Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Participantes do seminário destacam aprendizados e apontam caminhos para aplicação prática do tema
Educadores, gestores públicos, empresários, investidores sociais, pesquisadores, entre outros, marcaram presença ativa no evento.
Aprendizados, novos conhecimentos, o despertar para outros olhares e formas de fazer e inquietações. É assim que os mais de 800 participantes do seminário avaliaram as provocações e motivações trazidas pelos vários debates ao longo do dia no Seminário Internacional Cidades e Territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade. Confira alguns depoimentos:
“Trabalhar em cidades e grandes centros urbanos é um desafio. Portanto, conhecer e ver outros olhares amplia o conhecimento e o debate em como trabalhar nestes espaços. As falas de hoje mostraram que a cidade se divide em pequenos territórios que você pode fortalecer e empoderar localmente. Há espaços e localidades que podem ter grandes potenciais de mudança” – Jucilene Rocha, do Unicef.
“O evento apresentou perspectivas complementares de diversos especialistas. Pensar questões sobre território, como a cidade se organiza, como pensamos as desigualdades é muito importante. É uma perspectiva intersetorial que apoia o olhar voltado para educação, que é a minha área” – Tatiana Melho, da Fundação Itaú Social.
“Eu gostei muito do seminário porque traz reflexões importantes. São temas que conheço e convivo no trabalho. O que aconteceu aqui hoje é uma rememoração do que eu vivi na prática, mas com elementos novos. Está acontecendo um diálogo muito rico. É um estímulo ao pensamento, algo que fortalece o que vem se discutindo no setor social. Outra coisa que gostei foi a diversidade. A minha prática acontece em São Paulo e aqui pude ampliar o olhar para questões da Colômbia, da França, do Rio de Janeiro e refletir como um todo, sair do isolamento” – Priscila Pacheco, da Moral Agência de Jornalismo das Periferias.
“Saio daqui completamente mexida e entusiasmada. É extremamente necessária toda essa discussão nos dias de hoje. Que bom que ainda podemos pensar em transformações. Achei o evento corajoso por discutir território e a fala final da Maria Alice Setubal sobre a disponibilidade para ouvir o outro é fundamental para a consolidação do sentido de democracia. Ainda estou elaborando tudo que vi, mas saio com um incômodo muito interessante” – Karen Silveira, da Associação Amigos do Projeto Guri.
“O maior valor desse evento foi essa ideia do quanto é importante ouvir o outro. Especialmente nesse momento em que estamos vivendo, de grande transformação. Essa coisa de conviver, de se relacionar, de trocar ideia, de compartilhar conhecimento e saberes. A mudança é um processo muito longo, mas é sempre importante dar o primeiro passo” – Antônia Ruggeri, pedagoga autônoma.
“A partir das discussões, a gente passa a ter uma visão um pouco diferente para o tema. Me sinto sensibilizada com algumas questões que foram colocadas pela forma como foram discutidas. E isso muda o olhar sobre as coisas, sobre as cidades, sobre as pessoas. Em quando você muda o seu olhar, isso sai do micro e se irradia para o macro” – Lidia Izecson, escritora do Coletivo Literário Beco de Escritores.
“Trouxemos várias pessoas da rede para participar do seminário porque é um momento único de formação. A preocupação de convidar especialistas e representantes diversos para tratar sobre o tema de cidades e território ajudou a ampliar o foco. Como um caledoscópio, acabamos olhando para o mesmo assunto, mas com diferentes possibilidades. Foi um aprendizado grande. Vemos que temos um caminho longo ainda pela frente, diante de algumas experiências, mas o quanto é importante trabalhar junto, trabalhar ‘com’. As famílias e o território são sujeitos do processo de construção conjunta” – Ana Cristina da Silva, da Rede Marista de Solidariedade.
“As discussões mostraram o quanto temos que mudar o nosso olhar para o território, para os talentos e não só ver as coisas negativas, como temos tendência em fazer. É preciso observar as potencialidades e não cair no assistencialismo. Para mim, saio do seminário com a grande lição da importância da participação ativa dos moradores no seu território” – Claudia Leona Silva, organização Secra Claudemir de Almeida Lemos.
“A temática do evento é extremamente relevante, ainda mais no contexto político atual em que estão sendo pensadas várias questões para o país. Foi interessante perceber no seminário que a definição de cidades está sempre em conflito e que há diferentes perspectivas, trazidas pelos palestrantes. Isso é importante para o debate em pensar políticas” – Ruan Coelho, estudante de Antropologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSC).