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Durante o festival, público se aproxima de autores prestigiados

@Comunicacao

30 de novembro de 2012
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Quanto vale estar ao lado de um ídolo e trocar ideias com ele? Durante o Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, autores como Pedro Bandeira, Suzana Montoro, Fernando Bonassi passaram pelo bairro e instigaram as plateias a expressar o poder dos livros em suas vidas. Vozes como as de Binho e Andrio Candido debateram o universo da produção literária periférica. Jorge da Cunha Lima falou de sua experiência de adaptar histórias para a televisão. Com todas essas oportunidades, muitos aproveitaram para ouvir e ver de perto pessoas prestigiadas, distantes do dia a dia da região.

 

Cacilda Evangelista de Andrade Moreira, professora da EMEF Arquiteto Luis Saia, se emocionou com o escritor Pedro Bandeira na abertura do festival. “É a primeira vez que eu o vejo falar pessoalmente e estou encantada. Chorei porque tudo o que ele disse reafirma a condição do professorado. Temos de ajudar o aluno a ter autorrespeito como cidadão, como ser humano, para ocupar o seu lugar no mundo. Vou levar o que acabo de aprender para dentro da sala de aula.”

 

Selma da Silva Xavier dos Reis, docente na EMEF Vicente Amato Sobrinho, já havia assistido a palestras de Bandeira. “Vim hoje porque o que ele fala entra na alma. É tudo profundo, pensado. Se uma criança não aprende, toque um instrumento, dance para ela, beije-a. O professor tem de fazer por onde para atingir o mundo do aluno.”

 

A jovem Débora Matos, de 17 anos, aguardou o fim da apresentação do autor para subir ao palco e pedir autógrafos. “O livro A marca de uma lágrima me abriu as portas da literatura. A partir desse livro comecei a ler por prazer. Ele tem um estilo fluido, magistral”, relatou. Débora contou para Pedro sua experiência e arrematou a conversa com um registro fotográfico para a posteridade.

 

 

Literatura no currículo escolar

 

Thayná Gomes, de 14 anos, participa das atividades oferecidas pela Sociedade Profissionalizante de Assistência Social (Sepas), no contraturno escolar. Por conta da ONG, situada na Vila Itaim, ela esteve na conversa com os autores Jorge da Cunha Lima e Fernando Bonassi. Quis saber deles o que achavam dos títulos de literatura incluídos no currículo escolar; se não deveriam falar mais ao mundo do adolescente. “As escolas precisam de bibliotecas e de salas de leitura, mas também têm de incentivar o jovem a ler”, concluiu a jovem no fim do debate.

 

Na mesa Literatura em Movimento, o foco eram as estratégias e formas de apoio para o acesso, a promoção do hábito de leitura e a produção literária. Entre os debatedores estavam Maria Zenita Monteiro, coordenadora da Divisão Municipal de Bibliotecas de São Paulo, e Gil Marçal, coordenador do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), da Secretaria Municipal de Cultura. Da plateia, o poeta e ativista Robson Padial, o Binho, lançou a eles uma pergunta, quase uma provocação: “Dá para ampliar a abrangência do Ônibus-Biblioteca e dar continuidade ao investimento do VAI para os projetos que emplacam?”. A partir daí, deu-se uma enxurrada de ideias e conclusões. Ele mesmo, o Binho, participou da mesa seguinte, As Vozes da Periferia na Literatura da Cidade, e foi abordado pelo público que admira seus famosos saraus.


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