Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Fundação apoia a Rede de Jornalistas das Periferias pelo terceiro ano consecutivo
Um dos benefícios do acesso às redes e da difusão dos meios tecnológicos para a produção de informações foi a possibilidade da produção e difusão da notícia ocorrer em espaços que antes ficavam à margem dos grandes veículos de comunicação. Apoiar grupos e coletivos que trabalham com a informação em territórios periféricos é uma forma […]
Um dos benefícios do acesso às redes e da difusão dos meios tecnológicos para a produção de informações foi a possibilidade da produção e difusão da notícia ocorrer em espaços que antes ficavam à margem dos grandes veículos de comunicação. Apoiar grupos e coletivos que trabalham com a informação em territórios periféricos é uma forma de enfrentar as desigualdades socioespaciais em cidades como São Paulo.
A Fundação Tide Setubal fortalece, desde 2016, a rede de jornalistas das periferias (clique para saber mais) como estratégia de ampliar sua atuação nos territórios e reforçar a sua missão. Este ano, o apoio institucional a essa rede será continuado e algumas propostas já estão sendo elaboradas. Fernanda Nobre, coordenadora da área de comunicação da Fundação acredita que “a aproximação com os coletivos aconteceu justamente por crermos na produção de comunicação nas periferias. É fundamental ampliar o alcance de produções que trazem as narrativas construídas nos territórios na contramão da representação e da narrativa hegemônica, o que para nós é fundamental quando se fala em enfrentamento das desigualdades”
Os coletivos da rede que apresentaram propostas para 2019 foram: Historiorama, Alma Preta, Nós, mulheres da periferia, Periferia em movimento , Casa no meio do mundo, Desenrola e não me enrola, TV Grajaú e Dicampana Foto Coletivo. São diversas pautas cujo tema central é o ciclo de vida do sujeito periférico: infância, juventude, vida adulta e envelhecer.
Para a rede, os seus valores e princípios estão sustentados em um plano de ação que envolve comunicação e política a partir da realização de três agendas em construção e negociação para este novo momento da parceria. A proposta deste ano dos coletivos para a Fundação divide-se em criar, produzir e distribuir conteúdos a partir e para as periferias de São Paulo e influenciar na elaboração de novas estratégias de financiamento do jornalismo feito nas periferias, dando continuidade ao No Centro da Pauta.
O que a rede de jornalistas das periferias já fez
A rede foi criada, oficialmente, no segundo semestre de 2016. No primeiro ano realizou o
“Periferias Convidam”, programa de sabatinas com candidatos/as à prefeitura da cidade de São Paulo. Esta primeira iniciativa dos coletivos organizados levou para os moradores das periferias um contraponto às perguntas convencionais presentes nos debates da chamada mídia tradicional.
Em 2017, a Rede deu continuidade à sua agenda, com a realização da Virada Comunicação (clique aqui e saiba como foi esse evento) , um evento que mobilizou diversos grupos para discutir, pelo olhar da comunicação, os problemas e potencialidades encontrados nos territórios periféricos.