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Fundação Tide Setubal apoia pesquisa do Instituto Update sobre inovação política nas periferias

Programas de influência

23 de março de 2018
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De que formas moradores de periferias desenvolvem novas práticas políticas? Quais são elas? Que oportunidades e desafios essas pessoas enfrentam? Estas são algumas das perguntas que norteiam a nova pesquisa do Instituto Update sobre emergências políticas nas periferias. O estudo, que conta com apoio da Fundação Tide Setubal, vai mapear 400 projetos e entrevistar 100 pessoas de cinco cidades brasileiras.

 

A iniciativa surge depois de uma primeira experiência, internacional, do Instituto Update. Em 2015, a organização mapeou 700 projetos de inovação política em 20 países. No ano seguinte, dois dos cofundadores, Rafael Poço e Beatriz Pedreira, viajaram para 11 países (México, Guatemala, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil) para conhecer iniciativas e conversar com seus criadores. A experiência rendeu um extenso estudo, chamado “Emergência Política”, e uma série na Globo News, “Política: modo de usar”.

 

“Nas viagens, a maior parte dos projetos que pesquisamos era de classe média. Agora, queremos analisar outros aspectos sob uma nova perspectiva, a da periferia”, afirma Beatriz Pedreira. “Olhar para as periferias e retratar a inovação política de uma maneira não-excludente foi uma provocação que algumas pessoas nos fizeram, incluindo a Maria Alice Setubal. Queremos ver onde esses dois mundos se encontram, incentivar o diálogo e conexão entre pares dos centros urbanos e periferias”, diz.

 

Inovação política, na pesquisa, pode abranger iniciativas que reduzem a distância entre o cidadão e o governo, promovem a cidadania, reduzem a desigualdade social e usam a participação cidadã, transparência, accountability, inovação pública e mídias independentes como estratégia para suas ações.

 

Durante a condução do estudo, baseada principalmente em pesquisa etnográfica, com entrevistas em profundidade, parte-se do pressuposto da premissa que o entrevistador é igual ao entrevistado, no sentido de ambos estarem em sintonia quanto à realidade observada e as pautas investigadas.  Para isso, nesta nova pesquisa mais de 80% da equipe será composta por profissionais da periferia. Em particular, os pesquisadores de campo serão todos da periferia para que haja maior entendimento sobre os desafios e potências das iniciativas e pessoas entrevistadas.

 

“ Atuamos a partir da perspectiva da potência das periferias, sem deixar de lados os desafios que esses territórios vivem. Para nós, o território importa para influenciar políticas públicas. A pesquisa realizada pelo UP Date trilhará esse caminho por diferentes regiões do país, contribuindo para dar luz a iniciativas inovadoras que nascem nesses espaços e podem inspirar a participação e a renovação política, além de criar novas narrativas sobre a periferia”, afirma Fernanda Nobre, coordenadora de comunicação da Fundação Tide Setubal.

 

Neste momento, os pesquisadores estão em campo, entrevistando pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Recife.


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