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Filantropia, cidades e territórios: uma combinação possível?

Artigo de Fabiana Tock, coordenadora do Programa Cidades e Desenvolvimento Urbano, sobre a importância do advocacy colaborativo como ferramenta para a relação entre filantropia e poder público

Imagem de obra infraestrutural para pavimentação de rua. Há operários trabalhando em uma via a ser asfaltada e na qual as calçadas serão readequadas. Há uma escavadeira à direita da foto. Imagem de obra infraestrutural para pavimentação de rua. Há operários trabalhando em uma via a ser asfaltada e na qual as calçadas serão readequadas. Há uma escavadeira à direita da foto.
Foto: Edgar Toro / Pexels

O tema cidades e territórios ainda não é um foco de atuação para a maioria dos investidores sociais privados, apesar de sua importância. A baixa participação da filantropia nesta agenda pode ser atribuída a uma série de fatores, desde históricos até estratégicos. Um primeiro deles é a percepção de impacto: agendas como saúde, educação e clima são frequentemente percebidas como mais urgentes ou mais universais do que os desafios urbanos, que muitas vezes parecem mais específicos a determinadas localidades e possuem resultados de longo prazo.

Historicamente, o desenvolvimento urbano tem sido visto como responsabilidade primordial de governos e mercados privados. A filantropia muitas vezes vê pouco espaço em atuar em agendas onde a percepção é de que esses atores já estão presentes ou onde sua capacidade de influência parece limitada.

Além disso, os problemas urbanos, especialmente nas periferias, são intersetoriais e estão profundamente conectados, reforçando-se mutuamente. Por exemplo, condições precárias de moradia impactam negativamente a saúde, áreas marcadas pela violência dificultam o acesso à educação, e essas dinâmicas ainda limitam a atração de negócios, prejudicando a geração de renda local. Essa complexidade torna desafiador definir intervenções pontuais e obter resultados claros no curto prazo — um fator que frequentemente se traduz em uma barreira para atrair financiamento filantrópico.

E, por fim, investir em transformação urbana frequentemente requer lidar com sistemas políticos, burocráticos e institucionais complexos e, em alguns casos, disfuncionais. Esses desafios podem ser desestimulantes para organizações que buscam intervenções mais diretas e ágeis.

Por outro lado, institutos e fundações possuem a capacidade de transitar entre diferentes setores, promovendo diálogos essenciais, além de serem mais propensos a apoiar e lançar iniciativas que oferecem mais risco – e, portanto, inovação. Ainda, historicamente a filantropia tem assumido um papel de criar novos modelos que possam ser replicáveis.

Esse é o exemplo do advocacy colaborativo da Fundação Tide Setubal, testado no Jardim Lapena, na periferia da zona leste de São Paulo. A estratégia começa com a elaboração participativa de um Plano de Bairro, transforma as prioridades definidas pelos moradores em projetos básicos aptos para licitação, alinhados aos parâmetros das políticas públicas, e acompanha, passo a passo, a implementação pelas instituições públicas responsáveis.

A mobilização de obras de infraestrutura urbana neste bairro exemplifica o sucesso de um modelo de cooperação ativa com o poder público. Intervenções como a criação de uma rede de caminhabilidade, uma praça com quadra poliesportiva integrada a uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS), e um sistema de drenagem urbana para conter enchentes — incluindo a transposição do córrego e a construção de um piscinão — são exemplos dessa abordagem. Trata-se de um modelo que vai além da simples cobrança, oferecendo soluções técnicas para problemas locais e promovendo um esforço contínuo de trabalho conjunto entre gestores públicos, técnicos e moradores para alcançar objetivos compartilhados.

As três obras ilustram os desafios e aprendizados de implementar projetos de infraestrutura urbana em um modelo de cooperação ativa. A rede de caminhabilidade, por exemplo, buscou reorganizar o caos viário e conectar os principais equipamentos públicos, mas enfrentou atrasos devido a mudanças de gestão e à falta de um órgão coordenador.

A integração de uma praça de lazer com quadra poliesportiva e a realocação da UBS ampliaram a complexidade técnica, exigindo articulação constante entre múltiplos órgãos públicos e a Fundação Tide Setubal, que assumiu um papel de convocadora nesse processo. O projeto de drenagem, por sua vez, enfrentou desafios técnicos de grande escala, como evitar remoções e integrar um reservatório de contenção de cheias. A criação de um comitê de interface entre órgãos públicos e privados foi essencial para alinhar soluções e garantir avanços.

Revisões técnicas constantes, desarticulação entre pastas e órgãos envolvidos, licitações e trâmites burocráticos, mudanças de gestão e prioridades políticas são desafios difíceis de se encarar “de fora” de governos. No entanto, quando enfrentados por meio de um método que valoriza a atuação próxima e cooperativa com o governo, envolvendo especialistas e interagindo com os diferentes níveis da burocracia, em um movimento de diálogo em constante sintonia com a comunidade, é possível prever e evitar que muitos desses problemas se tornem entraves para a implementação das obras.

Os benefícios percebidos neste processo são diversos. No advocacy colaborativo da Fundação Tide Setubal, as demandas das comunidades são levadas ao poder público já acompanhadas de soluções técnicas viáveis e baseadas em diagnósticos sólidos sobre a realidade local. Isso facilita a aceitação e a execução das obras pelo poder público. Ainda, garantiu que as soluções de projetos fossem adequadas e eficazes, resolvendo problemas locais de maneira mais precisa.

Houve também uma significativa redução do tempo gasto na resolução de problemas, visto que os projetos são mais aderentes às demandas comunitárias. E, notadamente, a articulação entre diferentes órgãos públicos e setores privados torna o processo de execução mais coordenado e eficiente, evitando atrasos e sobreposição de responsabilidades. Por fim, a implementação de soluções mais adequadas e eficazes resulta em maior confiança entre a comunidade e o poder público.

O exemplo das obras urbanas no Jardim Lapena mostram que a transformação das periferias, com a melhoria real na provisão de infraestrutura urbana e espaços de convivência, é uma agenda possível para institutos e fundações. Este é um convite para que o campo filantrópico se engaje de forma mais ativa nesta agenda, explorando os diferentes papéis que pode desempenhar diante desse desafio.

Por Fabiana Tock, coordenadora do Programa Cidades e Desenvolvimento Urbano da Fundação Tide Setubal

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