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O papel da mulher na literatura e crônicas como leitura do cotidiano foram os temas que nortearam as conversas com autores

Nesta 5ª edição do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, as mulheres tiveram um papel de destaque. Além da homenagem a Carolina de Jesus, autora do livro Quarto de Despejo, a mulher na literatura foi tema da conversa com autoras no primeiro dia do evento, 6 de novembro.   Já no dia […]

2 de dezembro de 2014

Nesta 5ª edição do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, as mulheres tiveram um papel de destaque. Além da homenagem a Carolina de Jesus, autora do livro Quarto de Despejo, a mulher na literatura foi tema da conversa com autoras no primeiro dia do evento, 6 de novembro.

Já no dia 7 de novembro foi a vez do escritor Mario Prata e da jornalista Raquel Cozer. Em um papo bem-humorado de quase duas horas, os dois conversaram sobre crônicas, a leitura do cotidiano. A descontração e as boas histórias prenderam a atenção e arrancaram boas risadas da plateia repleta de estudantes, professores e outros participantes.

O papel da mulher dentro da literatura

Para falar sobre o tema, foram convidadas as autoras Clara Averbuck e Márcia Tiburi. Mediadas por Laura Folgueira, jornalista, autora do artigo Por uma festa literária mais inclusiva e criadora do projeto KD Mulheres, as autoras retrataram a luta das mulheres por visibilidade no mundo da literatura.

Para abrir a roda de conversa, Laura Folgueira apresentou alguns dados. De acordo com a jornalista, no Brasil, 72,7% dos escritores publicados são homens. Durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de 2014, dentre 44 escritores, apenas sete eram mulheres. “Se pegarmos o exemplo da Academia Brasileira de Letras, temos 40 escritores, três são mulheres. Dentre os 287 escritores já homenageados, apenas oito eram mulheres. O prêmio Nobel também é outro exemplo: de 1901 até agora, apenas 12 mulheres o receberam.”

“Você não precisa escrever como um homem, mas com suas próprias características. Demorei para perceber isso, não tinha esta percepção. Não lia mulheres, não tinha referência de escritoras”, destacou Clara Averbuck. A autora explicou que, com tantos autores homens, é normal se comparar com eles. “No momento em que escrevi meu primeiro romance, percebi que criei um personagem feminino que tinha características típicas de um homem.”

Para Márcia Tiburi, essa percepção do mundo masculino sempre foi muito natural. “Eu nunca fui uma mulher, somente me transformei em mulher quando virei feminista. Foi no doutorado que percebi que a filosofia era um mundo masculino. Nunca fui tratada como mulher. Estudei o que quis, casei com quem eu quis, nunca assumi meu papel de mulher. É muito perigoso ser mulher nesta cultura, pois ter posicionamento, ser forte, é coisa de homem.” Na opinião da filósofa, os autores têm que desconstruir identidades. “Eu sinto que minha literatura tem esse dever.” Clara concordou com Márcia: “Quem escreve ou faz qualquer tipo de arte tem um compromisso com uma causa. É muito importante ter um engajamento.”

Durante a roda de conversa, as autoras explicaram as diferenças entre literatura feminina e literatura feminista. “A mulher é retratada como uma princesa, esperando por ser salva. Na literatura feminista, a gente luta contra a salvação do amor romântico. O que uma princesa ensina para uma mulher? O que elas fazem? Nada! Não são protagonistas da própria história”, disse Clara. Para Márcia, elas querem agradar porque não têm identidade e precisam ter o olhar do marido. Clara completou: “anti-heroína é uma coisa que pega muito mal dentro da literatura. Anti-herói é comum ter, mas, se for mulher e não tiver nenhuma virtude, ela tem que ser apedrejada”.

Bom-humor de Mario Prata e Raquel Cozer

Prata iniciou a conversa contando que, desde os 8 anos, sempre quis ser escritor. “Quando comecei a ler, era criança e morava em Lins, no interior de São Paulo. Chegavam em casa algumas revistas e eu lia Rubem Braga, Nelson Rodrigues, Stanislaw Ponte Preta, dentre outros mestres. Essas pessoas fizeram parte da minha formação”, disse.

O escritor contou que, durante um período, o País ficou sem cronistas, mas Aluizio Nunes reativou isso no jornal O Estado de S. Paulo e, logo depois, a Folha de S. Paulo acabou abrindo espaço, também, para crônicas. Prata já perdeu a conta de quantas escreveu, mas acredita que foram mais de 3 mil. Quando Raquel questionou: “como é fugir do óbvio?”, ele respondeu: “depois de tantos anos escrevendo, é a primeira coisa que tentamos evitar!”

O cronista relembrou uma história sobre o próprio irmão, que se transformou em tema de duas crônicas, uma escrita por ele e a outra por seu filho, também escritor e jornalista, Antonio Prata. “Outro dia meu filho resolveu fazer um churrasco, convidou a família e alguns amigos. Meu irmão foi nadar e percebi que ele estava aparando os pêlos do peito. E aí começou uma discussão sobre o assunto. Imediatamente, eu, Mathew Shirts –escritor e cronista –nos olhamos, pois o assunto daria uma ótima crônica. Decidimos, ali, que eu escreveria uma crônica para a revista Playboy, mas, como o tema era muito bom, Antônio, duas semanas depois, escreveu o mesmo assunto, mas foi por outro lado. E me surpreendeu.”

A relação entre o escritor e o filho foi lembrada muitas vezes durante a conversa, tanto por Prata quanto pelo público. “Antonio foi ser escritor porque ele não sabia que poderia ser outra coisa”, brinca. Ele contou que, no início, quando o filho resolveu escrever, ficou com medo de dizerem que, por ser filho do Prata havia conseguido publicar alguma coisa. Entretanto, um dia presenciou uma discussão entre Chico Buarque e Luiz Fernando Veríssimo sobre o talento de Antonio. “Os dois podem brigar, mas o primeiro a falar sobre o talento de meu filho foi Fernando Morais. Hoje eu falo de boca cheia que ele está escrevendo crônicas muito melhor do que eu. Antonio tem uma carga cultural que eu não tenho. Ele é muito mais obcecado pela perfeição do que eu”, afirmou.

Durante a conversa, Prata falou sobre a morte do amigo João Ubaldo Ribeiro. “Senti que era amigo dele mesmo quando me chamaram para falar no Fantástico. Fiquei sabendo da notícia às 6h50, uma pessoa queria que eu gravasse um depoimento sobre o Ubaldo para o programa. Como estava dormindo, fiquei sem acreditar e desliguei o telefone falando um palavrão. Depois a ficha caiu e fiquei muito abalado”, diz. Um jornal também ligou para o escritor e perguntou se ele seria capaz de escrever uma crônica em 40 minutos sobre o Ubaldo. “Consegui! Contei uma história engraçada e escrevi esta crônica com muito carinho, aliás, esse foi um dos meus trabalhos que mais repercutiram.”

O escritor também revelou ao público suas dificuldades com a língua. “Eu não tenho a menor ideia do que seja um objeto direto. Eu odeio português. Outro dia caiu um texto meu no vestibular, tinha oito perguntas e eu errei as oito. Eu somente passava em português, pois era bom em redação”, comenta.

Na opinião de Prata, as escolas não deveriam ensinar as pessoas a escreverem e, sim, lerem. “Quem lê escreve, mas nem todo mundo que escreve lê.”

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