Qual é o tom ideal para a comunicação e o posicionamento público sobre equidade racial?
Assista ao quinto episódio da websérie 'Caminhos sobre a Equidade Racial', a respeito de posicionamento público sobre equidade racial.
O posicionamento público sobre equidade racial precisa estar em consonância com práticas que organizações já colocam em prática nos seus respectivos cotidianos.
Nesse sentido, a comunicação pode – e deve – ser parceira de primeira hora na promoção da equidade racial no ambiente de trabalho. Contudo, ela deve estar alinhada a ações efetivas que já tenham sido colocadas em prática em vez de ser usada como recurso para limpar a imagem ou a reputação organizacional.
Esse é o mote do episódio de encerramento da websérie Caminhos pela Equidade Racial, que tem realização da Fundação Tide Setubal, por meio da Plataforma Alas, e desenvolvimento pela Bonita Produções.
A jornalista Adriana Couto mostra, durante o episódio, a importância da comunicação como ferramenta política no combate ao racismo. Ao levar-se em conta que estão em jogo aspectos como coerência, responsabilidade pública e impacto de uma comunicação alinhada com a equidade racial – de dentro para fora das organizações, o episódio sobre comunicação e o posicionamento público sobre equidade racial conta com as participações de:
- Édison Carlos (Instituto Aegea);
- Fernanda Nobre, gerente de Comunicação da Fundação Tide Setubal;
- Consultor: Vinicius Archanjo Ferraz (Humano Capital Consultoria);
- Viviane Soranso, coordenadora do Programa Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso da Fundação Tide Setubal.
Posicionamento público sobre equidade racial e prática
O episódio a respeito de posicionamento público sobre equidade racial mostra que esse processo deve também ter dinâmica multidisciplinar.
Assim sendo, Fernanda Nobre destacou dimensões diversas que compõem projetos de comunicação de causas. Alguns aspectos passam, então, pela construção coletiva com agentes comunicacionais de contextos periféricos e por sensibilizar públicos variados.
Idem trazer visibilidade para temas voltados para o enfrentamento das desigualdades, inclusive ao “furar a bolha” fomentada por algoritmos em plataformas digitais. “Se a pessoa não tiver interesse nesse tema, o algoritmo não mostrará o conteúdo para ela. Isso não diz respeito a não estar nas redes. Entendo que a presença nas redes fortalece também esses coletivos e a sociedade civil, e quem fala e quem enfrenta o racismo usando a comunicação”, pondera, ao mostrar que essa perspectiva é estratégica.
Ainda, a gerente de Comunicação da Fundação Tide Setubal destaca a importância da construção coletiva nesse contexto. E, é claro, considerando a aplicação de ações efetivas para o posicionamento público sobre equidade racial estar em consonância com a realidade.
“Em que momento serei eu, institucionalmente, a definir com quem eu falarei? Em que momento articulo um grupo? Há um momento que somente estamos ali, como plataforma, para fortalecer essa possibilidade”, completa Fernanda Nobre.
Finalmente, Vinicius Archanjo evidencia que a comunicação deve se ancorar na realidade para divulgar o que organizações fazem nesse contexto. “Muitas empresas hesitam em se posicionar por medo de não estarem ‘prontas’, mas o silêncio perpetua desigualdades. O posicionamento público é um acelerador de mudanças.”
Assistir e maratonar
Dê o play no episódio de encerramento da websérie Caminhos pela Equidade Racial no Enfrente, o nosso canal no YouTube. Aproveite também para conferir os episódios anteriores e maratonar a temporada completa.
Confira também o material complementar disponível neste link. E acesse, enfim, a Plataforma Alas para conhecer e engajar-se no plano coletivo em favor da equidade racial.
Texto: Amauri Eugênio Jr.
