Racismo estrutural
O racismo estrutural consiste em modus operandi considerado “‘normal’ com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares, não sendo uma patologia social e nem um desarranjo institucional”.
Desse modo, ainda que se tente transferir para a esfera individual, deve-se reforçar que manifestações discriminatórias – e criminosas – de cunho particular são consequências de um processo que se transmite para elas “pela tradição”. Ainda de acordo com Almeida, para combater o racismo estrutural, “além de medidas que coíbam o racismo individual e institucionalmente, torna-se imperativo refletir sobre mudanças profundas nas relações sociais, políticas e econômicas”.
Logo, ao considerar como as múltiplas dimensões do racismo estrutural reverberam, as medidas para combatê-lo englobam todos os segmentos que compõem o tecido social – isso contempla o modo como se estruturam os sistemas educacional e de Saúde, a segurança pública e políticas habitacionais, por exemplo. A mesma lógica vale para o desenvolvimento de políticas públicas específicas para territórios com predominância da população negra e a estruturação do orçamento público – o qual, apesar de alegada neutralidade, na verdade segue premissa que retroalimenta desigualdades também em âmbito racial.
Confira as ações da Fundação Tide Setubal, por meio de suas áreas e programas de influência, para enfrentar causas e consequências inerentes ao racismo estrutural.