Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Formação Interações para viver bem na escola chega ao fim, e professores já aguardam pela segunda edição do curso
Durante um mês professores, coordenadores pedagógicos, assistentes e diretores se reuniram na Diretoria Regional de Educação de São Miguel para participarem da formação Interações para viver bem na escola, realizada em parceria com a Fundação Tide Setubal. A palavra-chave que norteou as dinâmicas foi convivência. “Nosso objetivo é estreitar laços entre educadores e educandos para […]
Durante um mês professores, coordenadores pedagógicos, assistentes e diretores se reuniram na Diretoria Regional de Educação de São Miguel para participarem da formação Interações para viver bem na escola, realizada em parceria com a Fundação Tide Setubal. A palavra-chave que norteou as dinâmicas foi convivência. “Nosso objetivo é estreitar laços entre educadores e educandos para que juntos criem estratégias para minimizar os conflitos dentro das escolas”, explica Izabel Brunsizian, coordenadora do Núcleo Qualidade de Vida.
Eliane Cristina Gomes, da EMEF Padre Chico Falconi, conta que quando recebeu o informativo da formação, o nome do curso chamou sua atenção. “Muitas vezes nos esquecemos de que dentro da escola nós também estamos vivendo. Não podemos pensar só no bem estar quando não estamos trabalhando. Contar com um curso que auxilia a trabalhar com os conflitos nos impulsiona a voltar para a sala de aula com mais disposição para trabalhar e para mudar a relação com os educandos”.
Para Viviane Hercowitz, coordenadora do Núcleo Mundo Jovem, atitudes e valores mudam o mundo, por isso é preciso apostar na formação de uma equipe escolar que saiba escutar e se envolva com os problemas do jovem. “É importante motivar, valorizar, mediar conteúdos. A autonomia precisa de uma organização. Professores têm que ajudar alunos a conquistarem esta autonomia. Tentamos fortalecer isso durante os encontros, ressaltando a importância do professor nesse processo”, explica.
Sair do lugar comum também foi um dos grandes desafios da formação. “A troca de ideias me fez perceber que não estou sozinha, que existem outras pessoas que pensam a educação de um modo diferente, porque ela pode e deve ser diferente. Acredito que este curso deveria ser estendido, pois à medida que os encontros foram acontecendo, novos assuntos surgiram”, diz Angelita Oliveira Barreto, EMEF Padre Jose de Anchieta.
Na opinião de Inácio Guedes Moreira Junior, da EMEF Jose Bento de Assis, o curso possibilitou uma mudança de paradigma na resolução de problemas enfrentados por ele dentro da escola. “Com o curso, aprendi a ver uma mesma questão por diversos pontos de vista”, conta.
“O Interações para viver bem nos alimentou de boas ideias, além disso, os participantes puderam compartilhar as diversas realidades vivenciadas dentro das escolas”, destaca Adriana Eneas Pereira , supervisora Escolar da DRE São Miguel.
Essa foi à segunda turma do curso de Interações, mais de 30 profissionais de Educação participaram das atividades. O próximo passo é acompanhar de perto o desempenho dos gestores dentro das escolas e conhecer os projetos que surgiram a partir do que aprenderam no curso.
Confira outros depoimentos de quem participou:
Gisele Souza – CEU Três Pontos
Alguns colegas participaram da primeira turma e nos recomendaram muito bem o curso. Nossa expectativa é que possamos voltar para a escola com um apoio para a mediação de conflitos, e para que possamos criar um ambiente agradável não só para os alunos, mas para toda a comunidade escolar.
Maria de Fátima Souza – EMEF Antônio Carlos de Andrada e Silva
Acredito que o curso nos oferecerá uma boa base para que possamos aplicar as dinâmicas de mediação na escola. Infelizmente a violência faz parte da escola, é comum casos de professores agredidos por alunos, brigas entre os educandos. É preciso despertar na comunidade escolar essa consciência de que passamos grande parte de nossas vidas na escola, por isso é fundamental criar um laço de afeto com todos dentro dela.
Aqui contaremos com um apoio para trabalhar com isso dentro e fora de sala, só a recepção da equipe da Fundação já mostra como um simples gesto de atenção faz toda a diferença.
Admilson da Silva – EMEF Flávio Augusto Rosa
“Vim para o curso cheio de expectativas e felizmente todas foram atendidas. Esse suporte para o professor enfrentar os conflitos é necessário para estarmos preparados pra mediar essa realidade. Essa iniciativa nos motiva a melhorar a vivência com a comunidade escolar e fortalecer essa relação com os alunos.
A maior deficiência que encontramos nas escolas é o distanciamento do corpo docente e da comunidade escolar, isso precisa ser transformado urgentemente.”
Izaira dos Santos – EMEF Felipe Henrique da Costa
“O curso superou as expectativas, agora tenho ideia do todo! Logo no inicio não sabia o que fazer diante de grandes questões enfrentadas pela escola na qual eu trabalho, como a mediação de conflitos, violência, dentre outros. Agora percebo a necessidade das parcerias, para de fato acontecer a troca de ideias entre professores e alunos. Ouvir pessoas que se debruçaram sobre problemas, estudaram e possuem experiência na resolução é algo que tem contribuído muito para o que enfrento diariamente no meu trabalho.”
Amauri Eugênio Jr.