Coordenadores do Pró-Universidade analisam resultados e desafios do curso

Mais de 50 estudantes que participaram do curso Pró-Universidade foram aprovados em universidades públicas — USP, UFSCar, Unifesp — e particulares, como Mackenzie, Unicsul, FMU, Anhembi-Morumbi, entre outras. O projeto-piloto do Pró-Universidade ocorreu no ano passado, para auxiliar jovens de escolas públicas da zona leste de São Paulo a ingressar no ensino superior. A iniciativa da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) – USP Leste recebeu apoio da Fundação Tide Setubal. De agosto a dezembro de 2010, as aulas preparatórias foram ministradas por estudantes da USP em três escolas.

Na avaliação da Fundação Tide Setubal, o projeto-piloto respondeu a uma demanda antiga da comunidade por um curso gratuito na região e os resultados só foram possíveis graças ao esforço conjunto dos parceiros idealizadores, bem como das escolas que abriram suas portas para sediar as aulas. “Isso mostra o potencial das parcerias e a importância de seu fortalecimento para novas ações em prol da zona leste”, ressaltou Paula Galeano, coordenadora geral da Fundação Tide Setubal.

A professora Patrícia Junqueira, uma das coordenadoras do Pró-Universidade, destacou o empenho dos universitários da EACH que ministraram as aulas aos vestibulandos. “Nossos ganhos devem ser compartilhados com os graduandos da USP. Eles se engajaram bastante no projeto e são também responsáveis por este sucesso.”

Análise Preliminar e Desafios

A lista de aprovados continua a crescer de acordo com a divulgação de resultados dos vestibulares. Paralelamente, a equipe do Pró-Universidade apresentou à Fundação, em 3 de fevereiro, uma análise preliminar do projeto, que recebeu 860 inscrições. Durante o encontro entre os parceiros, os professores coordenadores, Ulisses Ferreira Araújo e Patrícia Junqueira, detalharam o perfil e as características socioeconômicas dos alunos (veja quadro a seguir).

Eles também apontaram os desafios para as atividades deste ano. Entre elas, estão: maior divulgação sobre os meios de acesso ao ensino superior, estratégias para incentivo ao hábito do estudo em casa, investimento em atividades extra-aula — como intensivão de exercícios e métodos que facilitem o processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares.

Ulisses comentou ainda que a continuidade do projeto em 2011 relaciona-se com o compromisso da EACH na promoção de ações com impacto na comunidade em seu entorno. “Para ampliar o alcance geográfico da iniciativa, pretendemos ter uma quarta escola neste ano. Também devemos estender o período e carga horária do curso”, complementou.

Em breve, será divulgada a abertura das inscrições. Já o relatório final de avaliação do projeto-piloto está previsto para março. O documento incluirá dados sobre índice de aprovação na Fuvest, acesso a outras universidades públicas e desempenho no Enem.