Fundação Tide Setubal
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6º Festival do Livro e da Literatura reúne parceiros pela democratização do acesso ao livro e a literatura

@Comunicacao

10 de dezembro de 2015
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Com uma intensa programação cultural, a 6ª. edição do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel Paulista, organizada pela Fundação Tide Setubal, reuniu diferentes vozes, representadas pelo público, pelos autores e pelas diversas entidades mobilizadas. “Este ano a gente sentiu a necessidade de definir um tema que fosse condizente com o contexto político-social do nosso país. Queríamos estimular a convivência, a tolerância. Queríamos estimular diferentes vozes a debater a sociedade e a democracia”, diz Paula Galeano, superintende da Fundação Tide Setubal.

 

Durante três dias, de 5 a 7 de novembro, o público pode participar de diversas atividades que ocorreram simultaneamente nos 44 pontos culturais, espalhados pela região. Para se ter ideia, as atividades foram organizadas em parques, escolas, estações de trem, Mercado  Municipal de São Miguel Paulista, praças da região e universidade. “Tivemos uma ampliação significativa de instituições envolvidas e, consequentemente,  um aumento no número de pontos culturais. Além disso, podemos observar uma diversificação  de estratégias  de ocupação e intervenções  no espaço público”, comenta Inácio Pereira Neto, organizador do evento e coordenador do Núcleo ArteCulturAção da Fundação Tide Setubal.

 

O resultado desta articulação realizada pela Fundação Tide Setubal e apoiada por coletivos da região, professores, estudantes, lideranças locais e instituições públicas pôde ser notada pelos números do evento. Mais de 5.110 pessoas passaram pela praça Morumbizinho, um dos pontos centrais do evento; 3 mil livros foram distribuídos, gratuitamente; 4.070 livros  de literatura foram trocados e 850 foram vendidos com descontos a partir de 30%. “Nossos parceiros foram fundamentais para alcançarmos esta conquista. Muitas instituições passaram  a incluir  o festival em suas agendas, esse é um sinal que o evento, também, é esperado por nossos parceiros. No entanto, temos um longo caminho a percorrer , antes de torná-lo uma tradição”, diz Neto.

 

O Itaú e o Instituto Itaú Cultural já patrocinaram duas edições do Festival.Para Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, o festival estimula e democratiza o acesso à leitura, ao aproximar o público dos livros de forma séria e ao mesmo tempo divertida.  “O evento é realizado em uma das regiões com mais baixo índice de leitura com uma dinâmica que envolve toda à comunidade com o livro e, que vai além, ao provocar jovens e adultos a entrarem no mundo da literatura por meio de contações de história, intervenções artísticas, saraus, conversas com autor, oficinas, ônibus biblioteca, programas de rádio de rua, contando, ainda, com a participação de profissionais da literatura em todas as suas vertentes. Não é à toa que autores de renome se engajam no projeto, como o poeta Ferreira Gullar, que esteve lá em uma produção preparada pelo Itaú Cultural na localidade há poucos anos, e outros escritores como Ignácio de Loyola Brandão ou Fabricio Carpijenar.”

 

Thais Heinisch, Animadora Cultural, responsável pela programação do Sesc Itaquera concorda com Saron. Na opinião dela, o Festival do Livro e da Literatura de São Miguel Paulista mostra-se uma iniciativa de grande interesse para o desenvolvimento sociocultural da Zona Leste de São Paulo. “Acreditamos que ações de incentivo à leitura resultam na valorização do indivíduo e no desenvolvimento cultural da comunidade.. Para nós, o forte vínculo do evento com a comunidade  é de fundamental importância para que os moradores  sintam-se parte  e não apenas espectadores do evento, favorecendo assim a apropriação dos espaços, o que possibilita o desenvolvimento de um trabalho processual de incentivo à leitura”, explica.

 

Na avaliação de Helba Carvalho, professora de Letras da Universidade Cruzeiro do Sul e coordenadora das ações dos alunos nas tendas da Morumbizinho, o aumento do número de pontos de atividades culturais também contribuiu não somente com a disseminação da cultura pela região, mas para o envolvimento da população. “ Em uma das atividade desenvolvidas pelos alunos da universidade, uma universitária foi questionada por moradores de Guarulhos sobre a possibilidade do Festival, no próximo ano, abranger a região. Por ai, é possível perceber como o evento, ao longo dos anos, vem reverberando positivamente  e abrindo novos espaços”, diz.

 

O Instituto Nova União da Arte (NUA), o Centro Social Marista Irmão Justino e o Procedu-SASF União de Vila Nova, também, se uniram pela primeira vez, para participarem do Festival e oferecer uma programação diversificada.. “Somos três instituições que trabalhamos com o mesmo foco. Ou seja, crianças e adolescentes, e atuamos no mesmo território. Por isso, decidimos unir forças e estreitar os laços em prol do território. Começar essa parceria por meio da literatura, realmente é uma forma ativa de intervenção social”, explica Naudimar Pereira Sousa, bibliotecária do Centro Social Marista. Priscila Tairine, técnica em Assistência Social do Procedu-SASF, também, acredita que o evento seja de grande importância para o desenvolvimento cultural da região. “O Festival possibilita o acesso de todos à cultura, além de fomentar a mobilização social e incentivar o exercício da cidadania”, completa.


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