Fundação Tide Setubal
Imagem do cabeçalho
Imagem do cabeçalho

Fundação Tide Setubal intensifica atuação em favor da equidade racial e de gênero

Programas de influência

20 de julho de 2020
Compartilhar:

Por Amauri Eugênio Jr. / Foto: Antonio Dourado

 

 

A promoção da equidade de gênero e raça é um dos elementos que norteiam o desenvolvimento das iniciativas promovidas e apoiadas pela Fundação Tide Setubal no enfrentamento às desigualdades socioespaciais.

 

Ambos os fatores, que são recorrentes em estudos sobre vulnerabilidades sociais em regiões periféricas, estão presentes em ações de frentes diversas, como o edital Elas Periféricas, a iniciativa de financiamento coletivo Matchfunding Enfrente, apoio a projetos culturais desenvolvidos nas periferias urbanas, na influência na construção de políticas públicas e de territorialização do orçamento, no apoio à nova economia e no trabalho em defesa da democracia e da cidadania ativa.

 

Para ampliar a presença dessa pauta na missão voltada ao enfrentamento às desigualdades, a Fundação Tide Setubal promoveu mudanças em sua estrutura para criar o Programa de Raça e Gênero. O foco é promover a articulação entre diferentes instituições e atores ao fomentar a equidade de gênero e raça no mercado de trabalho e em instituições privadas.

 

“O programa pretende promover essa articulação por meio da participação de jovens e adultos em programas de líderes ou no aprimoramento de sua trajetória acadêmica e profissional, visando ampliar a diversidade em espaços de decisão e poder”, explica Viviane Soranso, coordenadora do Programa de Raça e Gênero.

 

Além do apoio a práticas que tenham comprometimento com as ações afirmativas e o fomento a redes nacionais de lideranças e organizações parceiras com interesses na agenda de equidade racial e de gênero, o novo programa da Fundação tem como objetivo influenciar também demais atores do investimento social privado (ISP) para tais temas serem vistos como fatores prioritários na construção dos seus respectivos programas.

 

“As organizações têm papel importante na implementação de mecanismos de fomento com recorte nessas causas. É necessário criar oportunidades e contribuir com a visibilidade de suas ações e recursos financeiros para a realização e manutenção de suas iniciativas”, ressalta a coordenadora do Programa de Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal.

 

 

Transformar de dentro para fora

 

Pautada pela pluralidade, essa diretriz tem como objetivo nortear compromissos internos e externos – ou seja, com fornecedores e parceiros – para garantir a adoção de medidas antidiscriminatórias e assegurar a existência de representatividade de raça e gênero em ações, parceria e contratações feitas pela Fundação.

 

A criação do Comitê de Diversidade e Inclusão expressa essa forma de atuar internamente. A pluralidade existente na equipe relativa a fatores sociorraciais, de gêneros e territoriais, no que diz respeito à origem periférica – ou seja, profissionais que nasceram e cresceram em periferias urbanas -, retroalimenta o olhar atento e sensível a vulnerabilidades nessas mesmas áreas durante o desenvolvimento de projetos colocados em prática pela Fundação Tide Setubal.

Para se ter uma ideia, em 2019, 16 integrantes da Fundação eram mulheres – esse patamar era equivalente a 64% do total do quadro de funcionários. Ainda, seis dos 11 postos de liderança eram ocupados por elas, o que equivalia a 55% dessas funções.
Já em âmbito racial, naquele mesmo ano, 15 integrantes e cinco coordenadores eram negros. Esse patamar compreende a 60% dos membros e 45% dos líderes da Fundação que são autodeclarados pretos ou pardos.

 

O comitê, que foi criado em 2020, é composto por profissionais de setores diversos da estrutura interna – Raça e Gênero, Planejamento e Orçamento Público; Nova Economia e Desenvolvimento Territorial, Prática de Desenvolvimento Local, Comunicação e Desenvolvimento Organizacional.

 

O grupo tem contribuído para a criação das diretrizes de ação por meio das suas respectivas vivências e experiências profissionais. Realizou também conversas com Márcia Lima, professora do departamento de Sociologia da FFLCH-USP, coordenadora do Afro, do Cebrap, e conselheira consultiva da Fundação Tide Setubal; e Kleber Valadares, do Instituto Natura, para compreender com maior nitidez quais caminhos para definir as diretrizes de atuação.

 

“O comitê busca a equidade e a transformação de hábitos firmados por meio de normas, valores, expectativas e atitudes partilhadas de seus colaboradores, fornecedores, parceiros e públicos atendidos em relação às diversidades – identidade de gênero, raça, pessoas com deficiência, imigrantes e territórios”, completa Soranso.


Compartilhar:

Notícias relacionadas

Nós utilizamos cookies para melhorar a experiência de usuários e usuárias que navegam por nosso site.
Ao clicar em "Aceitar todos os cookies", você estará concordando com esse armazenamento no seu dispositivo.
Para conferir como cuidamos de seus dados e privacidade, acesse a nossa Política de Privacidade.