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10° Encontro de Cultura Caipira marcado com luta e histórias

“Esta festa está animada, vamos fazer embolada até a noite brilhar. Olha, eu vou cantar na carreira, quem luta na vida vence e aqui tem paranaense, cearense, piauiense; gente de todo lugar. É um povo hospitaleiro, aqui tem festa todo ano, e um cantador alagoano aqui veio improvisar. No Jardim São Vicente, e esse povo […]

“Esta festa está animada, vamos fazer embolada até a noite brilhar. Olha, eu vou cantar na carreira, quem luta na vida vence e aqui tem paranaense, cearense, piauiense; gente de todo lugar. É um povo hospitaleiro, aqui tem festa todo ano, e um cantador alagoano aqui veio improvisar. No Jardim São Vicente, e esse povo tão decente está em primeiro lugar”, embolada feita pela dupla Peneira e Sonhador durante o 10° Encontro de Cultura Caipira.

Com muita alegria, música, dança e comidas típicas, nos dias 1°, 2 e 3 de julho, aconteceu o 10° Encontro de Cultura Caipira em São Miguel Paulista. A tradicional festa que agita pessoas de toda a região da zona leste, este ano, ocupou um novo espaço, devido a reformas que estão acontecendo no local onde era o Clube da Comunidade (CDC) Tide Setubal, que, em breve, será o Território CEU São Miguel. As barracas de comidas típicas foram montadas na rua e as brincadeiras e apresentações ocuparam a quadra do antigo equipamento.

O novo formato da festa foi recebido de forma positiva. “Quando o Encontro acontecia dentro do CDC Tide Setubal, as pessoas que passavam na rua viam que estava acontecendo alguma coisa, mas ficavam em dúvida se era um evento público ou privado e, na dúvida, acabavam não entrando. Ao ocupar a rua, mostrou-se, de fato, que a festa é pública e é para a comunidade”, reflete Luís Felipe Souza Laurenço, da empresa Bells Tapioca e responsável pela barraca de tapioca.

Segundo Inácio Pereira dos Santos Neto, coordenador de cultura da Fundação Tide Setubal, a realização do festejo era certa, no entanto, a perda da infraestrutura que o prédio do CDC Tide Setubal oferecia era algo preocupante. “Eu achei que foi uma grata surpresa. A vinda da festa para a rua trouxe um simbolismo muito interessante e muito mais gente participou.”

Mesmo com o sucesso do novo espaço ocupado pelo evento, o suporte de um equipamento estruturado faz diferença na sua realização, mas é muito provável que, no próximo ano, a organização já possa contar com isso novamente, conforme afirma Manuel Romão, diretor regional de educação em São Miguel Paulista. “Essa festa é extremamente bonita, atende a população e traz a cultura popular. O CEU São Miguel, que aqui será construído, vai ser um espaço a mais para abrigar também as atividades dessa festa.”

O tema da festa este ano foi:Um Rio Chamado Casa e uma Luta Chamada Terra. “Temos, na cidade, a luta por moradia e, no campo, a demanda por reforma agrária e demarcação de terras indígenas. Além disso, a temática também traz à tona a discussão que está muito aflorada no país, que é a luta por direitos sociais”, afirma Neto.

A temática se fez presente nas apresentações realizadas durante a festa, entre elas o Jongo do Quilombo do Cafundó, reconhecido como uma comunidade quilombola que mantém a cultura de seus antepassados em muitos aspectos; um deles é ainda ter pessoas que dominam a língua cupópia. “Nossa comunidade luta há 200 anos no mesmo espaço, e temos tido algumas conquistas. Para nós, mostrar um pouco da nossa cultura para outras pessoas é muito importante para que saibam da nossa existência e da nossa resistência acima de tudo”, conta Regina Aparecida Pereira, uma das lideranças no Quilombo do Cafundó.

Outro grupo que mostrou suas batalhas e raízes foi o coral indígena Kerexu, da tribo Tekua Ytu, aldeia indígena localizada na região do Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo. “Para nós, é muito importante apresentar nossos trabalhos nesse tipo de evento para as pessoas que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não conhecem as culturas indígenas existentes no Brasil”, explica Jerare Te Mirin, cacique da tribo.

Para Maria Amélia Correia Ferreira dos Santos, moradora do bairro Itaim Paulista, o berço da cultura brasileira esteve presente no festejo. “É a primeira vez que venho a esta festa e estou amando, um banho de cultura, um resgate dos nossos antepassados. E, para mim, a marca de hoje é a representatividade da cultura indígena e da africana.”

Uma das principais marcas do Encontro de Cultura Caipira é a diversidade das manifestações culturais e, este ano, não poderia ser diferente: as três noites foram embaladas pelo forró do Trio Flor de Muçambê, que intercalou as apresentações de grupos como a Orquestra Piracicabana de Viola Caipira, o grupo Batakerê, Jabuticaqui – Ritmo e Tradição, entre outros.

Jéssica Castilho, que esteve na festa pela terceira vez, garante que esta edição teve mais atrações do que as outras. “Eu gosto de participar porque acho legal, tem muitas apresentações e também uma variedade grande de comidas típicas. No bairro, não costuma ter eventos como este.”

Já Gabriela Ferreli disse: “Sou da Vila Curuçá, que fica aqui nas redondezas, e fiquei sabendo da festa pela divulgação da própria população; e é a segunda vez que eu e minha família viemos ao Encontro. Eu acho esta festa muito bacana, porque acredito que é uma forma de integrar a comunidade. Acho importante trazer minha família para meu filho aprender a valorizar a cultura brasileira; penso que muita coisa tem sido perdida e acredito que uma festa como essa, que envolve a população, contribui para isso.”

Sem dúvida a decoração da festa também foi um show à parte: marcantes tecidos de chita que enfeitavam as barracas criaram o cenário na tenda principal, milhares de bandeirinhas flamejavam no céu suspensas e, neste ano, a exposição de fotos em quadros fixados no muro da quadra ou nos pequenos monóculos pendurados nas árvores da rua contou um pouco dos dez anos de Encontro de Cultura Caipira e não passou despercebida pelo público. Anderson Aguiar, morador da região, participou do Encontro pela terceira vez e disse: “Esta festa é essencial, principalmente em um bairro como o nosso, onde a cultura praticamente não chega. As apresentações estão animadas e a decoração, muito linda. O pessoal está de parabéns e a programação, ótima. Eu só acho que tem que ser mais de uma vez no ano”.

Emoções de quem participa – Para a pernambucana Leonides Teixeira Rocha, que há 20 anos mora em São Paulo, a festa rememorou sua infância. “Gosto dessa música de raiz, principalmente da sanfona, porque me traz lembranças do tempo do meu avô. Ele fazia festa junina na fazenda dele, lá em Pernambuco.”

Aidiu Alves dos Santos, moradora da região, também resgatou suas origens durante as apresentações: “Adoro este Encontro de Cultura Caipira porque eu sou baiana e gosto de tudo que é moda caipira. E espero que, agora que vai se transformar em um CEU, esse nosso espaço de participação não seja tirado”.

Neide Maranhão, representante do Jabuticaqui, sentiu a energia do público presente. “É perfeito estarmos diretamente em contato com a comunidade. Nós percebemos, durante a apresentação, o brilho no olhar das pessoas, que parecem sentir saudades quando assistem à nossa dança, que, na verdade, é um ritmo da cidade ou da terra a que eles pertencem, o nordeste brasileiro.”

“Todo ano, o pessoal espera por essa festa e se prepara para ela, gente de longe, de perto, de todo lugar. Nós conquistamos essas pessoas com carinho e respeito”, segundo Julia Terezinha Arjor – ou melhor, Dona Julia –, responsável pela barraca de caldos e escondidinhos.

Maria de Fátima Nascimento, moradora do bairro da Penha, foi pela primeira vez ao encontro. “Eu estou muito feliz, essa união que eu senti e vivenciei – as apresentações, as pessoas –, estamos sendo tratados com muito amor e muito carinho. Sinto gratidão por tudo.”

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