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Fundação Tide Setubal apoia iniciativas em frentes diversas na promoção e defesa da cidadania

Por Amauri Eugênio Jr. / Foto: Lunardo Campos Lima

 

 

Entre os temas nos quais a Fundação Tide Setubal atua, seja por meio de iniciativas próprias ou apoio a projetos de demais entidades, a equidade de gênero e o apoio à potência das periferias urbanas são aspectos presentes e que norteiam o trabalho desenvolvido no enfrentamento às desigualdades.

 

Além de programas próprios, a Fundação atua em rede e está ao lado de diferentes movimento, como apoiadora e signatária de diferentes projetos, entre eles à mobilização social para a defesa e manutenção da liberdade de expressão e da dignidade humana, assim como para conscientização sobre o combate à violência doméstica.

 

 

União democrática

 

Voltada à defesa da paz e à preservação do Estado Democrático de Direito, a campanha Brasil pela Democracia consiste na união de mais de 70 organizações de setores diversos da sociedade civil que têm como foco preservar a universalidade de direitos, liberdades e oportunidades no país – a Fundação Tide Setubal é uma das entidades envolvidas.

 

Em 4 e 5 de julho, a campanha organizou a Virada da Democracia, festival que contou com programação composta por diversas ações culturais, palestras, diálogos e manifestações online. Uma das atividades foi o Sarau dos Mesquiteiros, projeto idealizado pelo escritor e professor Rodrigo Ciríaco e que conta com participações de jovens e adolescentes estudantes de escolas públicas da zona leste de São Paulo.

 

Na introdução da atividade, Márcio Black, coordenador do Programa de Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal, falou sobre o modo como a iniciativa estava alinhada à missão da entidade no que diz respeito à promoção da justiça social e à redução das desigualdades nas periferias urbanas, assim como sobre o panorama atual. “Temos uma longa relação com a literatura marginal periférica, que preza muito também pelos valores democráticos. democracia é uma construção com a qual todos colaboramos, que é feita e precisa de todos. O que vivemos agora é uma democracia em risco.”

 

Além das participações de adolescentes e jovens componentes do Sarau dos Mesquiteiros, que foram mediadas por Ciríaco, o sarau contou com intervenções de Bel Santos Mayer, gestora da Rede LiteraSampa, e do músico e escritor angolano Kalaf Epalanga, autor do livro Também os Brancos Sabem Dançar.

 

Confira a seguir como foi o Sarau dos Mesquiteiros na íntegra.

 

 

 

 

Acabar com o racismo para haver democracia
Os diversos indicadores de desigualdade publicados por institutos de pesquisa e análise socioeconômica mostram que o exercício pleno da democracia esbarra na disparidade racial. Logo, é correto dizer que o exercício pleno da democracia é severamente prejudicado pelo racismo estrutural.
Em virtude da opressão sistêmicas e contínuas contra pessoas pretas e pardas, assim como a baixa presença delas em espaços de pode e decisão, a Coalizão Negra por Direitos lançou o manifesto Enquanto Houver Racismo Não Haverá Democracia.
A iniciativa, que conta com apoio de diversas entidades e atores de setores variados da sociedade civil, inclusive da Fundação Tide Setubal, tem como objetivo de chamar a atenção e convidar a população à necessidade de enfrentar a estrutura social e estruturalmente racista em âmbitos diversos, passando pela segurança pública; acesso a aspectos básicos, como saúde, educação, moradia, saneamento básico e mercado de trabalho; sistema judiciário; mobilidade urbana; lazer; liberdade religiosa; entre outros.
Até 22 de julho, 54,6 mil pessoas tornaram-se signatárias da causa. Assine o manifesto para apoiá-la e somar esforços no combate ao racismo estrutural e sistêmico.

 

 

Boas intervenções fazem a diferença (e salvam vidas)

 

Mais do que assustar, os indicadores referentes a episódios de violência doméstica e de feminicídio causam indignação. E esse cenário estarrecedor ganhou contornos ainda mais revoltantes em meio ao isolamento físico resultante da pandemia de Covid-19. De acordo com um levantamento resultante da série de reportagens Um Vírus e Duas Guerras, gerado a partir de uma parceria entre veículos jornalísticos independentes, houve aumento de 5% nos casos de feminicídio em comparação com 2019.

 

Diante desse contexto, ao contrário do que o senso comum equivocadamente prega, em briga de marido e colher mete-se a colher, sim – e isso pode salvar vidas. Esse é o mote da campanha #BoasCompanhiasFazemDiferença, iniciativa lançada em 20 de julho e que é encabeçada pelo Instituto Avon.

 

O projeto foi desenvolvido em parceria com Agora é que São Elas, Instituto Alana, Instituto Grupo Pão de Açúcar, Plan International Brasil, Instituto Patrícia Galvão, Grupo Mulheres do Brasil, Think Olga, Rede Mulher Empreendedora e Fundo Elas. A Fundação Tide Setubal apoia também por meio do seu Programa de Raça e Gênero. A ação conta com apoio do Gife e vem na esteira do lançamento do guia O que o Investimento Social Privado Pode Fazer Por… Direitos das Mulheres?.

 

De acordo com o corpo idealizador do projeto, “enquanto as pessoas têm se organizado e se conscientizado cada vez mais de que a responsabilidade é coletiva, a participação da iniciativa privada nesta luta ainda é tímida.” Esse fato motivou a união a organização e coletivos defensores dos direitos das mulheres “para dizer que empresas e corporações podem fazer a diferença e ajudar a garantir um futuro realmente desenvolvido.”

 

A premissa da campanha é promover o enfrentamento à violência doméstica por meio do estímulo à realização de denúncias contra agressores. Ainda, a ação visa mobilizar institutos ligados ao ISP a desenvolver projetos nesse segmento e voltados à proteção de vítimas.

 

Assista ao teaser da campanha.

 

Quantas histórias como essa você já ouviu falar? Ou até mesmo já presenciou? A violência contra a mulher também se tornou uma epidemia e pode estar mais próxima de nós do que imaginamos. Diariamente, milhares de mulheres e meninas são alvo de agressões e das mais variadas formas de violência. Infelizmente, muitas das vezes, elas não têm a quem recorrer.⠀ ⠀ As consequências podem marcar para sempre a vida daquelas que são vítimas. E são um desafio para que tenhamos um futuro mais justo e igualitário. Por isso, o enfrentamento à violência contra as mulheres precisa da união de todos os setores da sociedade.⠀ ⠀ Mas enquanto as pessoas têm se organizado e se conscientizado cada vez mais de que a responsabilidade é coletiva, a participação da iniciativa privada nesta luta ainda é tímida. Desta forma, nos unimos à organizações e coletivos que defendem os direitos das mulheres para dizer que empresas e corporações podem fazer a diferença e ajudar a garantir um futuro realmente desenvolvido através do investimento social privado.⠀ ⠀ Você já se perguntou quantas e quais empresas enfrentam de fato a violência contra as mulheres? Quais iniciativas você conhece ou já ouviu falar que são financiadas por essas companhias? E quais marcas você gostaria de ver como aliadas nesta luta?⠀ ⠀ Quando a violência deixa de ser uma barreira, as mulheres avançam e toda a sociedade sai ganhando. Nosso empenho é necessário, união é fundamental e #BoasCompanhiasFazemDiferença!⠀ ⠀ Uma parceria de @institutoavon, @agoraequesaoelas_, @institutoalana, @instituto_gpa, @planbrasil, @ipatriciagalvao, @grupomulheresdobrasil, @fundacaotide, @think_olga, @redemulherempreendedora, @fundoelas, com apoio de GIFE.⠀ ⠀ ⁣*Em caso de urgência e ajuda imediata, disque 190. O Ligue 180 é 24h, recebe denúncias anônimas, orienta quanto aos direitos garantidos por lei e encaminha para os serviços necessários. ⠀

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