Institucional

Mudanças climáticas

É necessário falar sobre mudanças climáticas e enfrentamento das desigualdades na mesma frase, pois um conceito se correlaciona com o outro. Para compreender essa relação, vamos ao conceito. De acordo com a definição da Organização das Nações Unidas (ONU), trata-se de “são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima”.

Em paralelo, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) destaca que as mudanças climáticas, inclusive ao considerarem-se os aumentos na frequência e na intensidade de episódios extremos, “têm impactado, de modo adverso, a segurança alimentar e os ecossistemas terrestres”. Essa dimensão abrange também mostra que elas “têm contribuído para a desertificação e a degradação do solo em diversas regiões”.

Nesse sentido, essa dimensão impacta com mais intensidade populações vulnerabilizadas. Essa lógica abrange, em particular as que habitam territórios com índices baixos de qualidade de vida e sem acesso a serviços básicos, incluindo saneamento básico e sistema de saúde.

Efeitos das mudanças climáticas no cotidiano

Os efeitos das mudanças climáticas têm como marca mais emblemática o aumento da temperatura média da Terra por meio do efeito estufa. Ou seja, a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumenta por meio do aumento da queima de combustíveis fósseis, em especial. Passa-se a registrar, com maior frequência, episódios climáticos extremos cujos efeitos destrutivos são mais visíveis e perceptíveis em territórios periféricos.

Em entrevista à Fundação Tide Setubal, Diosmar Filho, pesquisador da Associação de Pesquisa Iyaleta e doutor em geografia, ilustra uma das diversas consequências de eventos climáticos extremos: os impactos no cotidiano escolar.

“Por muito tempo voltou-se a educação ambiental para a preservação ambiental, mas agora ela precisará ser, daqui em diante, direcionada à prevenção climática. Como mudar os indicadores educacionais se as crianças podem, devido às mudanças climáticas, ficar mais tempo sem ir à escola ou por longas estiagens, ou por enchentes?”

Diante desse quadro, ainda mais ao considerarem-se as proporções do deslizamento de terra na Vila Sahy, em São Sebastião (SP), em 2023, quando 64 pessoas morreram, ou os efeitos brutais das enchentes no Rio Grande Sul, em 2024, as ações para combater os efeitos das mudanças climáticas devem ser multissetoriais e transversais.

Desse modo, considera-se que diversas dimensões devem vir à tona e colocadas em evidência quando se fala no combate aos efeitos das mudanças climáticas. Uma delas passa pela estruturação do orçamento público para mitigar tais efeitos em áreas como adaptação urbanística, saúde e assistência social, educação e transportes. Finalmente, essa lógica contempla também os cuidados com a saúde mental das populações que sofrem com os impactos desses mesmos eventos.

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