Analista de comunicação e produtor de conteúdo do site da Fundação Tide Setubal
Publicação com metodologia do Programa Ação Família é apresentada na Universidade Cruzeiro do Sul
O livro Famílias e Conexões Territoriais: uma experiência no enfrentamento das desigualdades na zona leste de São Paulo foi apresentado na manhã do dia 23 de maio, na Universidade Cruzeiro do Sul, durante a Semana Acadêmica do Curso de Serviço Social, em uma roda de conversa sobre o trabalho social com famílias. A publicação […]
O livro Famílias e Conexões Territoriais: uma experiência no enfrentamento das desigualdades na zona leste de São Paulo foi apresentado na manhã do dia 23 de maio, na Universidade Cruzeiro do Sul, durante a Semana Acadêmica do Curso de Serviço Social, em uma roda de conversa sobre o trabalho social com famílias.
A publicação traz a sistematização dos nove anos de trajetória do Programa Ação Família, da Fundação Tide Setubal, e oferece, também, o Guia para o Desenvolvimento de Reuniões Socioeducativas para inspirar ações com famílias baseadas na metodologia utilizada pelo Programa. (Para download gratuito do livro e do Guia para Desenvolvimento de Reuniões Socioeducativas, acesse: https://fundacaotidesetubal.org.br/downloads/publicacoes.)
Maria Alice Setubal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal, abriu o evento destacando que as ações da Fundação buscam conhecer, reconhecer, aprimorar e comunicar a potência do território. “Quando transformamos nossas experiências em uma publicação, estamos levando para o mundo essa potência de São Miguel.”
Participaram da roda de conversa: Paula Galeano, superintendente da Fundação Tide Setubal; Maria Aparecida Pavão, supervisora de Assistência Social de São Miguel Paulista; Manuel Romão, diretor regional de Educação de São Miguel Paulista; e Maria Raimunda Vargas Rodrigues, coordenadora do curso de Serviço Social da Universidade Cruzeiro do Sul.
Paula Galeano exibiu os dados e destacou os objetivos do Ação Família. “O Programa visa desenvolver as famílias tanto nas relações intrafamiliares como nas comunitárias, tornando as pessoas protagonistas das transformações sociais em suas casas e no território onde vivem”, afirmou.
Maria Aparecida Pavão apresentou os equipamentos que compõem a rede de serviço social em São Miguel Paulista e lembrou o crescimento que eles têm mostrado nos últimos anos. Sobretudo, Maria Aparecida destacou a importância da sensibilidade que os profissionais da área têm que manter ao longo do exercício do seu trabalho. “Entender a família e o contexto em que ela está inserida é fundamental e, para isso, é preciso um olhar humano, não apenas técnico”, disse.
O fortalecimento da rede de proteção na região também foi destacado por Manuel Romão. Segundo ele, esse progresso é fundamental para as escolas, pois elas não conseguem solucionar sozinhas todas as demandas que aparecem. Romão disse que outro passo importante, e que se tornou primordial, foi pensar as ações da Diretorial Regional de Educação fundamentadas no território. “Por influência da parceria com a Fundação Tide Setubal, a partir deste ano, nossas formações são dirigidas ao grupo de gestores das instituições que estão no mesmo território e não mais divididas pelos níveis de ensino [Infantil, Fundamental Ciclo I e Fundamental Ciclo II]”, comemorou.
Para Maria Raimunda Vargas Rodrigues, o número de serviços de atendimento social em São Miguel Paulista é realmente expressivo, relembrando que houve um tempo em que estes eram apenas uma política massificada, que não consideravam os diferentes contextos e situações. Maria Raimunda também realçou o papel da universidade na relação com o território, “essa instituição só tem sentido quando dialoga diretamente com o território, cria parcerias na comunidade”.
A voz de quem participou –Marta Lucas cursa o terceiro semestre da graduação de Serviço Social da Universidade Cruzeiro do Sul e já atuou por quatro anos como conselheira tutelar em São Miguel Paulista. “Já visitei a casa de uma família e vi que ali não era um lugar para morar, faltavam as coisas mais básicas. Mesmo assim, a primeira ação não era retirar as crianças desse ambiente e abrigá-las pelo Estado, e sim reunir a rede de proteção para pensar junto a melhor saída para a família como um todo.”
Segundo Risonilda Marques, também aluna do terceiro semestre do curso de Serviço Social, “foi maravilhoso participar deste Encontro, o trabalho que a Fundação Tide Setubal realiza na região é inspirador, e creio que essa sistematização do Programa Ação Família é muito importante para disseminar essa prática e incentivar novos trabalhos”.
Frutos– Além do lançamento da publicação,a metodologia do Programa Ação Família embasará um curso de extensão sobre trabalhos sociais com famílias em uma parceria da Fundação Tide Setubal com a Universidade Cruzeiro do Sul. A formação será ofertada pela universidade no segundo semestre deste ano com público principal composto de pessoas da região da zona leste interessadas pelo tema. “Será uma importante troca entre a teoria e a prática da construção de um atendimento mais eficaz, eficiente e, principalmente, que envolva a comunidade”, finalizou Maria Raimunda Vargas Rodrigues, coordenadora do curso de Serviço Social da Universidade Cruzeiro do Sul.