Fundação Tide Setubal é parceira da pesquisa Quanto Custa Morar Longe
A pesquisa, ainda em fase de produção, foi debatida em encontro na Fundação Getulio Vargas (FGV)
Ao pensar no termo “morar longe”, a primeira ideia que nos ocorre é de que quem mora longe está privado de alguns benefícios e perdendo mais coisas em relação a quem mora perto. Foi com essa premissa que Sérgio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas, abriu evento realizado na última sexta-feira (19/5), na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, para debater o estudo Quanto Custa Morar Longe, que está sendo desenvolvido pelo Instituto e conta com o apoio da Fundação Tide Setubal.
O encontro, que reuniu profissionais e estudantes de diversas áreas, como economia, cidades e meio ambiente, teve como objetivo apresentar os primeiros dados do estudo e ouvir os participantes a fim de levantar contribuições para a publicação. Ciro Biderman, do Centro de Estudos de Política e Economia do Setor Público (CEPESP) e dos cursos de graduação e pós-graduação das Escolas de Administração de Empresas e de Economia da FGV, junto a Claudia Acosta, Martha Hiromoto e Frederico Ramos, pesquisadores responsáveis pelo estudo, apresentaram dados do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) – que servirá de base para avaliar os custos de morar longe e os primeiros resultados do estudo.
Dividido em dois momentos, o de apresentação de dados e resultados e o de debates com os participantes, no encontro foram levantas uma série de questões acerca da infraestrutura urbana, saúde pública, congestionamentos nas cidades e impactos na economia e meio ambiente em relação à distância da moradia dos centros urbanos. Na área de habitação, foram debatidos os desafios do setor em grandes cidades e regiões metropolitanas, com o objetivo principal de analisar o impacto para a cidade, governo e cidadãos que mora longe dos grandes centros. “Empiricamente, todos nós sabemos que morar longe é muito pior. O grande mérito e desafio da pesquisa é como mensurar isso, para que essa sensação que a gente tem se traduza de uma forma mais científica e, com isso, o poder público tenha argumentos mais sólidos para tentar influenciar para o lado das políticas públicas”, afirmou Fernando Franco, ex-secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo.
A ideia é que as contribuições possam somar à publicação, que deverá ser lançada ainda esse ano. Além de Leitão, estiveram presentes no evento, Lígia Vasconcellos, diretora Científica do Instituto Escolhas, e os membros do conselho, Sandra Paulsen, Ricardo Sennes e Rudi Rocha.
Fonte: Instituto Escolhas