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Por que mencionar afrodescendentes no combate às mudanças climáticas é fundamental no enfrentamento das desigualdades?

Documentos de negociação da COP30 trouxeram menções a pessoas afrodescendentes no combate às mudanças climáticas, fato inédito na história das conferências sobre clima e meio ambiente

18 de dezembro de 2025
Imagem ilustrativa de texto sobre a importância de mencionar afrodescendentes no combate às mudanças climáticas é fundamental no enfrentamento das desigualdades. A foto mostra manifestantes e faixas reivindicatórias durante a Marcha Global pelo Clima, realizada durante a COP30. Imagem ilustrativa de texto sobre a importância de mencionar afrodescendentes no combate às mudanças climáticas é fundamental no enfrentamento das desigualdades. A foto mostra manifestantes e faixas reivindicatórias durante a Marcha Global pelo Clima, realizada durante a COP30.
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Pela primeira vez na história das Conferências do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente na trigésima edição da Conferência das Partes (COP30), que aconteceu em novembro, em Belém (PA), os documentos de negociação tiveram a inclusão de grupos vulnerabilizados, em especial populações afrodescendentes, no combate às mudanças climáticas.

Tal avanço, cujo marco é o reconhecimento da centralidade da proteção a pessoas afrodescendentes no combate às mudanças climáticas, culmina em evidenciar o papel do racismo ambiental nesse contexto.

Para se ter uma ideia, um estudo com participação de pessoas pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz e da Universidade de Lisboa identificou, então, que o aumento de mortalidade resultante de ondas de calor é maior entre pessoas negras.

Para além disso, eventos climáticos extremos, que podem culminar em chuvas intensas, causam impactos mais severos – por meio de enchentes e deslizamentos, por exemplo – em territórios periféricos e favelas. Em paralelo, um estudo do Centro de Estudos da Favela (Cefavela) identificou variação térmica de até 15° C em Paraisópolis (pico 45° C). Para efeito de comparação, o Morumbi, bairro vizinho, registrou temperaturas em torno de 30° C.

Ainda, é necessário considerar que quase 73% das mais de 16 milhões de pessoas que moram em favelas são pessoas negras.

Assim sendo, tais dados evidenciam a importância de mencionar populações afrodescendentes no combate às mudanças climáticas. Um sinal dessa abordagem na construção de políticas públicas compreende, então, uma diretriz técnica que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adotou.

Desde 2024, o instituto de pesquisa passou a considerar a terminologia Favelas e Comunidades Urbanas para se referir às favelas. Tal decisão resultou de amplo debate com movimentos sociais, órgãos governamentais e comunidade acadêmica.

Mencionar afrodescendentes no combate às mudanças climáticas importa

Outro aspecto sobre a importância de se falar de pessoas afrodescendentes no combate às mudanças climáticas compreende visibilizar a importância dos povos originários nesse contexto. Nesse sentido, o papel das populações quilombolas na mitigação de impactos socioambientais – e, consequentemente, em preservar tais espaços – foi mencionado nos documentos de negociação.

Em entrevista ao site da Fundação Tide Setubal, a bióloga Maíra Rodrigues da Silva, mestra e doutoranda pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenadora da área de combate ao racismo ambiental no Instituto de Referência Negra Peregum e especialista em Clima e Território no Fundo Agbara, destacou um aspecto de sua própria trajetória para exemplificar a importância de se considerar raça, gênero e território no combate aos efeitos das mudanças climática.

“Comecei a estudar o racismo ambiental porque o meu território, o que descobri na universidade após algum tempo, tinha mais de 50 anos passivo ambiental. Esse ambiente foi degradado pela mineração e passou a ficar abandonado e sem nenhum tipo de reparação”, comentou.

Essa abordagem, explicou a pesquisadora durante a entrevista, a levou a descobrir que “havia, no total, 30 minas e uma metalúrgica que depois transitava o equivalente a seis toneladas de rejeito de chumbo por dia no rio – e não tinha barragem de rejeito. Entendi que havia um passivo ambiental. O rio onde nós nos banhávamos, pescávamos e irrigávamos as plantas tinha concentração gigante de rejeito de chumbo.”

Sobre pesquisa, ação e reparação

A perspectiva proposta por Maíra Rodrigues da Silva tem razão de ser. Sua pesquisa, vale dizer, passa por analisar caminhos para regenerar solos impactados por metais tóxicos por meio da fitorremediação, processo que consiste no uso de plantas para purificar ambientes contaminados,

Maíra destaca, ao analisar os impactos ambientais em áreas afetadas por atividades predatórias, que o processo para reverter esse processo. Isso vale também, enfim, para o papel que a vivência acadêmica tem para destacar por que é necessário mencionar populações afrodescendentes no combate às mudanças climáticas.

“Tenho muito orgulho de contar o primeiro entendimento sobre o meu contexto, inclusive para entendermos porque sou hoje uma cientista quilombola. Fui construída e lapidada para ser quem sou hoje, inclusive para ter lugar de fala e de incidência do que faço, graças à trajetória de luta de muitos dos nossos que conseguiram incidir lá atrás.”

Essa reflexão dialoga com o ponto levantado por Diosmar Filho, doutor em Geografia e pesquisador da Associação de Pesquisa Iyaleta. Para o geógrafo, o processo de desenvolvimento do Brasil – e como a desigualdade racial foi um aspecto estruturante nesse contexto.

Essa dimensão passa, enfim, pelo debate sobre injustiça climática com perspectiva racial. Por fim, essa dimensão reforça a importância de se mencionar os impactos que sofreram as populações afrodescendentes no combate às mudanças climáticas.

“Por mais que nos humanizemos, estamos em um país de processo histórico racial. As políticas públicas e os mapeamentos não serão sobre racismo ambiental. Elas não darão conta também de mapear qual impacta de verdade, pois os atos são poucos para responder aos desafios. A maioria, que é não branca, estará sempre impactada por algum crime racial. A legislação ambiental e climática tende a ir para esse caminho se não atuarmos pela humanidade”, finaliza.

Texto: Amauri Eugênio Jr.

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