Comunidade se reúne para debater demandas e traçar caminhos de aproximação com o poder público
Encontros estimulam a participação e a mobilização dos moradores em prol da região
A mobilização e a participação são exercícios fundamentais para o empoderamento da comunidade e também para a democracia. Nesse sentido, a Fundação Tide Setubal estimula e atua em diferentes frentes para que os moradores de São Miguel se encontrem para debater sobre as demandas do bairro e também conheçam as formas de ação e diálogo com o poder público.
Na manhã da segunda-feira, 1º de fevereiro, 120 moradores se reuniram no Galpão de Cultura e Cidadania para a 3ª reunião do povo Jardim Lapenna, União de Vila Nova e Sitio Mirim, 44 deles eram integrantes do Programa Ação Família, que tem como um de seus objetivos impulsionarem ações na esfera do território e da comunidade.
Na pauta, 12 pontos de discussão com diferentes temas e as pendências em relação a cada um deles. Construção da Unidade Básica de Saúde, de uma Creche, o inicio das obras da nova estação de trem, a construção do Centro de Convivência dos Deficientes e Idosos de União de Vila Nova.
Para cada tema e projeto atualizado, os moradores formaram comissões com o propósito de ir conversar com o poder público para descobrir o andamento de cada um. “È importante pensar com a comunidade os caminhos possíveis. Atuamos conjuntamente, compartilhamos experiências e expectativas e traçamos caminhos no sentido da participação. Nesse sentido, o aprendizado e as conquistas são conjuntas e orgânicas, pois não fazemos para a comunidade e sim com a comunidade”, destaca Tião Soares, coordenador da Fundação Tide Setubal.
Na avaliação do Padre Ticão, estabelecer uma relação com o poder público é fundamental. “Os gestores precisam entender que a boa administração acontece com a participação da comunidade. As maiores conquistas sociais da Zona Leste só aconteceram porque a população esteve presente.”
Para ele, o número expressivo de pessoas na reunião traduz esse desejo por parte dos moradores. “Ter 120 pessoas em uma segunda-feira de manhã, pensando as possibilidades de participação, mostra o quanto essa comunidade está viva. A participação é um exercício e aprendizado constante”, destaca.
Tânia Mamote, moradora do Jardim Lapenna, reconhece que o bairro só terá mais chances de conquistar melhorias quando os moradores se mobilizarem de fato. “O pessoal reclama que outros bairros estão crescendo e o Lapenna está ficando para trás. Mas, a diferença é que lá eles estão unidos. Se nos juntarmos, sei que também vamos conseguir”.
A próxima reunião será realizada no dia 1º de março, quando as comissões formadas darão o retorno sobre seus encontros com o poder público.