CPDOC São Miguel realiza oficinas livres de formação em audiovisual
O CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação São Miguel Paulista) oferece em 2010 três oficinas livres e gratuitas de formação em audiovisual: Fotografia e Memória; Videodocumentário; e Fotodocumentário. Podem participar pessoas a partir dos 16 anos que tenham máquina fotográfica, seja digital ou analógica. Cada curso inscreve até 15 vagas. Este projeto de formação […]
O CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação São Miguel Paulista) oferece em 2010 três oficinas livres e gratuitas de formação em audiovisual: Fotografia e Memória; Videodocumentário; e Fotodocumentário. Podem participar pessoas a partir dos 16 anos que tenham máquina fotográfica, seja digital ou analógica. Cada curso inscreve até 15 vagas.
Este projeto de formação está integrado à proposta do CPDOC de desenvolver ações para conservação e ampliação do acervo sobre a história e o patrimônio da região de São Miguel Paulista, com base nos eixos Educação, Cultura e Cidadania. Ao promover essas oficinas, a equipe busca despertar nos participantes o interesse pela história do bairro e pela construção de narrativas por meio de imagens.
A oficina Fotografia e Memória é voltada a iniciantes. Serão apresentadas técnicas básicas de fotografia e, a partir da história do bairro, será abordada a temática da memória. O CPDOC coloca seu acervo à disposição dos participantes e, nas saídas fotográficas, eles realizam releituras das imagens antigas.
Em 2010, a novidade desta oficina é articular fotografia e memória com as tecnologias da informação e da comunicação. “Para conservar as imagens, é importante a digitalização. Não adianta apenas o aluno aprender a usar o equipamento, se ele não dialogar com os outros equipamentos próprios da sociedade da informação”, conta Mauro Bonfim, coordenador do CPDOC São Miguel.
Outro desafio é fazer com que os alunos passem a navegar na internet e a usar as redes sociais com uma intencionalidade. “Criamos uma comunidade no Ning, onde eles vão poder postar suas fotos, vídeos e textos, ampliando assim a circulação das suas produções”, relata. O endereço é saomiguelpaulista.ning.com.
Dilma Medeiros, 49 anos, moradora da Penha, bairro da zona leste da capital paulista, entusiasmou-se com a proposta de colocar fotos na internet. “Além de tirar foto com mais qualidade e de saber da história do bairro, vou aprender a entrar em uma comunidade para trocar informações com outros interessados em fotografia”, destaca a recepcionista.
O curso não atrai apenas os moradores da Zona Leste. Vicenzo Catanzo, 61 anos, morador de São Caetano do Sul, município da Grande São Paulo, se inscreveu na oficina Fotografia e Memória, para aprimorar suas habilidades técnicas. “Acredito que vou conhecer mais deste bairro e vou aprender muito mais”, disse o aposentado.
Videodocumentário
Na oficina de videodocumentário, que começa em 16 de junho, a construção de roteiros é um dos principais itens do programa. Os alunos aprendem as técnicas de produção e, depois, cada um deles deve elaborar seu projeto de vídeo. “A intenção é que o aluno consiga aprofundar a questão conceitual. O vídeo tem uma função social e queremos mostrar que um documentário pode apontar soluções e discutir possibilidades para problemas sociais”, afirma o coordenador do CPDOC.
Mauro explica que a proposta desta oficina é que os alunos busquem um tratamento diferenciado em relação ao que estão acostumados a ver todos os dias na TV. “Não basta, por exemplo, mostrar a enchente do Jd. Romano. É preciso entender o porquê das ruas ficarem inundadas. Isso passa por uma questão histórica. Como podemos contar isso?”.
Fotodocumentário
A última oficina, de Fotodocumentário, tem início previsto para 6 de outubro e, trabalhará com a perspectiva de fotografia e memória, mas a metodologia é diferente da oficina do primeiro semestre. Neste curso, os participantes não realizam releituras de imagens, mas buscam contar uma história por meio da fotografia.
A turma desenvolve sua produção fotográfica a partir de um tema definido coletivamente. Depois saem a campo para identificar lugares e conversar com as pessoas e também escrevem textos sobre essa experiência. “Procuramos evitar o lugar-comum de que a fotografia é apenas representativa. No processo de produção, ela é contextualizada no tempo, no espaço e no momento da pessoa. Ao recuperar a intencionalidade da foto, começamos a criar a possibilidade de roteirização das imagens”, explica Mauro.
Os interessados na formação podem realizar sua inscrição no CPDOC. Mais informações pelo telefone: (11) 2297-5969 ramal 25 ou pelo e-mail cpdoc@ftas.org.br.