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Cinco obras para se pensar garantia de direitos e desenvolvimento das periferias

As inquietações sobre os rumos da sociedade fazem pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro. Promover mudanças sociais e econômicas para alcançar uma sociedade mais igualitária e justa, passa necessariamente por um Estado forte e garantidor de direitos humanos e segurança social, fomentando o desenvolvimento das periferias urbanas.

 

Assim sendo, Marcelo Ribeiro, coordenador de Prática de Desenvolvimento Local da Fundação Tide Setubal, dá cinco dicas de livros para pensarmos em garantia de direitos e, consequentemente, no desenvolvimento das periferias.

 

Confira as obras a seguir.

 

Reflexões Periféricas: Propostas em Movimento para a Reinvenção das Quebradas (org.: Tiarajú Pablo D’Andrea)

O que aconteceria se 30 pensadoras e pensadores das quebradas de São Paulo se reunissem para refletir sobre o atual momento e pensar propostas? Este livro é um autêntico Plano de Governo Periférico.

 

 

+ Tiarajú Pablo D’Andrea fala sobre habitação de interesse social integrada à realidade das periferias urbanas

 

Contra-História do Liberalismo, de Domenico Losurdo (tradução: Giovanni Semeraro)

Domenico Losurdo mostra toda sua crítica ao liberalismo e, principalmente, a forma como é ligada organicamente à escravidão. O seu livro mostra a real história do liberalismo é sua falsa história de respeito aos direitos civis, direitos de voto da classe operaria, direitos individuais e a democracia. Além disso, a obra aponta as contradições dos pais do liberalismo.

 

A política do Precariado: Do Populismo à Hegemonia Lulista, de Ruy Braga

A obra consiste em análise histórica e política da classe trabalhadora no país. Desse modo, o livro parte de clássicos do século XX e chega até a contemporâneos, como os teóricos André Singer e Jessé de Sousa. A sua abordagem propõe contrapontos a alguns teóricos europeus da precariedade, argumentando que o atual “precariado” não resulta simplesmente das aberrações políticas do neoliberalismo. Sendo assim, ele é considerado parte fundamental da própria dinâmica econômica e política da modernidade capitalista.

 

O estado empreendedor: Desmascarando o Mito do Setor Público vs. Setor Privado, de Mariana Mazzucato

O Estado também pode ser visto como empreendedor, que assume riscos e cria mercados. Desse modo, vamos imaginá-lo fomentando e estimulando as periferias onde o terreno é fértil para inovação social, resolução dos problemas, alta capacidade de resiliência, capacidade de arrumação dos arranjos econômicos, forte produção e articulação dos movimentos culturais, capacidade de mobilização comunitária e seus arranjos habitacionais. Nesse sentido, trata-se dos principais problemas que o Estado estrategicamente não aplica.

 

China: o Socialismo do Século XXI, de Elias Jabbour e Alberto Gabriele

A ascensão aceleradora da China, reinvenção do Estado, a mais vasta erradicação da pobreza da história da humanidade e um vasto desenvolvimento de capacidades de amplas massas lançam os pilares de uma potência territorial e escala. Ou seja, é preciso olhar o que acontece lá.

 

 

Foto: José Cícero / Di Campana Foto Coletivo

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