Fundação Tide Setubal
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Plataforma Alas desenvolve ações diversas voltadas à promoção da equidade de raça e gênero

Por Amauri Eugênio Jr. Foto: WOCinTech Chat

 

 

O enfrentamento às desigualdades raciais e de gênero nas mais variadas esferas sociais, inclusive na academia e no mercado de trabalho, requer ações e iniciativas em múltiplas frentes e com abordagens igualmente diversas.

 

Dentro dessa dinâmica, a Fundação Tide Setubal, por meio do Programa Raça e Gênero, tem desenvolvido e apoiado iniciativas para apoiar a evolução contínua de pessoas negras com trajetória periférica e, em paralelo, sensibilizar recrutadoras/es a eliminar, em processos seletivos, vieses que retroalimentem dinâmicas excludentes e desiguais.

 

Tais ações consistem, respectivamente, no Matchfunding Novos Caminhos, projeto da Plataforma Alas que consiste em uma nova fase – ou melhor: em continuação -, e a formação Trilhas para Equidade Racial, realizada em parceria com a organização Piraporiando e voltada a profissionais e estudantes no segmento de recursos humanos.

 

 

Por novos e mais justos caminhos

 

Dentro da premissa da Plataforma Alas, que convoca aliados para um plano coletivo para acelerar a busca pela equidade racial em posições de liderança, o Matchfunding Novos Caminhos é voltado a lideranças anteriormente apoiadas por meio dos editais Traços e Elas Periféricas, que compõem a Estratégia Caminhos da mesma plataforma.

 

Nesta etapa, o foco é ampliar as habilidades e competência das dez lideranças, que foram escolhidas por meio de cartas-convites, em níveis educacionais e/ou profissionais, por meio de aportes financeiros para as suas respectivas atividades formativas. Cada uma delas poderá captar R$ 15 mil, sendo um terço por meio de financiamento coletivo e os outros dois terços, via repasses da Plataforma Alas.

 

De acordo com Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal, os recursos oriundos dos editais dos quais as dez lideranças participaram foram fundamentais para elas terem acesso a novas possibilidades de oportunidades.

 

“No entanto, pesquisas apontam que os grupos não minorizados em direitos sociais possuem acesso a diferentes possibilidades durante toda a sua trajetória de vida, contribuindo para sua mobilidade social e ascensão. Deste modo, precisamos nos atentar para as desigualdades sociais com as quais esses grupos lidam desde a sua mais tenra idade. Assim, as políticas públicas e as instituições investidoras devem garantir apoios de forma mais contínua e menos a curto prazo”, destaca Viviane.

 

Acesse plataformaalas.org.br para acompanhar o lançamento do Matchfunding Novos Caminhos, que está previsto para agosto de 2022.

 

 

Trilha para a equidade

 

A oficina Trilhas para Equidade Racial: Encontros para profissionais e estudantes de RH visa reunir profissionais e lideranças do segmento de Recursos Humanos para debater e apresentar práticas em favor da diversidade no ambiente profissional, passando por processo de contratação até a implementação de iniciativas com esse propósito.

 

A formação, que será realizada em três datas a serem escolhidas pelas pessoas interessadas, será realizada pela organização Piraporiando, negócio de impacto social que desenvolve atividades diversas em favor da educação antirracista e da promoção de equidade de gênero.

 

De acordo com Janine Rodrigues, educadora, especialista em diversidade e fundadora diretora da Piraporiando, a intencionalidade é um componente fundamental para a contratação de profissionais negras/os em cargos estratégicos, porque sem ela bloqueiam-se avanços e é inviável ignorar o impacto causado pelo racismo em processos de contratação.

 

“Mais do que representatividade, precisamos falar de proporcionalidade. Ter um grupo de líderes com uma pessoa negra é um primeiro passo. Fazer um evento com dez pessoas e ter duas pessoas negras é um passo e é representatividade. Eficácia, comprometimento e demonstração de resultados sérios é ter nesses grupos o equivalente de pessoas negras que existem no país, conforme dados do IBGE”, destaca Janine.

 

Dentro dessa perspectiva, Viviane Soranso segue a mesma lógica, ao comentar que não adianta haver pessoas negras extremamente capacitadas se, nos processos seletivos, as práticas racistas impedem a inserção e ascensão dessas/es profissionais. “As/os recrutadoras/es precisam se questionar e rever critérios estabelecidos para as contratações, de modo a observar e enfrentar o racismo que opera dentro das instituições e empresas”, completa.

 

A primeira formação Trilhas para Equidade Racial acontece em 28 de julho. As inscrições estão abertas para as próximas atividades, que serão realizadas em 31 de agosto e em 28 de setembro. Interessadas/os poderão escolher a data na qual participarão por meio deste formulário.

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