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Em tempos de pós-verdade, novas narrativas para enfrentar as desigualdades

por Bianca Pyl   Em tempos de pós-verdade, em que o achismo e a produção científica se equivalem, estamos diante, talvez exclusivamente, de uma disputa de narrativas, avaliou Sueli Carneiro, filósofa fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra e conselheira da Fundação Tide Setubal,ao final do último Vozes Urbanas de 2018, que teve como […]

18 de janeiro de 2019

por Bianca Pyl

Em tempos de pós-verdade, em que o achismo e a produção científica se equivalem, estamos diante, talvez exclusivamente, de uma disputa de narrativas, avaliou Sueli Carneiro, filósofa fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra e conselheira da Fundação Tide Setubal,ao final do último Vozes Urbanas de 2018, que teve como tema Democracia e comunicação: novas narrativas no enfrentamento das desigualdades. O evento, realizado pela Fundação Tide Setubal, aconteceu no dia 05 de dezembro, na biblioteca Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros.

Entre 2016 e 2017, a proporção de pessoas pobres no Brasil subiu de 25,7% para 26,5% da população, um aumento de dois milhões, de acordo com dados divulgados pelo IBGE em dezembro de 2018. Diante desse cenário de desigualdade, com aumento da pobreza, com o acirramento de discursos de ódio, é imprescindível que a Comunicação seja debatida e busque maneiras de comunicar essas desigualdades, de forma a conseguir com que a sociedade se sensibilize e, principalmente, se mobilize para enfrentar essa realidade.

Comunicar é um ato político, a escolha pelas pautas a serem produzidas, as fontes a serem entrevistas, os enfoques a serem mostrados passam também por uma escolha política. Por isso é fundamental lutar para que as pautas jornalísticas sejam reflexos das diferentes realidades brasileiras e também que valorize saberes, histórias e culturas que nascem nas periferias.

De acordo com Fernanda Nobre, coordenadora de Comunicação da Fundação Tide Setubal,  estamos enfrentando o desafio de criar narrativas que demonstrem as desigualdades para mobilizar a sociedade. “Sistematizar as discussões é uma forma de manter os temas vivos”, lembrou Fernanda durante a abertura do evento.

A Fundação apoiou, ao longo de 2018, coletivos de Comunicação das periferias a produzirem reportagens de, para e a partir das periferias de São Paulo. Ao todo foram produzidas 30 reportagens sobre desigualdades em diferentes temáticas. Além disso, a Fundação Tide lançou a websérie Enfrente em seu canal no YouTube trazendo diferentes narrativas sobre o enfrentamento das desigualdades. A websérie traz vários depoimentos de pessoas que estão atuando na temática, sob diferentes aspectos, mas com a visão das potências que existem nas periferias e não com o enfoque comum, que é a vulnerabilidade desses territórios.

→Assista a série Enfrente e se inscreva no canal

 

O debate contou com a participação de Bianca Pedrina, co-fundadora do coletivo Nós, mulheres da periferia; Daniel Gasparetti, diretor Executivo de Estratégia na Mutato; Cristina Aragão, comentarista de cultura do jornal das 18h da GloboNews e co-diretora da série "Política modo de fazer". A mediação ficou por conta da jornalista Flávia Oliveira, comentarista de economia do "Estúdio i" e do "Edição das 18h", na GloboNews, colunista do jornal "O Globo" e comentarista no "CBN Rio".

Contar histórias, aproximar pessoas

Ao falar de Comunicação, Democracia e novas narrativas é impossível não falar em diversidade e foi justamente a falta de representatividade das mulheres das periferias nas pautas jornalísticas que motivou Bianca Pedrina a fundar o coletivo Nós, mulheres da periferia. “O coletivo existe porque nós não tínhamos espaços na imprensa. O local onde moramos é invisibilizado porque a grande imprensa é composta por homens brancos e ricos que estudaram na USP. Diante dessa realidade de invisibilidade, decidimos construir nossas narrativas”, disse Bianca durante o evento.

Segundo a pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, realizada pela Federação Nacional dos Jornalista (FENAJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), as mulheres são a maioria nas redações (64%), mas ainda recebem salários menores que os seus colegas e não ascendem aos postos de comando. Além disso, os colunistas são predominantemente homens e brancos. A jornalista Flávia Oliveira lembrou outro fator importante nesse cenário que faz com que as mulheres, sobretudo as moradoras das periferias, não se reconheçam nas pautas: somente 25% das fontes (entrevistadas e entrevistados pelos jornalistas na produção de uma reportagem) são mulheres.

O distanciamento que a produção jornalística pede acabou por desumanizar muitas histórias e invisibilizar pessoas e territórios, deixando de aproximar o leitor/telespectador de realidades diferentes da sua, na opinião de Bianca. E o coletivo trabalha justamente com o que o jornalismo estava negligenciando: as histórias de vida por trás dos dados. “Esse olhar estrangeiro não conta as nossas histórias, que tem como protagonistas mulheres negras e pobres. Trazemos essas mulheres para o centro das pautas, praticamos a escuta ativa e isso é muito rico ”, relatou.

→ Clique aqui e leia a pesquisa  

Histórias contadas em primeira pessoa

“Eu acredito nas histórias contadas na primeira pessoa”, disse Cristina Aragão. Para a jornalista, as personagens mostradas durante a série “Política modos de fazer” não estão esperando a solução do Estado, elas estão atuando em busca das mudanças que querem em seus territórios. A série foi realizada pela Maria Farinha Filme, GloboNews e Instituto Update – com apoio da Fundação Tide Setubal. A jornalista relatou que a série teve uma boa repercussão na audiência do canal a cabo.

Não só o jornalismo, mas também a publicidade precisam conseguir captar as diversidades presentes em nossa sociedade e não construir campanhas que reforcem estereótipos. Contudo, o desafio para isso é grande e a falta de diversidade está dentro das próprias agências. De acordo com Daniel Gasparetti, diretor Executivo de Estratégia na Mutato, a média de negros nas agências de publicidade é de 2% e de mulheres na área de criação não chega a 20%. “A diversidade se passa como uma iniciativa de cunho social, mas na verdade tem a ver com a qualidade do trabalho, publicidade boa é aquela que conecta com as pessoas. Se só tiver homens brancos, moradores de Pinheiros, não vai se conectar com ninguém. Nós contratamos mais negros e mulheres e isso aumentou a qualidade do nosso trabalho”, relatou Daniel.

O publicitário explicou que não se trata somente de colocar uma pessoa negra em cena, isso não é suficiente para resolver a questão. “Não adianta vir com ‘mas tinha uma pessoa negra’ porque isso não é entender a questão, isso é só colocar uma pessoa. Não é entender o que ofende, é tapar o sol com a peneira”, ponderou.

A palavra de ordem para os integrantes da mesa é a conexão, conseguir construir narrativas que sejam pontes para aproximar as pessoas e mobilizar para o enfrentamento das desigualdades. A nossa interação, principalmente virtual, está cada vez mais complexa, na opinião de Daniel. Para ele precisamos entender o que impede que a Comunicação com  novas narrativas e diversidade atinja quem está “fora da bolha”.  Para Maria Alice Setubal, presidente da Fundação Tide, durante essa eleição ficou muito claro que estamos nos comunicando somente com as nossas bolhas.

A jornalista do coletivo Nós, mulheres da periferia acredita que humanizar os dados apresentados nas pautas pode ajudar a criar essa aproximação. “Estamos vivendo um período de descrédito, no qual dados e pesquisas são questionados. Mas sabemos que o dado por si só não se sustenta. Para furar a bolha, é preciso gerar empatia, mostrar quem está sendo negligenciado nos postos de saúde. E também diversificar quem está contando essas histórias”, detalhou.

Assista  o resumo do evento

Contexto complexo, discurso simples

Na avaliação do publicitário Daniel, em contextos complexos, quem tem o discurso mais simples ganha. Por isso, o nosso desafio é simplificar questões muito complexas. “Temos que simplificar, estamos a quilômetros de distância de falar com quem elegeu o Bolsonaro”, opinou. 

O jornalismo da grande imprensa precisa enxergar as pautas que antes não costumava ver e também traçar parcerias para chegar em locais que não chegava, na avaliação de Cristiana. “Fazer parceria como fizemos com a Fundação Tide e a Alana para a produção da série Política modo de fazer”, exemplificou.

Uma das missões de quem produz conteúdo de Comunicação durante esse novo governo é informar quem está ocupando os espaços de poder, segundo Bianca. E para a mediadora do debate, aumentar as fontes femininas e negras nas reportagens que irão analisar as ações do novo governo é uma das formas de construir novas narrativas.








Baixe aqui o caderno Vozes Urbanas de 2018  

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