Fundação Tide Setubal
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Mais moradias dignas, mais melhorias para o território

Programas de influência

7 de março de 2023
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Estruturar iniciativas de significativo impacto social e que têm como objetivo melhorar a qualidade de vida da população passa pelo constante diálogo entre quem desenvolve, executa e será beneficiada/o. Essa premissa é o foco do +Lapena Habitar, que tem entre suas ações a implantação de novas unidades habitacionais no bairro. O projeto, realizado pela Fundação Tide Setubal e o BlendLab – associação civil que promove transformações territoriais por meio de operações financeiras híbridas – considera aspectos de desenho urbano e arquitetura, participação social e gestão condominial coletiva, modelo de negócio e financiamento.

 

Além das unidades habitacionais, o projeto + Lapena Habitar é reflexo da lógica segundo a qual a melhora gradativa e significativa do bairro ocorre a partir da unidade habitacional. Dentro dessa compreensão, pois, pode-se considerar a habitação como um eixo condutor do desenvolvimento de segmentos de bem-estar. Sendo assim, os novos condomínios podem atrair novos investimentos para o bairro. A mesma lógica vale para aumentar a sensação de segurança por meio do uso das fachadas das construções e da ocupação espacial. E, por consequência, favorecer o comércio local.

 

 

+ Conheça o projeto +Lapena Habitar

 

+ Saiba mais detalhes sobre o projeto +Lapena Habitar

 

 

Comitê de avaliação analisa os cinco projetos do +Lapena Habitar durante evento no Galpão ZL. Um dos focos do projeto consiste em promover qualidade de vida por meio de unidades habitacionais.

Comitê de avaliação analisa os cinco projetos apresentados no +Lapena Habitar (Imagem: Vanderson Atalaia)

Criando bases sólidas

No final de 2022, o projeto abriu uma chamada para escritórios de arquitetura. O foco foi, dessa maneira, ampliar a perspectiva sobre a construção de moradias em territórios periféricos a partir de novas abordagens na concepção de projetos. O evento foi também uma oportunidade para aplicar e explorar parâmetros e diretrizes desenvolvidos em processos participativos com a comunidade do Jardim Lapena. Sendo assim, o foco é ampliar o repertório de possibilidades de produção habitacional no bairro.

 

Desse modo, a ocupação das unidades habitacionais do +Lapena Habitar será por meio de aluguel. O preço será acessível e priorizará a melhoria das condições de vida em vez do lucro. Uma associação sem fins lucrativos estará responsável pela administração do projeto. A gestão acontecerá de modo coletivo, amplo, representativo e equilibrado.

 

O ponto central da estrutura administrativa consiste na participação popular e o protagonismo das/os moradoras/es do Jardim Lapena na determinação dos rumos e da organização do espaço.

 

Os impactos pretendidos por meio da iniciativa têm como objetivo fomentar o bem-estar da população em múltiplas frentes. Por exemplo, para além de aspectos elementares e estruturais, algumas premissas contemplam a possibilidade de residentes poderem trabalhar nos mesmos espaços – em dinâmicas diversas, que contemplam espaços como escritório, salão de beleza, ateliê, entre outros. Dessa maneira, medidas para promoção do convívio comunitário e que contribuam para a segurança local, como facilitar a circulação de pessoas nas ruas e ativar o comércio no território.

 

Outro segmento contemplado diz respeito à parte infraestrutural. Além de garantir que as unidades habitacionais sejam construídas a partir de parâmetros que reduzam impactos ambientais e que levem em consideração fatores como temperatura, ventilação e possibilitem a queda no consumo de energia elétrica, o projeto deve considerar a redução de custos de moradia e manutenção. Ainda, o estímulo à adoção de boas práticas arquitetônicas para a construção de outras residências no bairro faz parte do projeto.

 

Por fim, o desenvolvimento das unidades habitacionais tem a dinâmica comunitária como um dos pontos estruturantes. Isso diz respeito, por exemplo, à redução de conflitos entre a vizinhança por meio da gestão e da participação coletiva. Ou seja, a mesma lógica vale para o desenvolvimento dos espaços com foco na integração plena entre quem mora lá. Idem para priorizar a ocupação por moradores do bairro de forma a evitar o risco de segregação socioespacial.

 

 

Texto: Amauri Eugênio Jr. / Foto: Vanderson Atalaia


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