Adolescentes do Galpão de Cultura e Cidadania correspondem-se com jovens da Amazônia
Vinte adolescentes, com idades entre 11 e 13 anos, trocam correspondências com adolescentes da Amazônia Legal e conhecem mais sobre a realidade da localidade.
Você sabe como é a vida de uma pessoa na Amazônia? Como são as escolas, as casas? Que músicas escutam, como se divertem? Algumas crianças e jovens participantes das atividades da Fundação Tide Setubal também não sabiam, mas estão mais próximas de descobrir.
Eles fazem parte do Programa Rede, uma iniciativa de intercâmbio cultural do Projeto Vaga-lume com o tema “Nós e nosso meio ambiente”, que une escolas e ONGs de São Paulo e de comunidades da Amazônia Legal. A ideia é estabelecer a comunicação entre crianças e jovens, por meio de cartas, para que assim conheçam mais da complexidade da realidade brasileira, suas diversas culturas e relações com o meio ambiente. “Até pensamos em fazer o intercâmbio por e-mail, mas escolhemos as cartas pelo contato mais direto com o papel e a escrita” diz Antonia Marlucia Gomes, 41 anos, educadora do Ponto de Leitura Lapenna, responsável da Fundação Tide Setubal pelo intercâmbio cultural.
Participam do projeto vinte adolescentes entre 11 e 13 anos, que se reunirão às segundas-feiras pela manhã no Ponto de Leitura do Galpão de Cultura e Cidadania do Jd. Lapenna, até o mês de novembro. Ao fim do projeto, acontecerá um encontro entre os adolescentes da Amazônia e os de São Paulo em um acampamento que reunirá quem passou quase um ano se correspondendo. “Os adolescentes estão achando o máximo conhecer mais sobre a Amazônia, pois sabem pouco de lá. Depois do último encontro, eles disseram que iriam pesquisar ainda mais sobre a região” disse Marlucia.
O Projeto Vagalume, nasceu quando três amigas, em uma viagem a Amazônia, deram-se conta do alto nível de analfabetismo que tomava conta da região. Elas iniciaram uma expedição pelas comunidades, para onde levavam livros, incentivando a leitura na região. Foram o livro e a leitura que se tornaram as pontes entre estas crianças e jovens e as grandes metrópoles.