Educadores e gestores participam da terceira turma do curso “Interações para Viver bem na Escola”
No primeiro semestre de 2015, educadores e gestores participaram da terceira turma do curso “Interações para Viver bem na Escola”. Mais de 30 educadores integraram a turma do módulo avançado do curso. A formação é promovida pela Fundação Tide Setubal em parceria com a Diretoria Regional de Educação de São Miguel. O diretor da […]
No primeiro semestre de 2015, educadores e gestores participaram da terceira turma do curso “Interações para Viver bem na Escola”. Mais de 30 educadores integraram a turma do módulo avançado do curso.
A formação é promovida pela Fundação Tide Setubal em parceria com a Diretoria Regional de Educação de São Miguel. O diretor da DRE, Manoel Romão fala sobre essa parceria, “O curso Interações para Viver bem na Escola recebeu um grande número de elogios e em cada modulo mais educadores querem participar da formação. Essa parceira com a Fundação Tide Setubal é muito valiosa pra nós da DRE e mais uma vez traz uma formação de qualidade para nossos educadores”.
Viviane Hercowitz, coordenadora do Núcleo Mundo Jovem, destaca alguns dos elementos do módulo avançado. “Todas as atividades foram pensadas com cuidado e atenção para mantermos a qualidade do curso. Construímos um espaço de escuta e fala para o docente e eles valorizaram muito isso. O que nós fazemos aqui é o que esperamos que eles façam em suas escolas, com toda a comunidade escolar”.
Para Izabel Brunsizian, coordenadora do projeto Qualidade de Vida, o maior desafio era trazer novidades para a formação, “para que as Interações para viver bem na escola funcionem é necessário uma boa convivência e para isso as pessoas precisam sentir que são bem-vindas naquele espaço. Não queríamos que os professores entrassem no ambiente despreparado, mas sim que eles pudessem interagir e conviver em grupo, com a perspectiva de que o mesmo deve ser feito nas escolas”.
O módulo avançado apresentou questões que permeiam o cotidiano dos jovens e adolescentes como as drogas, a violência, a sexualidade, o preconceito e a discriminação racial, entre outros temas que influenciam na convivência dentro da escola. A autoridade também foi colocada em pauta. Os docentes apresentaram cenas de conflitos dentro de sala e discutiram o que um docente pode e deve fazer diante de uma situação de conflito.
Clesio Nkululeko, da Associação Bem Comum, participou como formador e levou um pouco do trabalho feito junto aos jovens da ONG. Ele conta que o principal objetivo das atividades desenvolvidas com os jovens é estimular o diálogo e as relações entre eles. “Trouxemos para a formação conflitos que muitos jovens e adolescentes enfrentam, os docentes conhecerem um pouco mais sobre os temas e discutiram qual deve ser o papel do docente em momentos de conflito. A ideia era tirá-los do lugar comum e prepará-los para enfrentar esses temas dentro da sala de aula”.
A professora Maria do Pérpetuo da EMEF Antônio Cridey Righetti participou pela primeira vez da formação e destaca a importância dos temas abordados no curso. “As questões apresentadas na formação questão presentes na escola . Pobreza, racismo, drogas, sexualidade. Todos esses assuntos fazem parte do dia-a-dia do nosso dia-a-dia. Acho que a participação aqui me motivou a voltar para a sala de aula bem preparada para esses e outros temas que encontramos na escola”.
A assistente de direção Wanderly Pastor Oliveira, da EMEF José Américo de Almeida participa da formação desde a primeira turma e conta como os encontros mudaram sua perspectiva de ações no combate a violência na escola. “Tenho colocado em prática o que aprendi. Hoje sou uma multiplicadora dentro da escola. Começamos a repensar sobre o relacionamento da escola com as famílias e sobre a importância das duas instituições trabalharem juntas para tentar resolver os conflitos gerados dentro da escola.”
O educador Christian Silva, da EMEF José Américo de Almeida, destaca o formato diferenciado da formação. “Olhar a questão escolar pelo lado dos professores é inédito. Debater a questão social e sua concepção na prática também é algo raro. Nas formações acadêmicas o que temos são somente os olhares dos teóricos, tudo que se refere às relações são colocados em segundo plano. Essa formação foi extremamente satisfatória, pois suscitou os problemas reais enfrentados pela maioria dos professores. Aqui aprendemos a ter uma visão macro e não micro. A formação foi extremamente enriquecedora”
Essa é a terceira turma do curso de Interações para viver bem na Escola. A formação visa contribuir para a construção de bom ambiente dentro da escola, em que toda a comunidade escolar seja inserida.
Outros depoimentos:
Jader Gregório Morelo – EMEF José Honório
“Sou educador físico e outro professor da minha escola me recomendou o curso Interações para viver bem na escola. Gostei muito da formação. Aqui encontramos um espaço para debate sobre os problemas de convivência de presenciamos na escola e, mais que isso, pensamos juntos em formas para melhorar esse convívio”.
Edno Cândido da Cunha – EMEF Josefa Nicácio de Araújo
“Eu vejo esta formação como uma continuidade da primeira. Observar a continuidade sobre o convívio escolar é extremamente importante para quem leciona. Esse assunto é muito complexo e acaba se tornando um desafio. Ou seja, você tem que abraçar e acreditar naquilo que você faz. O professor acaba se tornando uma espécie de espelho para a maioria desses jovens. Não somos detentores do saber, mas em muitos casos conseguimos transformar a realidade deles.”
Adriana Estevão Nonato –ONG SEPAS
“Decidi me inscrever na formação Interações para viver bem na escola para que possamos melhorar a convivência com os jovens da ONG. Acredito que é fundamental para qualquer educador participar dessa formação, os temas vão de encontro com a realidade das escolas, e não é diferente com as crianças da ONG. Estou aqui em busca de embasamento para melhorar a convivência com todos dentro e fora da nossa instituição”.