Equipe da Fundação participa em peso do Congresso GIFE 2012
A equipe de coordenação da Fundação Tide Setubal participou em peso das discussões do Congresso GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), entre 26 e 30 de março, em São Paulo (SP). Principal encontro sobre investimento social do país, realizado a cada dos anos, o evento reuniu cerca de mil integrantes de fundações, institutos e […]
A equipe de coordenação da Fundação Tide Setubal participou em peso das discussões do Congresso GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), entre 26 e 30 de março, em São Paulo (SP). Principal encontro sobre investimento social do país, realizado a cada dos anos, o evento reuniu cerca de mil integrantes de fundações, institutos e empresas, em mais de 60 atividades oficiais e paralelas, em torno do grande tema “Novas Fronteiras do Investimento Social”.
A presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal, Maria Alice Setubal, levantou questões na conferência de abertura, dia 28 — que contou com a presença dos especialistas internacionais Cristopher Pinney, do Aspen Institute, e Barry Knight, do Centris —, e após a exposição do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Paula Galeano, coordenadora geral da Fundação, compôs a mesa “O papel dos conselhos no desenvolvimento comunitário”, no dia 30. Na ocasião, ela afirmou que é preciso que “o investidor social se posicione ao lado da sociedade, buscando ouvir, entender e identificar as demandas para poder intermediar como governo, de maneira a auxiliar a sociedade na reivindicação dos seus direitos”. Para Paula, é necessário trabalhar com uma agenda para o microterritório, com pautas, formação e informação para a comunidade sobre o funcionamento dos órgãos governamentais.
Aprendizado
“O que mais me chamou a atenção foi ver que o setor está discutindo nesse momento uma normatização mais clara, tanto para o dia a dia das organizações quanto para o futuro, como é o caso dos fundos financeiros”, relatou Mirene Rodrigues São José, coordenadora administrativa e financeira da Fundação, que participou pela primeira vez do Congresso.
Ela acrescenta que há agora um movimento muito mais agressivo relacionado à captação de recursos e, por isso, discussões em torno de doações individuais e de suas regras e formas são bastante pertinentes. “Olhando para a Fundação, esse debate está em pauta no nosso apoio ao Fundo Zona Leste, por exemplo, o que faz ser muito proveitosa a discussão”.
Segundo Inácio Pereira dos Santos Neto, coordenador do Núcleo ArteCulturAção, a mesa “Outras fronteiras do investimento social em educação” foi interessante porque demonstrou um desejo coletivo dos investidores sociais por mais mobilização da sociedade sobre o tema. “Foi bacana ver que todos concordam que a questão hoje não está mais em criarmos novas tecnologias ou metodologias para a educação porque já existem muitas. A questão está em nós nos comunicarmos mais, nos articularmos, estabelecermos sinergias e parcerias para uma grande mobilização política da sociedade civil em torno da bandeira da educação”, disse.
Apresentação do Fundo Zona Leste Sustentável
Nos dias 26 e 27 e na manhã do dia 28 — antes da programação oficial do Congresso — foram realizadas atividades paralelas, organizadas espontaneamente pelos associados GIFE. Uma delas foi a mesa “Apresentação do Fundo Zona Leste Sustentável e discussão sobre fundos comunitários”, dia 27, coordenada pela Fundação Tide Setubal e pelo Fundo Zona Leste Sustentável.
Gabriel Ligabue, consultor do Fundo, explicou, a cerca de 30 pessoas, a experiência desse fundo comunitário que dá apoios técnico e financeiro a pequenos empreendedores da zona leste da capital paulista e também debateu o papel desse tipo de iniciativa no desenvolvimento local sustentável.
Desafio para universitários
Katia Ramalho Gomes, consultora em comunicação no Núcleo de Comunicação Comunitária (NCC) da Fundação e estudante do terceiro ano de publicidade e propaganda, ganhou bolsa para participar de todo o Congresso porque foi uma das três vencedoras do desafio para universitários intitulado: “Como o Investimento Social Privado pode trazer desenvolvimento social para o Brasil?”.
O desafio foi proposto pelo GIFE e pelo Laboratório de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade da FGV-SP. Após realizarem tarefas em quatro etapas online, os estudantes tinham de responder à questão em até 1 mil caracteres, e a resposta de Katia foi uma das escolhidas. “Como cidadã, foi bom ter ido e participado porque fiquei a par das novas formas de se pensar o desenvolvimento local sustentável e também dei minha contribuição como universitária, profissional e pessoa”.