O encontro entre literatura e o rock
Sergio Dias, Pedro Autran e Vicente Scopacasa proporcionam um passeio pela história
O rock como música, o rock como letra, o rock como expressão e como atitude social. Diversas foram às definições e os momentos históricos discutidos e apresentados durante a mesa Literatura e rock and roll: leituras cultas e ocultas conversam e se afinam, que reuniu o guitarrista Sergio Dias, o jornalista e estudioso da música Pedro Autran e Vicente Scopacasa, especialista em rock inglês.
Diversos foram também os encontros entre a literatura e o rock abordados no debate. “Existem vários livros sobre rock roll, e eles são o meio mais interessante para conhecê-lo por dentro”, afirmou Pedro Autran. O jornalista destacou também a parte literária, que começou com letras simples, retratando o cotidiano. O cenário se transformou quando os ingleses começaram a consumir a produção musical dos negros. “Ao longo da história, os temas foram mudando e em alguns períodos a música se torna mais importante que a letra”.
Para Sérgio Dias, as composições não acontecem de forma descolada “Cada música nasce de uma forma, mas é preciso ter uma ligação entre música e letra. Se não tiver você perde a cola, não vai ‘tocar’ quem ouve”, explica. Além de música, para Sérgio, o rock é acima de tudo uma atitude social e define: “a internet é hoje o que o rock and roll foi no passado”.
Para Daiana da Costa, aluna do projeto ArteCulturação que ajudou a escrever a publicação Cenas: trajetos, vivências e histórias de ser Jovem, o rock serviu de passaporte para leitura. “ Como não gostava de ler, o tema sempre foi o que me atraiu, leio tudo sobre rock. Gosto tanto que me tornei refém desse tipo de leitura”. Em relação à mesa, ela destaca: “foi história pura, aprendi muitas coisas novas com eles.”