Professores Orientadores de Informática Educativa participam de nova formação, promovida por parceria entre Fundação Tide Setubal e Diretoria Regional de Ensino São Miguel
O uso de tecnologias que fortaleçam as práticas educativas e contemplem a realidade local tem provocado a busca por uma nova dinâmica dentro das salas de aula. Desde 2013, a Diretoria Regional de Educação de São Miguel, em parceria com a Fundação Tide Setubal, por meio dos Núcleos Mundo Jovem e Comunicação Comunitária (NCC), realizam […]
O uso de tecnologias que fortaleçam as práticas educativas e contemplem a realidade local tem provocado a busca por uma nova dinâmica dentro das salas de aula. Desde 2013, a Diretoria Regional de Educação de São Miguel, em parceria com a Fundação Tide Setubal, por meio dos Núcleos Mundo Jovem e Comunicação Comunitária (NCC), realizam formação voltadas a Professores Orientadores de Informática Educativa (POIEs) da rede pública municipal.
A ideia surgiu com o objetivo de promover a interdisciplinaridade e a interligação dos diferentes saberes, ou seja, combinar a tecnologia com as diversas disciplinas. “No caso dos Poies, os educadores possuem uma flexibilidade maior para criar e desenvolver temas. Eles são agentes agregadores e provocadores de interdisciplinaridade”, conta Viviane Hercowitz, coordenadora do Núcleo Mundo Jovem, da Fundação Tide Setubal.
Em 2013, o curso reuniu cerca de 90 participantes. A continuidade nas formações foi a sugestão de 42% dos profissionais. A nova versão visa contribuir no processo de orientação dos Trabalhos Colaborativos Autorais (TCA), realizados pelos alunos do ciclo autoral, segundo a política do Mais Educação. Os TCAs são projetos de intervenção social em seus territórios e os professores devem apoiar reflexões críticas sobre suas realidades, além de produzir trabalhos que sistematizem seus aprendizados.
Os encontros da formação 2014 com o tema Tecendo saberes e afetos: intervenção social, convivência e tecnologias buscam promover a interatividade e a troca de informações entre os profissionais. “Nosso objetivo é apoiar os professores para as produções que combinem o uso de tecnologia com uma ou mais disciplinas – e ao mesmo tempo sejam condizentes com a realidade local do território”, diz Viviane. Para José Luiz Adeve , o Cometa, a formação visava também despertar nos educadores o seu pepal de sujeitos da historia. " Nesse sentido, sair do lugar de adulto e olhar o mundo da mesma forma que os adolescentes, pode ser um meio de instigar e despertar o prazer de aprender dos jovens", destaca o coordenador do Núcleo de Comunicação Comunitária. São MIguel no Ar.
Cerca de 95 pessoas participaram da programação. Na prática, as atividades são divididas em quatro etapas. A primeira se inicia com as boas-vindas aos educadores e coordenadores pedagógicos. Em seguida é lido um texto que os leva a uma reflexão. Logo depois, os educadores são divididos em quatro subgrupos e refletem sobre algumas questões como: quais são os desafios do processo de construção dos TCAs? qual é a sua função e responsabilidade no processo de TCAs?, dentre outras. Essas questões levam os educadores a pensarem em algo significativo de suas vidas. No último encontro, os participantes transformarem suas reflexões em uma árvore na qual a raiz representava desafios, o troco, as funções e responsabilidade, a copa, expectativas, e as flores representavam oportunidades.
“Os professores querem compreender para poder agir dentro de seus territórios. Durante esses encontros eles buscam descobrir como trabalhar assuntos importantes de uma maneira que seja prazerosa e enriquecedora para os alunos, utilizando a tecnologia como ferramenta principal”, destaca Vera Maria de Souza, diretora do Departamento de Orientação Técnica (DOT).
Confira a avaliação de alguns participantes
“É preciso encarar a educação como algo vivo e não morto. A educação é uma canoa que vai muito longe.”
Michael Pereira Oliveira Fernandes, da EMEF Sud Mennucci
“A Fundação Tide Setubal e a DRE estão nos dando subsídios para que o nosso trabalho contribua com a transformação da educação.”
Janaina Oliveira, da EMEI Maria da Luz Silva de Oliveira,
“Os encontros são muito reflexivos e prepositivos, o que permite mudar a prática de ensinar.”
Bernadete Marcelino, EMEF Antonio Carlos de Andrade e Silva
“O que está me ajudando a pensar nos TCAs são esses encontros. Aqui percebemos que temos uma gama de possibilidades. E essa riqueza de ideias nos faz levantar questões relevantes que surgem no caminho como desafios.”
Gema Galgani Rodrigues Bezerra, da EMEF Jurandir Gomes de Araujo.
“Os TCAs são uma proposta de aprendizado de fato. Não basta o saber próprio é preciso que o professor seja didático e crie um dialogo do ponto de vista do aluno.”
Angela Maria Silva Figueiredo, EMEF Presidente Epitácio Pessoa.