CDC recebe evento preparatório para conferência de assistência social
O encontro fez parte da rodada preparatória para a IX Conferência Municipal de Assistência Social de São Paulo
Em 12 julho, o CDC Tide Setubal sediou a Pré-conferência de Assistência Social da Subprefeitura de São Miguel Paulista. O encontro fez parte da rodada preparatória para a IX Conferência Municipal de Assistência Social de São Paulo, agendada para ocorrer no próximo mês de agosto, entre os dias 24 e 26. Eventos semelhantes ao do CDC aconteceram nas 31 subprefeituras da cidade. “O objetivo era promover o debate e a avaliação da política de assistência social local e propor novas diretrizes, no sentido de consolidar e ampliar os direitos socioassistenciais do usuário”, explica Maria Aparecida Pavão, coordenadora da comissão organizadora do evento e supervisora do Centro de Referência da Assistência Social de São Miguel Paulista.
Em São Miguel, estiveram presentes cerca de 200 pessoas, entre representantes do poder público, de organizações sociais, profissionais da área e usuários do serviço. Como a conferência municipal é um espaço para sociedade civil contribuir com a elaboração de políticas públicas, cada região, em sua pré-conferência, elegeu delegados. São Miguel terá três representantes do poder público, oito de organizações sociais e cinco usuários. Eles darão voz à localidade na conferência de agosto.
O apoio da Fundação Tide Setubal ao debate no CDC relaciona-se com uma de suas estratégias de atuação no território: o fomento a uma rede de relações que colabore com as reflexões e discussões sobre as políticas para cidade. “Ficamos muito contentes em sediar a pré-conferência no CDC, pois o clube é um espaço de referência para a comunidade e aberto a diversos fóruns, seminários e encontros em prol da região”, afirma Tião.
Quatro eixos
A Conferência foi marcada por quatro eixos temáticos: estratégias para estruturação da gestão do trabalho no Sistema Único da Assistência Social (SUAS); reordenamento e qualificação dos serviços socioassistenciais; fortalecimento da participação e do controle social; e centralidade do SUAS na erradicação da extrema pobreza. Segundo Cida Pavão, as conversas também abordaram a necessidade de mais capacitação dos profissionais da área e o aumento de verbas para os serviços. “Fiquei impressionada com o número expressivo de usuários da rede da assistência social no debate — cerca de 50% do nosso público. Eles avaliaram o serviço, reivindicaram melhorias e colocaram propostas”, complementa.
A assistente social da Fundação Tide Setubal, Mariselma Ferreira Sousa da Silva, foi uma das delegadas eleitas. Há mais de três anos, ela trabalha como assistente de projetos do Programa Ação Família no Jardim Lapenna, que oferece atividades nas áreas de educação, saúde, habitabilidade e geração de renda para famílias em situação de vulnerabilidade no território. “Com a experiência acumulada nesses anos, percebi que, muitas vezes, orientamos as pessoas a buscarem determinado serviço, mas ela não consegue o atendimento. Ou seja, o direito não sai do papel”, diz Mariselma. “Como representante da sociedade civil, espero colaborar com a implementação de políticas, para que os cidadãos possam usufruir dos serviços.”
Publicada lei que cria o Sistema Único de Assistência Social – Clique aqui para saber mais