Wi-fi comunitário
Os aspectos que vêm à tona quando se fala em wi-fi comunitário dizem respeito ao acesso à informação. Essa lógica abrange, inclusive, o desenvolvimento de iniciativas que visam proporcionar meios para pessoas de territórios marcados pela vulnerabilidade social.
Esse cenário torna-se ainda mais emblemático ao considerar-se o seguinte estudo TIC Domicílios 2023, realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). De acordo com a pesquisa, entre as 156 milhões de pessoas que têm acesso à internet no Brasil, mais da metade (58%) a utiliza apenas por meio do celular.
Nesse sentido, colocar em pauta o desenvolvimento de projetos para disponibilizar pontos de wi-fi comunitário compreende, enfim, em medida de inclusão social – e digital. Um exemplo nesse contexto diz respeito à instalação de pontos de wi-fi livre no Jardim Lapena, bairro da zona leste de São Paulo, desde meados de 2022.
Por meio de parceria entre o Galpão ZL, núcleo de Prática de Desenvolvimento Local da Fundação Tide Setubal no Jardim Lapena, bairro da zona leste de São Paulo, e a multiplataforma de marketing Wifi-fí, houve instalações de 20 pontos de wi-fi comunitário no território.
Assim sendo, ao considerar a demanda existente para ter acesso à internet, Marcelo Ribeiro, coordenador de Prática de Desenvolvimento Local da Fundação Tide Setubal, destacou a opção para instalar os pontos de wi-fi comunitário – e livre – em locais mais vulneráveis do bairro. “Há pontos de internet nas vielas e nos becos, onde é até difícil de entrar a pé. Boa parte dos acessos é para entretenimento, sim, mas também para estudar e trabalhar”, pondera.
Finalmente, o coordenador de Prática de Desenvolvimento Local destaca o caráter inclusivo da iniciativa. Para ele, o grande diferencial “é que ele está nas vielas e nos becos, no caso aqui do Lapena, que é onde está o maior adensamento de famílias. Esse é o principal impacto.”