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Núcleos Mundo Jovem e Comunicação Comunitária promovem formação para professores de informática
Em parceria com Diretoria Regional de Educação (DRE), mais de 80 docentes da rede municipal de São Miguel Paulista participam de iniciativa em agosto e setembro
A Fundação Tide Setubal, por meio dos Núcleos Mundo Jovem e Comunicação Comunitária (NCC), em parceria com a Diretoria Regional de Educação (DRE) São Miguel, ministrou, nos dias 26, 27 e 29 de agosto e 2, 4 e 5 de setembro, uma formação voltada a Professores Orientadores de Informática Educativa (Poies) da rede pública de ensino municipal de São Paulo. A finalidade é aprimorar o uso de recursos tecnológicos para a educação na escola.
Os docentes foram divididos em duas turmas, de 34 e 47 integrantes, respectivamente. Durante três dias, por meio de dinâmicas de grupo, exibição de filmes, conversas e saída fotográfica, os participantes dividiram experiências sobre as práticas educativas, debateram problemas em comum no cotidiano escolar, trocaram informações e estimularam a criatividade para conceberem novas dinâmicas na aula.
Segundo Viviane Hercowitz, coordenadora do Núcleo Mundo Jovem, o curso visou fortalecer práticas que contemplam a realidade local e dos alunos com o uso da tecnologia. “Se o aluno tem de ler e escrever, que tal ele ler e escrever sobre um assunto do qual ele gosta? Isso pode ser sugerido.”, aponta. Para o coordenador do Núcleo de Comunicação Comunitária, José Luís Adeve, Cometa, o Poie é o mediador que garante a educação com o que existe de tecnologia hoje. “Ele pode ensinar aquilo que não sabe ainda, assim como aprender com as crianças. É uma troca mútua de conhecimento e de experiências de vida”, afirma.
Logo no primeiro encontro, os professores criaram um programa de televisão fictício, o “Mais Poies pra Você”, pelo qual compartilharam experiências e casos bem-sucedidos ‒ com diferentes abordagens como a sustentabilidade ou a questão indígena na aula de informática. No segundo dia, o grupo fez um exercício de autoconhecimento e de reconhecimento das identidades dos alunos. Estiveram em debate, também, papeis e limites do professor, da escola e da família e de que forma as aulas do Poie podem contribuir para uma melhor convivência no ambiente escolar. No último dia, eles participaram de uma saída fotográfica pelos arredores da DRE, sendo orientados a captar fatos e símbolos do território onde atuam que podem ser usados em sala. Por fim, práticas bem-sucedidas apontadas pelos docentes foram reunidas em um fanzine, entregue a todos no fim do curso.
Para a DRE São Miguel, a parceria com a Fundação traz um novo olhar aos professores. “Esse formato de curso, bem dinâmico, oferece uma mudança para melhor porque instiga o Poie a criar novas práticas de ensino, utilizando a tecnologia, que os alunos gostam, conhecem e usam. Essa parceria veio para somar e dar mais sentido ao nosso trabalho de formação.”, avalia Vera Maria de Souza, diretora de Orientação Técnico-Pedagógica da DRE São Miguel.
Poies comentam a formação
“A formação despertou a socialização, a integração e a criatividade. Saímos do curso com a certeza de que não estamos sozinhos e mais motivados a aplicar as práticas com nossos alunos.” – Adventino Alves de Santana, Poie na EMEF Prof. José Bento de Assis, na Vila Mara
“A discussão de terça-feira sobre a ‘escola humanista’(que forma o ser humano) e a ‘escola conteudista’ (que passa conteúdo) interessou-me e me fez ter um novo olhar e repensar a minha prática em sala”. – Bruno Melo, Poie na EMEF Vicente Amato Sobrinho, no Jd. das Oliveiras
“A vivência de fotografia foi muito interessante. Gostaria que tivéssemos tido mais tempo para nos aprofundar nessa temática. Essa formação também vai contribuir com meus trabalhos futuros, pois vou sempre relembrar a questão da escuta”. – Heloísa Ribeiro, Poie na EMEF Raimundo Correia, no Pq. Paulistano
“A troca de experiências abre nossa cabeça para as realidades dos nossos alunos. Quando você tem outras formas de ver as situações de conflitos com os estudantes, suas dificuldades e perspectivas de vida, começa a enxergar e a criar outras formas de abordar essas questões.” – José Rivaldo, Poie na EMEF Dr. Hellio Tavares, no Itaim Paulista
“Atuo há 10 anos na área e acho que o curso foi muito construtivo. Houve um espaço para o diálogo ‒que nos fez pensar melhor em como agir ‒, além de novas ideias para ensinarmos os alunos.” – Maria Neide Antunes, Poie na EMEFM Darcy Ribeiro, em São Miguel Paulista
“A dinâmica possibilitou ouvir pontos de vistas de pessoas fora dos nossos problemas, conhecer melhor o mundo do estudante e encontrar soluções. Com certeza, vou aplicar as atividades de relaxamento e me permitir conhecer melhor meus alunos.” – Sales Gomes da Silva, Poie na EMEF Dr. João Augusto Breves, na Vila Progresso