• Ir para o conteúdo
  • Ir para o menu
  • Acessibilidade
  • Contato
  • EN
Logo da Fundação Tide Setubal. A imagem ilustra a página sobre metodologias da Fundação Tide Setubal.
  • A Fundação
    • Quem somos
    • Quem foi Tide Setubal
    • História
    • Equipe e conselho
    • Transparência
    • Parcerias
  • Atuação
    • Como atuamos
    • Prática de Desenvolvimento Local
      • Desenvolvimento Humano
      • Desenvolvimento Urbano
      • Desenvolvimento Econômico
    • Fomento a Agentes e Causas
      • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
      • Apoio à pesquisa
      • Mobilização de ISP e da sociedade civil
      • Projetos apoiados
    • Programas de Influência
      • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
      • Planejamento e Orçamento Público
      • Cidades e Desenvolvimento Urbano
      • Nova Economia e Desenvolvimento Territorial
      • Democracia e Cidadania Ativa
    • Comunicação
    • Desenvolvimento Organizacional
  • Iniciativas
  • Galpão ZL
    • Galpão ZL
    • Agenda
  • Editais
    • Editais para as periferias
    • Elas Periféricas
      • Elas Periféricas 1
      • Elas Periféricas 2
      • Elas Periféricas 3
      • Elas Periféricas 4
    • Matchfunding Enfrente
    • Edital Traços
    • Territórios Clínicos
      • Edital Territórios Clínicos 2021/2022
      • Edital Territórios Clínicos 2023
  • Em Rede
  • Notícias
  • Conhecimento
    • Artigos
    • Publicações
    • Materiais de Estudo
    • Glossário
  • Imprensa
    • Contato de Imprensa
    • Releases
    • Na mídia
  • Podcast
    • Podcast Essa Geração
      • Temporada 1
      • Temporada 2
      • Temporada 3
      • Temporada 4
      • Temporada 5
      • Temporada 6
      • Temporada 7
    • Podcast Desiguais
    • Podcast Escute as Mais Velhas
  • Contato
  • Acessibilidade
  • EN
Facebook LinkedIn
Home > Prática de desenvolvimento > Notícias

“Novas configurações das cidades ameaçam a apropriação do espaço público e o pertencimento dos cidadãos”, acredita Saskia Sassen

Referência mundial na área da sociologia urbana fez a conferência de abertura do Seminário Internacional Cidades e Territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade

As grandes cidades têm adquirido, cada vez mais, novas configurações, colocando em risco a convivência e apropriação do espaço público e acirrando desigualdades e polarizações, com distânciamentos cada vez maiores entre centro-periferias. Essa tendência têm sido observada pela socióloga holandesa Saskia Sassen, referência mundial na área da sociologia urbana, que compartilhou sua visão sobre o tema na conferência de abertura do Seminário Internacional Cidades e Territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade.

A professora da Universidade de Columbia (EUA) iniciou a sua fala destacando que, antes de mais nada, é preciso redescobrir o que são de fato as cidades e a necessidade de se proteger esse conceito, pois a cidade transforma a todos em sujeitos urbanos. “Uma imagem que representa isso é a hora do rush, em que os cidadãos tentam pegar um trem. Há uma mistura e aproximação de classe, gênero, raça etc. Nesse momento somos todos sujeitos urbanos. Portanto, iguais”, ressaltou, enfatizando que é preciso ouvir a cidade, pois ela tem voz.

“Mas nós perdemos a capacidade de entender como a cidade, com a complexidade do espaço, pode falar conosco e transformar as coisas. Um exemplo é o carro super potente que, quando chega ao Centro da cidade, deixa todos os seus potenciais e anda como uma bicicleta. Aí a cidade falou”.

Analisando os movimentos que dispontaram as novas configurações metropolitanas, a socióloga chamou atenção ao fato de que está ocorrendo uma desurbanização das grandes cidades, com a chegada de megaempreendimentos multinacionais que ocupam boa parte de um território, eliminando suas ruas, vielas, praças etc.

“Há, portanto, um impacto direto na vida dos cidadãos, pois a cidade é um local onde as pessoas sem poder aquisitivo também podem ter história, cultura e gerar economia, mesmo que seja numa comunidade específica. E isso não é possível de se fazer dentro de um empreendimento. Assim, quanto mais projetos de grande porte, mais essa possibilidade é tirada das nossas mãos”, enfatizou.

A construção desse cenário vem sendo motivado, nos últimos anos, pela ampliação de compra de propriedades urbanas. Só em 2015, mais de R$1 trilhão de dólares em todo o mundo foram usados para compra de propriedades nas 100 principais cidades do mundo, incluindo São Paulo. Com isso, os imóveis têm adquirido grandes valores, gerando uma crise imobiliária de casas mais modestas e fazendo com que a população tenha que se deslocar para regiões cada vez mais periféricas para conseguir comprar ou alugar um imóvel.

“Se um professor, um enfermeiro ou um bombeiro precisa se deslocar mais de duas horas para ir de casa ao trabalho por conta disso, então temos um problema. Em Nova Iorque, por exemplo, o governo está pagando um valor a mais a estes profissionais para que possam morar um pouco mais perto do Centro da cidade e não gastem tanto tempo em deslocamento. Enquanto isso, os empreendimentos de luxo estão com as luzes apagadas. Isso é uma grande distorção do que a cidade deve ser”, comentou, explicando que isso ocorre porque atualmente a melhor forma de fazer investimento é comprar propriedades em grandes cidades.

Outro ponto fundamental a ser discutido, na opinião da socióloga, deve ser o aspecto imaterial destas propriedades, ou seja, o que está invisível e que merece atenção. Isso porque muitas terras nas quais construções históricas estão instaladas e que são patrimônios nacionais estão passando para mãos de empresas estrangeiras.

Saskia destacou ainda que, apesar do espaço urbano estar sob ameaça, com centenas de estradas construídas, aquisição de imóveis, dificuldades habitacionais etc, há um movimento surgindo nas localidades a fim de favorecer as economias locais, como comércios, cooperativas, microempreendimentos, microcrédito etc, e que é preciso fortalecê-los.

Um caminho para tal é incentivar o desenvolvimento de iniciativas – envolvendo universidades, organizações sociais, órgãos públicos etc – que, a partir da identificação das necessidades locais, preparem os cidadãos para atuarem nestes campos.

E perguntou ao público: “Será que precisamos de fato de uma multinacional para tomar um cafezinho, quando temos pequenos cafés nas cidades que estão lá há gerações? Todas as franquias ao invés de ajudar a circular o recurso no território, leva-o para a sua sede”.

Ao final, a socióloga retornou à sua fala inicial sobre o fato da cidade nos tornar sujeitos urbanos e questionou: “E por quê isso tudo importa? É porque a cidade é um dos poucos espaços em que as pessoas podem ser atores e realizadores. A cidade tem a capacidade de permitir que as pessoas que estão mais ou menos alienadas comecem a sentir que também fazem parte disso. É preciso que esse sentimento de pertencimento apareça”, disse Saskia.

Receba conteúdos novos periodicamente

Conteúdos relevantes no seu e-mail

Você também pode gostar

GALPãOZL

Livros delivery

De Fundação Setubal 19 de novembro de 2020

Imagem do auditório do Cebrap. A foto é um registro da mesa "Segurança alimentar, cinturões verdes e resiliência climática". Imagem do auditório do Cebrap. A foto é um registro da mesa "Segurança alimentar, cinturões verdes e resiliência climática".
PROGRAMAS DE INFLUêNCIA

Oficina do DesJus-Cebrap destaca o papel de segurança alimentar e cinturões verdes para a resiliência climática de São Paulo

De Fundação Setubal 27 de setembro de 2024

PROGRAMAS DE INFLUêNCIA

Quais são os territórios e as origens do conhecimento?

De Fundação Setubal 28 de novembro de 2019

Voltar a pagina inicial Voltar à página inicial Voltar ao topo Voltar ao topo
Fundação Tide Logo Rodapé Mobile Fundação Tide Logo Rodapé desktop
R. Jerônimo da Veiga, 164, 13° andar 04536-000 | São Paulo | SP Brasil
Telefone: (11) 3168-3655
  • ícone do facebook rodapé
  • ícone do instagram rodapé
  • ícone do linkedin rodapé
  • ícone do youtube rodapé
Fechar mapa do site

A Fundação

  • Quem somos
  • Quem foi Tide Setubal
  • História
  • Equipe e conselho
  • Transparência
  • Parcerias

Iniciativas

Galpão ZL

  • Galpão ZL
  • Agenda

Editais

  • Editais
  • Elas Periféricas
  • Matchfunding Enfrente
  • Traços

Atuação

  • Como atuamos
  • Prática de Desenvolvimento Local
    • Desenvolvimento Humano
    • Desenvolvimento Urbano
    • Desenvolvimento Econômico
  • Fomento a Agentes e Causas
    • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
    • Apoio à pesquisa
    • Mobilização de ISP e da sociedade civil
    • Projetos apoiados
  • Programas de influência
    • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
    • Planejamento e Orçamento público
    • Cidades e desenvolvimento urbano
    • Nova economia e desenvolvimento territorial
    • Democracia e cidadania ativa

Fundação em rede

Notícias

Conhecimento

  • Publicações
  • Artigos
  • Materiais de estudo

Imprensa

  • Contato de Imprensa
  • Releases
  • Na mídia

Contato

  • Ícone Facebook Rodapé
  • Ícone instagram Rodapé
  • Ícone linkedin Rodapé
  • Ícone youtube Rodapé
© Copyright 2025. Fundação Tide Setubal. Política de privacidade.
Desenvolvido por Espiral Interativa Link Externo

Nós utilizamos cookies para melhorar a experiência de usuários e usuárias que navegam por nosso site.
Ao clicar em "Aceitar todos os cookies", você estará concordando com esse armazenamento no seu dispositivo.
Para conferir como cuidamos de seus dados e privacidade, acesse a nossa Política de Privacidade.

Aceito o uso de cookies