Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Confira depoimento dos participantes do Seminário
“O que mais me chamou a atenção foi a reunião de especialistas para discutir o tema desenvolvimento sustentável em uma megalópole, mas especialmente em São Miguel Paulista, um universo marcado por uma imensa diversidade, com 400 mil habitantes. Como nós, empresa com atuação na região, podemos contribuir dentro desta realidade? Estamos pensando no impacto positivo […]
“O que mais me chamou a atenção foi a reunião de especialistas para discutir o tema desenvolvimento sustentável em uma megalópole, mas especialmente em São Miguel Paulista, um universo marcado por uma imensa diversidade, com 400 mil habitantes. Como nós, empresa com atuação na região, podemos contribuir dentro desta realidade? Estamos pensando no impacto positivo que podemos fomentar? As nossas atividades convergem para a sustentabilidade? O debate trouxe muitas questões. Como empresa, nosso desafio é dar uma contrapartida neste contexto, sendo mais um ator nesta dinâmica em prol do desenvolvimento local.”
Junia Mara Caldeira – responsável pela comunicação e responsabilidade social da unidade Votorantim Metais – Níquel – São Miguel Paulista
“A grande questão de quem trabalha na área social é como o investimento pode ser apropriado pela comunidade e revertido, de fato, em ganho real. Investimento não é sinônimo de desenvolvimento. Não se pode ter um “efeito tsunami”, isto é, chega-se e vai-se embora, deixando um rastro de destruição e de desagregação ambiental e social. O principal desafio é adotar outra visão de mundo, na qual todos percebam que sem convergência todos perdem. A única alternativa é a construção coletiva para o bem comum. Neste sentido, o seminário foi extremamente importante, por chamar a atenção para o elemento humano no centro do desenvolvimento”.
Adelina França – coordenadora do Projeto Segurança Humana – Fundo de População das Nações Unidas (UFPA)
“É sempre bom debater o tema desenvolvimento local e conhecer novas iniciativas, como as de microcrédito. São experiências e ideias que podem inspirar as empresas em seu dia a dia e na relação com a comunidade de seu entorno. Além disso, as organizações precisam rever seus processos produtivos, e o consumidor tem que refletir sobre de que, de fato, ele precisa para viver bem. Outra questão na pauta da sustentabilidade é a distribuição equilibrada das riquezas. Há uma faixa gigantesca da população sem acesso a bens e a serviços, enquanto outra camada consome em excesso”.
Graziele Campos da Silva – analista de Projetos do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
“Saio do seminário com muitas reflexões e projetos na cabeça. Uma das responsabilidades do nosso trabalho é propiciar condições para que jovens desenvolvam seu potencial. Recebemos muitos jovens da zona leste. Queremos que eles não só elaborem seu projeto de vida, como também tenham ferramentas para melhorar sua comunidade, para que ocorram mudanças nesta região tão grande. Nesta direção temos o desejo de incentivar o empreendedorismo e outras formas de geração de renda”.
Marta Cavalheiro – coordenadora da Associação Profissionalizante BM&F Bovespa
“Um dos palestrantes disse que uma das saídas para o desequilíbrio econômico, social e ambiental é dar mais valor às atividades do conhecimento. Acredito nesta alternativa para a humanidade. Deveríamos desincentivar o consumo material, valorizando o trabalho e consumo relacionados ao conhecimento. Para isso, é preciso mudar a escala de valores, aquilo que entendemos por felicidade, bem-estar, qualidade de vida. É necessária uma mudança de paradigma. Ouvindo os especialistas no seminário, temos condições de refletir sobre isso e de pensar em mudanças”.
Maria Ângela Barea – economista