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O capacitismo nada mais é do que o irmão do racismo, da LGBTfobia e do machismo – Fundação Tide Setubal entrevista Ivan Baron

Confira a entrevista com o influenciador e ativista Ivan Baron sobre combate ao capacitismo.

21 de setembro de 2021
Imagem de Ivan Baron. Ele é um homem com cabelos curtos e óculos. Ele usa calça jeans com tonalidade clara, jaqueta preta e uma camiseta branca com uma estampa frontal. Ivan está sentado em um banco, no qual uma bengala está apoiada. Imagem de Ivan Baron. Ele é um homem com cabelos curtos e óculos. Ele usa calça jeans com tonalidade clara, jaqueta preta e uma camiseta branca com uma estampa frontal. Ivan está sentado em um banco, no qual uma bengala está apoiada.
Foto: Erivan Lima

Assistir aos vídeos e conferir as demais publicações produzidas por Ivan Baron torna evidente que é possível falar sobre assuntos complexos de modo acessível e para fácil compreensão. O jovem estudante de pedagogia e influenciador digital aborda de modo bem-humorado e informativo sobre acessibilidade, inclusão e capacitismo.

Ao mesmo tempo em que é possível rir do humor ágil que dá o tom em vídeos sobre temas como cripface. Ou seja, quando atores sem deficiência interpretam personagens com deficiência, sobre capacitismo e a como se referir a elas e abordá-las, os materiais produzidos induzem os seguidores à reflexão sobre o modo como agem com pessoas com deficiência. A mesma lógica vale para a busca por maneiras para corrigir falhas e desconstruir conceitos defasados e equivocados.

Esses e demais aspectos são retratados também no e-book Guia Anticapacitista, no qual ele informa e nos faz refletir sobre o nosso comportamento com pessoas com deficiência. Além disso, conferir os posts dele no Instagram, rede social em que ele conta com mais de 535 mil seguidores*, e no TikTok, na qual mais de 674 mil perfis* o acompanham, é uma fonte de inspiração para mudar uma realidade para lá de desigual.

Essa realidade inglória fica mais evidente ao deparar-se com indicadores como os seguintes: estima-se que quase 70% da população com algum tipo de deficiência não tenha instrução ou conseguido concluir o ensino fundamental, enquanto menos de 30% de PCDs aptas a trabalhar estejam no mercado de trabalho. Batalhar contra essas e diversas outras desigualdades e formas de discriminação formam o norte do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, lembrado em 21 de setembro.

Confira a seguir a entrevista.

*Informações atualizadas em 18 de setembro de 2025 para inclusão de dados vigentes sobre as redes sociais de Ivan Baron.

No Guia Anticapacitista, você fala sobre a sua formação e sobre começar a cursar pedagogia. Como ter cursado pedagogia te motivou a falar sobre capacitismo nas redes sociais?

Ivan Baron: Acredito que todo(a) professor(a) tenha como missão mediar o conhecimento. Durante a faculdade de pedagogia, melhorei bastante a minha comunicação, adquiri maneiras, técnicas e didática de como transmiti-lo. Uni o útil ao agradável e fiz do limão uma limonada.

Comecei a estudar sobre capacitismo e a me aprofundar no assunto. A maneira como quis transmitir o ensino foi o ponto-chave: não optei por uma maneira muito tradicional e quis escolher um novo. O curso de pedagogia me influenciou bastante, me deu muita base de conhecimento para eu ter a minha profissão atual, que é a de criador de conteúdo e, principalmente, de educador social – no caso, educador virtual. Espero que esse aprendizado ultrapasse o ambiente da internet e venha para o ambiente presencial.

Ainda dentro da sua formação, em qual momento você percebeu que as redes sociais poderiam ser usadas como canal superimportante para falar sobre capacitismo?

Ivan Baron: Eu tive essa noção lá pela metade de 2018, no auge dos movimentos sociais e políticos, pois sentia falta de alguém falando sobre a realidade das pessoas com deficiência, também com foco na violência que elas sofrem – isso até então não era discutido.

Comecei a pesquisar sobre o assunto por meio da internet, pois não vi, infelizmente, livros que abordassem o assunto – se houvesse, eram livros muito inacessíveis, com os quais eu não tinha proximidade. Por eu me aprofundar sobre o assunto na internet, também queria compartilhar na internet. Foi a partir daí que criei o meu perfil nas redes sociais, com foco na discussão sobre a luta anticapacitista e por uma sociedade mais inclusiva.

Ivan Baron fala sobre a produção de conteúdos sobre acessibilidade nas redes sociais

Para quem não tem contato com o debate sobre capacitismo, como ele pode ser explicado? E como funcionam as diversas formas de capacitismo, passando por atitudes “bem intencionadas”, pelo capacitismo institucional e pela discriminação?

Ivan Baron: Costumo dizer que o capacitismo nada mais é do que o irmão do racismo, da LGBTfobia e do machismo. É toda uma família de preconceito, discriminações e fobias, que não presta e deveria ser expulsa do nosso país e da humanidade. O capacitismo é o preconceito direcionado para as pessoas com deficiência.

Engana-se [quem pensa] que é apenas a violência física. Ele é muito inteligente e sistemático e tem várias ramificações: tem o capacitismo institucional, responsável pela retirada de direitos; o capacitismo recreativo, quando a deficiência é usada como motivo de piada e de chacota; tem o capacitismo médico, quando associa a deficiência a doenças. São várias as maneiras como ele se apresenta para a nossa sociedade e para poder se perpetuar.

O modo como podemos desconstruí-lo é com inclusão e representatividade de pessoas com deficiência, principalmente quando elas se empoderam – elas conseguem ter mais propriedade para enfrentar o capacitismo. O primeiro tópico é saber da existência do capacitismo, porque senão ele não é divulgado, não tem visibilidade, assim como outras lutas têm.

Não quero hierarquizar pautas sociais – muito pelo contrário -, até porque o capacitismo também é interseccional e está aliado ao racismo e à misoginia. Quero dar luz para mais pessoas poderem abordar sobre o assunto. O primeiro passo é ter noção sobre o capacitismo para, após isso, poder combatê-lo e para cada um saber do seu espaço nessa luta e saber do seu local. Se for uma pessoa com deficiência, ela é protagonista, mas se for uma pessoa sem deficiência, ela deve servir como aliada.

Ivan Baron fala sobre exemplos de atitudes capacitistas no dia a dia

Você fala no Guia Anticapacitista sobre o capacitismo institucional. Quais medidas você considera urgentes para mudar esse quadro?

Ivan Baron: Primeiro, devemos saber que o nosso país é riquíssimo em questão de leis para PCDs. mas não adianta apenas elas ficarem no papel: é necessário colocá-las em prática. Hoje, vemos todas as conquistas, principalmente na área da educação, sendo atacadas, com novos projetos de lei que desconstroem tudo o que conquistamos, um dos exemplos mais nítidos é a questão da Nova Política de Educação Especial, que de especial não tem nada.

Como estudante de pedagogia, ressalto a importância de uma política de educação inclusiva. Não esse projeto que foi apresentado, pois, com a educação inclusiva, crianças com ou sem deficiência poderão estudar juntas, aprender sobre diversidade e construir uma sociedade mais justa e com equidade.

Milton Ribeiro, ministro da Educação, tem feito declarações falando sobre o que ele chama de inclusivismo. O que você pode dizer sobre essa lógica?

Ivan Baron: Primeiro, ele não tem nem propriedade para exercer o cargo que ele está no momento. Segundo, ele e o governo que ele representa tentam, a todo momento, criar maneiras para criminalizar a educação inclusiva, sendo uma delas a criação do termo inclusivismo, que não sei nem de onde ele tirou. Ainda mais, ele usou um conceito errado sobre inclusão. Segundo o modo como ele fala, parece que é  apenas colocar estudantes deficientes com os alunos sem deficiência.

O que pregamos e falamos sobre educação inclusiva é, de fato, colocar estudantes com deficiência, mas não apenas jogá-los: é sobre dar todas as ferramentas necessárias para esse público ter aprendizado e produtividade no ambiente escolar. O melhor disso tudo, da inclusão, é que todo mundo aprende junto, mas com o seu ritmo sendo respeitado.

O que você pode dizer a respeito da repercussão das Paralimpíadas de Tóquio? Como você acha que poderia ter sido a abordagem, pensando na cobertura esportiva?

Ivan Baron: Primeiro, já começa pela falta de visibilidade – não foi um evento exibido na TV aberta,  sendo que o principal público capacitista é o que assiste canais abertos e começou com essa falha. Até que houve comentaristas com deficiência – a maravilhosa Verônica Hipólito, que representou. Por outro lado, a grande massa ainda reproduz comentários capacitistas do tipo: “ah, já merecem ser campeões” e “já são vencedores”. Se fosse assim, eles nem precisariam viajar para Tóquio e as medalhas já poderiam ser enviadas pelos Correios para o Brasil. Não é bem assim: ninguém já é campeã(o) por ter uma deficiência.

Eles se esforçam, treinam e têm toda uma preparação para poderem competir nas Paralimpíadas. Fora o pensamento de que as Paralimpíadas são mais fáceis do que as Olimpíadas. Muito pelo contrário: os paratletas enfrentam mais dificuldades pela falta de patrocinadores, por exemplo, e não pela deficiência.

Salvo exceções, ainda há uma visão estereotipada de pessoas com deficiência em filmes e novelas. Como você considera que a ausência de atores, roteiristas e produtores com deficiência tem relação direta com isso? O que  se pode fazer para reverter esse cenário?

Ivan Baron: Isso está muito ligado à questão do cripface, que é quando atores e atrizes interpretam papéis de personagens com deficiência, mas não têm. Será que faltam atores e atrizes com deficiência? Acho que não. Falta um bom preparador de elenco aberto à diversidade e a procurar esse tipo de profissional. A falta de representatividade implica bastante no pertencimento das pessoas com deficiência ao consumirem novelas, séries e filmes. Eu, particularmente, cresci como uma criança que não se via representada no cinema.

Quais são as consequências disso? A falta de representatividade e a falta de acreditar que sou capaz de exercer qualquer atividade. Quando uma criança negra se vê na tela do cinema, ela começa a acreditar que é capaz de estar em todos os lugares, sendo um herói, um médico, enfim. Eu, como pessoa com deficiência, não tive essa oportunidade, infelizmente. Cabe a toda a produção de uma obra audiovisual ter o cuidado de dar o local de fala para cada pessoa e não roubá-lo.

Acho que um dos motivos para essa prática acontecer é que, infelizmente, esse mercado acredita que pessoas com deficiência não podem atrair audiência e que os nossos corpos com deficiência não vendem e não dão ibope – provamos o contrário. Tanto que há grandes influenciadores com deficiência na mídia: por exemplo, a Pequena Lô e a Maju de Araújo. Nomes nós temos, mas falta nos dar oportunidade.

Ivan Baron fala sobre dicas para evitar atitudes capacitistas no dia a dia

Entrevista: Amauri Eugenio Jr.

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