Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Alunas colocam lições de culinária em prática e melhoram renda de suas famílias
Nos últimos seis meses, Rosângela (Rosa) Amaral de Oliveira, 48 anos, moradora da Vila Nova Curuçá, em São Miguel Paulista, tem passado cerca de dez horas diárias na cozinha de sua casa. O motivo: preparar de 300 a 500 pães de mel por semana, vendidos a cafés, bares e lanchonetes da zona leste. Durante […]
Nos últimos seis meses, Rosângela (Rosa) Amaral de Oliveira, 48 anos, moradora da Vila Nova Curuçá, em São Miguel Paulista, tem passado cerca de dez horas diárias na cozinha de sua casa. O motivo: preparar de 300 a 500 pães de mel por semana, vendidos a cafés, bares e lanchonetes da zona leste.
Durante quinze anos, ela foi funcionária em uma empresa da área de telecomunicação, mas deixou o emprego para dedicar-se à produção e venda de biscoitos finos, tomate seco e azeitonas recheadas. Em 2011, em busca de aperfeiçoamento e de novidades, frequentou as aulas do Galpão de Cultura e Cidadania. Lá aprendeu a fazer pão de mel. Hoje ele é o carro-chefe do seu negócio e proporcionou um aumento de 100% em seu rendimento mensal.
Para dar conta da demanda, Rosa teve de comprar um fogão de seis bocas e mais duas batedeiras planetárias. Está até pensando em contratar um ajudante. “Essa mudança toda na minha vida foi graças à Oficina Escola de Culinária. Embora tenha aprendido muitas receitas e técnicas, a lição mais importante foi que não devemos ter medo de nos lançar no negócio. A professora foi uma grande incentivadora”, conta a empreendedora.
O mesmo estímulo fez com que Rosângela Bernardo de Aquino, 28 anos, começasse a produzir pães e bolos para o marido comercializar no serviço. “Chego a tirar R$ 600 por mês e consigo ajudar a pagar a prestação do terreno da nossa casa”, relata a moradora do Jardim Helena. Ela também frequentou o curso Alimente-se Bem, do SESI-SP, e replicou os novos conhecimentos para familiares e amigos de Coimbra, cidade do interior mineiro. “Ensinei a fazer doce de casca de abóbora e outras receitas. Foi um sucesso”.
Já Rosemeire Oliveira de Jesus, 44 anos, proprietária de uma pequena bombonière, aproveitou as lições dos mais de oito módulos que cursou na Oficina Escola de Culinária para oferecer novos produtos aos seus clientes, o que resultou em um aumento de 20% no faturamento do negócio. “Aprendi diversas receitas de bolos, biscoitos e salgados. A cozinha do Galpão é um lugar para quem quer crescer profissionalmente e busca sempre novos aperfeiçoamentos”.
Visando ao aprimoramento profissional e à obtenção de receitas de doces, Roseni Barreto da Silva, 35 anos, atravessou a rua de casa e se inscreveu nos módulos da Oficina. Na época, estava desempregada após ter atuado por seis meses como ajudante de cozinha. Com a qualificação, ela conseguiu se reinserir no mercado de trabalho e está há mais de um ano na cozinha de uma empresa. Uma das suas funções diárias é preparar a sobremesa para os mais de quarenta funcionários. “Com as aulas, conquistei muitas coisas. Fiz reforma em casa, troquei os móveis, mas o principal é poder atender aos pedidos dos meus filhos”.
De acordo com Lúcia Amadeo, responsável pela Oficina Escola de Culinária, essas quatro histórias ilustram como as aulas, ao ensinar técnicas, receitas e manipulação e higienização dos alimentos, possibilitam a geração de renda. “É uma contribuição que impacta na melhora da qualidade de vida das famílias”.
Para ver a Linha do tempo da Oficina Escola de Culinária,clique aqui.