Negócios de impacto
O espaço que negócios de impacto têm em estratégias para novas possibilidades na atividade econômica e para o desenvolvimento territorial é estratégico quando se fala em potencializar atores das periferias. Nesse sentido, trata-se de um tópico de destaque quando se fala em geração de renda nas periferias e em medidas para o enfrentamento das desigualdades.
Segundo o decreto n° 11.646/23, negócios de impacto consistem em “empreendimentos com o objetivo de gerar impacto socioambiental e resultado financeiro positivo de forma sustentável”. Ainda dentro dessa linha, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma característica intrínseca aos negócios de impacto compreende a intencionalidade. Ou seja, “o negócio precisa ter a intenção e o objetivo claro de gerar impacto socioambiental positivo”.
Nesse sentido, ao apresentar uma explicação complementar sobre a atuação de negócios de impacto, o Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresenta a dimensão segundo a qual empreendimentos com esse perfil visam mostrar a inexistência de “conflito entre ambição social e econômica”. Assim sendo, tais empreendimentos, em particular em âmbito social, “buscam beneficiar diretamente pessoas de renda mais baixa, das chamadas classes C, D e E”.
Negócios de impacto e territórios
Ao colocar em destaque o potencial produtivo e econômico de agentes atuantes nos territórios periféricos, contemplando também a dimensão relativa aos negócios de impacto, o Programa Nova Economia e Desenvolvimento Territorial da Fundação Tide Setubal, por meio de seu trabalho, “tem como objetivo estratégico promover a inclusão e a reorganização produtiva, para direcionar aos territórios periféricos a renda que lhes é de direito.”
Desse modo, a estruturação e o desenvolvimento de negócios de impacto idealizados no e para o território têm espaço central para o programa. Ao mesmo tempo, busca-se também mostrar “a geração de renda para além da resolução de emergências”. E essa lógica visa promover a reorganização produtiva territorial, para garantir a permanência e a sustentabilidade econômica local.
Por fim, o trabalho dentro desse escopo trata-se de promover a retenção de renda e, consequentemente, o seu aumento nesse mesmo espaço.