopes; e André Lázaro, diretor da Fundação Santillana. Na sequência, a mesa “Como as políticas chegam às escolas”, procurou debater como se dá o processo de implementação das políticas no cotidiano escolar, com participação de Cecília Resende, superintendente de Juventude, Ensino Médio e Educação Profissional da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais; da diretora da Escola Estadual Oswaldo Catalano, Hélida Lança; e mediação de Paulo Saldanã, setorista de Educação do jornal Folha de S.Paulo e diretor da Associação de Jornalistas de Educação – Jeduca.
Baixe a publicação gratuitamente no link abaixo:
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