Fundação Tide Setubal
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Atuação em escolas, mais parcerias e cursos marcam ano do Ação Família

@Comunicacao

10 de janeiro de 2014
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Em 2013, o Programa Ação Família, realizado pela Fundação Tide Setubal, beneficiou diretamente cerca de 500 pessoas em suas atividades, em São Miguel Paulista. Reuniões socioeducativas contaram com 151 pessoas e atingiram indiretamente 551 familiares, enquanto a Oficina Escola de Culinária somou 400 certificações em cursos, incluindo as parcerias do Instituto Lojas Renner e do Sesi. Em paralelo, com o apoio do Instituto Azzi, 40 pessoas, em 9 moradias, tiveram intervenção de melhoria em suas casas, cinco famílias receberam acompanhamento terapêutico de profissional da Universidade Cruzeiro do Sul, e a atividade de “escovódromo”, com a Odontoprev, alcançou 30 adultos e 70 crianças.

 

Ao longo do ano, 17 encontros abordaram educação, saúde, trabalho, habitabilidade e solidariedade vicinal. Núcleos da Fundação, como Mundo Jovem e NCC, também participaram de algumas reuniões, e foram feitas mobilização e articulação de agentes promotores do desenvolvimento de São Miguel ‒como das UBSs e das escolas ‒, que complementaram os conteúdos e ampliaram o diálogo com a comunidade. Seis grupos se reuniram nos seguintes espaços:EMEF José Honório, EMEF Armando Righetti, EMEF, EMEI e CEI do CEU Três Pontes (dois grupos), Procedu e Galpão de Cultura e Cidadania.

 

“Esse ano mostrou que está cada vez mais consolidada e acertada a nossa opção de trabalhar dentro das escolas, porque o fortalecimento delas e de demais instituições locais resulta em mais aproximação e interação entre a família e a instituição de ensino”, explica Lucia Amadeo, coordenadora do Programa Ação Família. “Em relação às reuniões, podemos ver, já no primeiro ano de participação, famílias mais fortalecidas, apropriando-se de direitos e deveres e compreendendo o funcionamento dos serviços públicos. E nossos diagnósticos periódicos têm nos permitido trabalhar com mais foco, por exemplo, em saúde, que é onde residem as principais vulnerabilidades dos nossos beneficiados”, completa.

 

O Ação Família esteve presente em outras ações no território. Participou, por exemplo, da Coordenação do Fórum de Prevenção à Violência de São Miguel, que promoveu seis seminários, no auditório da Subprefeitura local, abordando violência contra a mulher, tráfico de pessoas, saúde do homem, entre outros. Também coordenou, com demais núcleos da Fundação, a parceria com o CIC Leste para a realização da Mini-Jornada da Cidadania, no Galpão do Jd. Lapenna, em agosto, que resultou em vários serviços à comunidade, como orientações jurídica e médica. Em novembro, ocorreu a festa de formatura dos participantes que concluíram dois anos de atividades. Eles receberam certificados e o livro da família, produzido ao longo das atividades, e assistiram a um filme de retrospectiva das reuniões.

 

 

Oficina Escola de Culinária

 

O segundo ano de parceria do programa com o Instituto Lojas Renner, para a Oficina Escola de Culinária, teve início em setembro de 2013 e irá até dezembro de 2014. Os recursos possibilitam a realização de parte dos cursos oferecidos na cozinha do Galpão, como o da chef Mara Salles, e o de capacitação profissional, que engloba boas práticas de fabricação, gestão e marketing. “A parceria é bastante positiva, pois permite investirmos em formações focadas na empregabilidade e na geração de renda, bem como no protagonismo de iniciativas empreendedoras”, avalia Lucia. Para ela, a proximidade com a equipe do Fundo Zona Leste Sustentável é outro ponto relevante. “Chefs de empreendimentos gastronômicos apoiados pelo fundo hoje já são contratados para ministrarem aulas para as nossas alunas”.

 

Em 17 de dezembro, como trabalho de conclusão, as participantes do  “Gastronomia, Agora eu Posso – Confeitaria” apresentaram, em grupo, pratos relacionados ao curso, para a degustação de convidados, e receberam certificados. No dia 18, ocorreu a certificação das alunas do curso Especial de Natal e Ano Novo, oferecido pelo Sesi.

 

 

Desafios 2014

 

Entre os principais desafios para o Ação Família no ano que se inicia está o aprimoramento das parcerias com as escolas. “Queremos inserir o programa na EMEF Alm. Pedro de Frontin, sensibilizar novas famílias a participar nas escolas já parceiras e aproximar a proposta das reuniões socioeducativas das equipes pedagógicas, para que haja mais acompanhamento dos participantes e mais alinhamento”, assinala a coordenadora. Outras metas, segundo ela, são: sistematizar a metodologia e disseminá-la; fortalecer a rede de proteção social local para prevenir e atender a demandas de alta vulnerabilidade; continuar a ofertar cursos que estimulem o empreendedorismo; e obter o reconhecimento da Oficina Escola de Culinária como centro de formação de mão de obra qualificada na região.

 

 

Impressões de parceiros e participantes

 

“Nos encontros no CEU Três Pontes, aprendi bastante sobre saúde, alimentação, adolescência e drogas. Foi muito bom porque tenho um irmão alcóolatra, e as reuniões me ajudaram a entender melhor o assunto e a lidar com isso. O programa me auxiliou profundamente, e até digo que, se pudesse, seria reprovada muitas vezes, só para continuar lá.” – Josita do Nascimento Silva Guimarães, 37, autônoma, moradora do Jd. Romano

 

“Ao longo dos encontros, pudemos auxiliar no esclarecimento de dúvidas sobre drogas, informar, acolher, educar e ofertar nosso serviço para a comunidade. Notamos o entusiasmo dos participantes, que mostraram muita atenção, colaboraram com comentários e relatos de suas experiências.” – Michele Baylon, terapeuta ocupacional do Centro de Atenção Psicossocial (CAP) Álcool e Drogas III de São Miguel Paulista

 

“A parceria com o Ação Família é importante para o desenvolvimento de atitudes conscientes em relação à estrutura familiar e à criação dos filhos. É também uma possibilidade de reflexão para uma melhor qualidade de vida comunitária. Já percebemos, por exemplo, pais mais participativos da vida escolar do filho.” – Vera Lucia de Oliveira, diretora do EMEF do CEU Três Pontes

 

“Gostei muito da oficina porque aprendi várias coisas de diferentes tipos de cozinha: chocolate, comida de boteco, bolos etc. Destaco também as amizades que fiz. Em uma aula com a Mara Salles, surgiu a oportunidade de um emprego no Restaurante Tordesilhas. A cada dia, eu aprendo mais. É diferente de o tudo o que já fiz, mas é possível, e eu estou muito feliz por isso.” – Flávia Martins, 38 anos, ajudante de cozinha, moradora da Vila Nair

 

“A maioria das mulheres já trabalhava com doces ou já era empreendedora. Vieram porque queriam investir no seu negócio. Passamos a usar o Facebook como estratégia de divulgação dos produtos e para que elas conseguissem mais clientes. Espero que conquistem mercado e se aperfeiçoem cada vez mais.” – Daniela Romão, chef de cozinha e professora da Oficina, que ensinou bolos, tortas, cupcakes e uso de pasta americana

 

“Como já estava trabalhando como padeira, vim fazer a confeitaria para complementar minha prática e, quem sabe, um dia ter minha própria padaria. Participar do curso mudou praticamente tudo na minha vida: estou pegando mais encomendas, meus clientes estão gostando mais do que faço, e estou aplicando o que aprendo aqui lá na padaria.” – Ana Claudia Ribeiro, 24 anos, padeira


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