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Encontro na Zona Leste discute educação em ciclo de debates sobre cidades e territórios
Encontro na Zona Leste discute educação em ciclo de debates sobre Direito à Cidade No último dia 06 de maio, a segunda roda preparatória da zona leste para o Seminário Internacional Cidades, territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade discutiu Educação, território e Sustentabilidade. O encontro foi realizado na Escola de Artes, […]
Encontro na Zona Leste discute educação em ciclo de debates sobre Direito à Cidade
No último dia 06 de maio, a segunda roda preparatória da zona leste para o Seminário Internacional Cidades, territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade discutiu Educação, território e Sustentabilidade. O encontro foi realizado na Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo – EACH USP, em parceria com a Folha de S.Paulo, como um aquecimento para o encontro que celebrará os 10 anos da Fundação Tide Setubal e acontece no próximo dia 14 de junho, na Fecomercio, Bela Vista, São Paulo (SP).
Maria Rita de Almeida Toledo, historiadora e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo – Escola de Filosofia, letras e Ciências Humanas, Alexandre Issac, cientista social, pesquisador e líder de projetos do Centro de Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária no Cenpec e Josafá Rehem Nascimento Vieira, diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental Faveira do Mato, participaram da conversa.
O encontro colocou em discussão a necessidade e a urgência de pensar de forma conjunta a escola e o território, em que ela está inserida. Maria Rita de Almeida Toledo justifica essa questão, lembrando que “o território onde está a escola será o primeiro lugar, onde as crianças observam e problematizam aquilo que elas podem articular para conhecer”. A historiadora chama atenção, que apesar da relevância dessa relação com o território, ela não tem acontecido, “é necessário pensar a relação escola-professor-comunidade. O professor trabalha de acordo com hora-aula, o que traz um problema de pertencimento: um professor de sociologia, por exemplo, dá uma aula por semana para cada série e precisa trabalhar em 6 escolas diferentes. Esses espaços se tornam escolas de passagem”, afirma.
Alexandre Issac concorda com a importância da relação entre escola e território, e traz para a discussão a educação integral, garantindo que, “é mais tempo de educação e pode ser positivo, mas é necessário pensar no currículo”, para ele é uma oportunidade de rever a questão de tempo e espaço. O sociólogo lembra que isso significa prever o desenvolvimento integral dos estudantes e diz, “esse pensamento precisa ser conjunto, unir a escola e a comunidade com essa responsabilidade, pensando na intersetorialidade das políticas e em uma cidade educadora”.
Para finalizar o debate Josafá Rehem Nascimento Vieira, apresentou um outro lado da relação escola e território, onde a comunidade também quer ocupar o espaço da escola, como lembra do início de sua carreira o professor de educação física, “tive que conversar com os ‘manos’ para negociar com eles o espaço que era meu lugar de trabalho e também era o espaço de lazer deles”, referindo-se a quadra da escola. Essa é apenas uma das muitas questões que demonstra a presença da escola no território e da comunidade na escola.
Saiba mais
Para mais informações sobre o Seminário Cidades e Territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade, acesse folha.com/cidadeseterritorios
Saiba mais também sobre as rodas de conversa na zona sul (clique aqui) e no centro (clique aqui).