Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Fundação Tide Setubal recebe workshop do GIFE sobre Cidades Sustentáveis
No dia 25 de setembro, aconteceu na Fundação Tide Setubal o primeiro workshop temático “O que o Investimento Social Privado pode fazer pelas Cidades Sustentáveis”. A iniciativa, organizada pelo GIFE, faz parte da série “O que o ISP (Investimento Social Privado) pode fazer por…?”, que busca promover e dar maior centralidade a temas menos evidenciados, […]
No dia 25 de setembro, aconteceu na Fundação Tide Setubal o primeiro workshop temático “O que o Investimento Social Privado pode fazer pelas Cidades Sustentáveis”. A iniciativa, organizada pelo GIFE, faz parte da série “O que o ISP (Investimento Social Privado) pode fazer por…?”, que busca promover e dar maior centralidade a temas menos evidenciados, hoje, na pauta do ISP.
“As organizações associadas ao GIFE costumam trabalhar com áreas mais tradicionais, como educação, cultura e meio ambiente, que continuam sendo desafiadoras, mas temos discutido que novos temas não estão sendo apropriados por fundações e institutos, embora sejam muito debatidos por universidades e organizações da sociedade civil”, afirmou Maria Alice Setubal, presidente do GIFE e do conselho da Fundação Tide Setubal, na abertura do encontro. “Cidades sustentáveis, por exemplo, tem a ver com questões da equidade, com a inclusão das diferentes vozes. Não podemos pensar mais uma vez a cidade circunscrita a um grupo pequeno de pessoas e a uma região restrita.”
“Acreditamos que o investimento social privado pode fazer mais por temas que são centrais para a sociedade brasileira e a agenda pública”, afirma José Marcelo Zacchi, secretário-geral do GIFE. “No plano de fundo, há o entendimento de que a expansão desse engajamento temático responde a um chamado desse momento do Brasil, em que estamos cumprindo ciclos de avanços de pautas ao longo das últimas décadas, e o país está desafiado a produzir novas agendas, que caminham em temas que nos pressionam e são desafiadores. Novas convergências podem ser criadas em torno dessas agendas, atualizando modos de cooperação entre diferentes atores para que possamos avançar”.
Neste contexto, o objetivo geral da série é fomentar a discussão em torno da aproximação – e possibilidade de atuação – do ISP à pluralidade de temas diversos inseridos na agenda pública. Além das Cidades Sustentáveis, são temas da série Migração e Refugiados, Direitos da Mulheres, Água, Gestão Pública, Mudanças Climáticas, Equidade Racial e Segurança Pública.
Desafios e soluções
O encontro contou com a participação de representantes da Rede Nossa São Paulo, Fundo Socioambiental CASA, Instituto Vedacit, Itaú Unibanco, Aegea, Casa Fluminense, Din4mo, Instituto Brasiliana, Instituto Escolhas, Instituto Polis, Instituto Urbem, Vivenda, WRI, CEPSP-FGV, SampaPé!, Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos, e seguiu a metodologia de café colaborativo, com facilitação da Move Social.
Inicialmente, cada grupo debateu o conceito de cidades sustentáveis para temas específicos como periferia, mobilidade, habitação e saneamento e meio ambiente e, na sequência, elencaram os principais desafios das cidades sustentáveis. Por fim, os participantes foram desafiado a pensar em soluções para esses problemas que poderiam ser feitas a partir do Investimento Social Privado, apontando também casos que possam inspirar essa atuação.
Dentre as propostas apresentadas estavam a adoção de práticas de inovação de modelos para produção e gestão de recursos, o incentivo à pesquisa científica aplicada, um maior financiamento para estratégias de advocacy, o financiamento a acupunturas urbanas e apoio à realização de Planos de Bairro, o fomento a instituições dedicadas a estruturação de projetos urbanos e ao venture capital para soluções Urbanas.
Agora, todo o material produzido pelos grupos será sistematizado. Além dos workshops, a série pretende produzir com esse conteúdo pílulas de vídeos e cartilhas com contextualização dos desafios e a importância de cada tema para o ISP.