Fundação Tide Setubal participará mais uma vez da Virada Sustentável
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação Tide Setubal participará da Virada Sustentável. O evento faz parte de um movimento de mobilização colaborativa em prol da sustentabilidade, que começou em São Paulo e já realizou outros festivais em Manaus, Valinhos, Porto Alegre, Salvador e Rio de janeiro. “Em 2015, trabalhamos os conceitos sustentabilidade e o uso […]
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação Tide Setubal participará da Virada Sustentável. O evento faz parte de um movimento de mobilização colaborativa em prol da sustentabilidade, que começou em São Paulo e já realizou outros festivais em Manaus, Valinhos, Porto Alegre, Salvador e Rio de janeiro. “Em 2015, trabalhamos os conceitos sustentabilidade e o uso saudável dos espaços públicos.
Já no ano passado, a proposta foi trabalhar com jovens a temática da sustentabilidade em territórios de alta vulnerabilidade”, diz Izabel Brunsizian, coordenadora de projetos da Fundação Tide Setubal. “Este ano, a proposta é um pouco diferente: vamos juntar a temática da Virada com as demandas relativas à sustentabilidade que surgiram no processo de elaboração do Plano de Bairro do Jardim Lapenna, um instrumento de microplanejamento urbano participativo. Assim, por meio da articulação com diversas organizações da região, a Virada Sustentável terá efeitos também a médio e longo prazo no Lapenna”, afirma.
O espírito de colaboração está na base da Virada Sustentável, que envolve a articulação e a participação direta de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades, entre outros, com o objetivo de apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população.
Em 2015, a Fundação Tide Setubal aderiu pela primeira vez ao evento, na época em sua 5ª edição. O CDC Tide Setubal recebeu uma roda de conversa sobre arte e sustentabilidade. André Palhano, fundador e organizador da Virada, abriu o debate destacando a importância das artes para estimular práticas sustentáveis. “A arte provoca um novo olhar e relação com a realidade, por isso é importante pensarmos em novas narrativas e estratégias que sensibilizem e mobilizem as pessoas para mudanças de hábitos e comportamentos, enfatizando a força da brincadeira e da diversão para a construção de uma sociedade sustentável”, afirmou.
Além da roda de conversa, os alunos da EMEF José Honório participaram de uma série de atividades sustentáveis promovidas pela Fundação Tide Setubal, em parceria com o Instituto NUA e com a ONG Organicidade. Os estudantes do 6º e 7º ano tiveram oficinas oficinas de culinária e sabores, horta, minhocário e sementeira, e realizaram jogos da natureza nos quais aprenderam um pouco mais sobre sustentabilidade ambiental e exploram os espaços da escola.
“Nunca tinha feito uma horta, foi legal colocar a mão na terra, mas eu gostei mesmo foi da oficina de culinária onde aprendemos sobre alguns temperos e preparamos os lanches para toda a turma, adoraria ter mais atividades como essa na escola”, disse a aluna Vitória Cristina, na época com 12 anos.
Crianças e sustentabilidade
Em 2016, a Fundação participou mais uma vez do evento, em parceria com o Instituto Nova União da Arte (NUA), crianças que faziam parte dos programas e projetos das duas instituições nos bairros do Jardim Lapenna e da União de Vila Nova participaram de uma série de atividades relacionadas a proteção e cuidado com o meio ambiente.
Batizada de Viradinha, a série de atividades começou com uma discussão sobre a Carta da Terra, documento com princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade justa, sustentável e pacífica. As crianças ainda conversaram sobre diferentes aspectos dos espaços dos bairros, fizeram desenhos e participaram de brincadeiras. Samuel da Silva Costa, 11 anos, conta: “Aprendemos aqui, na Virada Sustentável, que não devemos jogar lixo na rua e que temos que economizar água; e é importante aprender isso”.
Além das temáticas elencadas por Samuel, o cuidado com o próprio corpo e as questões alimentares também integraram a programação da Viradinha. “A Fundação tem na sua missão a sustentabilidade, a grande sacada é como conseguir trazer esse tema, que é tão amplo, para ações do dia a dia. Por isso, discutir sobre alimentação aproxima essa questão das pessoas”, afirma Izabel Brunsizian.
Além de degustar um cardápio saudável e variado, na Viradinha os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um espaço onde se plantam verduras e legumes orgânicos, o Viveiro Escola, localizado no bairro União de Vila Nova. Para encerrar a ação, as crianças deixaram sua marca no território e plantaram mudas em hortas criadas nos fundos do CEI Jardim Lapenna e na EMEI União de Vila Nova.
Virada com os jovens
A integração entre jovens da Funação Tide Setubal, Instituto União da Arte e Colégio Bandeirantes também fez parte da programação de 2016.
As atividades começaram com uma caminhada partindo do Galpão de Cultura e Cidadania com destino ao Parque Jacuí, zona leste da cidade. Em seguida, os participantes foram divididos em três subgrupos e passaram por um circuito de oficinas em que puderam experimentar o parkour, brincadeiras de rua e fazer bolotas de sementes.
Depois de almoçar, os jovens assistiram a um vídeo que mostrou todo o processo de produção dos pratos servidos, desde a escolha dos produtos, a higienização e a preparação deles. A grande surpresa foi a descoberta de que boa parte dos ingredientes foi adquirida no horário da xepa na feira local, período em que verduras, legumes e frutas são vendidos a preços bem baixos.
Para Conceição Brito Lisboa, uma das mulheres da comunidade que participaram do preparo da refeição servida aos jovens, o sentimento é de satisfação com o resultado do trabalho. “Criei meus filhos fazendo a xepa e tenho muito orgulho de dizer isso. Fico feliz de poder ensinar para os jovens que uma comida saudável e boa pode ser feita com o que ia ser dispensado”, relata.
Na sequência, os jovens participaram de um Café Colaborativo sobre sustentabilidade. Com base em uma pergunta colocada em casa mesa, os grupos refletiram sobre diferentes questões ao circular pelo espaço.
Para encerrar o dia, os jovens criaram uma agenda de ações para darem continuidade ao trabalho iniciado durante a 6ª Virada Sustentável.