• Ir para o conteúdo
  • Ir para o menu
  • Acessibilidade
  • Contato
  • EN
Fundação Tide Setubal
  • A Fundação
    • Quem somos
    • Quem foi Tide Setubal
    • História
    • Equipe e conselho
    • Transparência
    • Parcerias
  • Atuação
    • Como atuamos
    • Prática de Desenvolvimento Local
      • Desenvolvimento Humano
      • Desenvolvimento Urbano
      • Desenvolvimento Econômico
    • Fomento a Agentes e Causas
      • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
      • Apoio à pesquisa
      • Mobilização de ISP e da sociedade civil
      • Projetos apoiados
    • Programas de Influência
      • Cidades e Desenvolvimento Urbano
      • Democracia e Cidadania Ativa
      • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
      • Nova Economia e Desenvolvimento Territorial
      • Planejamento e Orçamento Público
      • Saúde Mental e Territórios Periféricos
    • Comunicação
    • Desenvolvimento Organizacional
  • Iniciativas
  • Galpão ZL
    • Galpão ZL
    • Agenda
  • Editais
    • Editais para as periferias
    • Elas Periféricas
      • Elas Periféricas 1
      • Elas Periféricas 2
      • Elas Periféricas 3
      • Elas Periféricas 4
    • Matchfunding Enfrente
    • Edital Traços
    • Territórios Clínicos
      • Edital Territórios Clínicos 2021/2022
      • Edital Territórios Clínicos 2023
  • Em Rede
  • Notícias
  • Conhecimento
    • Artigos
    • Publicações
    • Materiais de Estudo
  • Glossário
  • Imprensa
    • Contato de Imprensa
    • Releases
    • Na mídia
  • Podcast
    • Podcast Essa Geração
      • Temporada 1
      • Temporada 2
      • Temporada 3
      • Temporada 4
      • Temporada 5
      • Temporada 6
      • Temporada 7
      • Temporada 8
    • Podcast Desiguais
    • Podcast Escute as Mais Velhas
  • Contato
  • Acessibilidade
  • EN
Facebook LinkedIn
Home > Programas de influência > Notícias

Como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras?

Por mais que evidências existam em abundância para demonstrar como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras, assim como em muitos outros contextos, é necessário intensificar a divulgação dessas mesmas informações e amplificar o alcance em âmbito social.

3 de setembro de 2024
Imagem de pessoas sentadas em frente a uma mesa dentro de uma sala de reuniões. A foto ilustra o texto sobre como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras. Imagem de pessoas sentadas em frente a uma mesa dentro de uma sala de reuniões. A foto ilustra o texto sobre como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras.

Por mais que evidências existam em abundância para demonstrar como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras, assim como em muitos outros contextos, é necessário intensificar a divulgação dessas mesmas informações e amplificar o alcance em âmbito social.

De acordo com levantamento do Núcleo de Estudos Raciais (Neri), do Insper, e veiculado na Folha de S.Paulo, estima-se que, por meio de disparidades salariais motivadas por vieses raciais no mercado de trabalho, a população negra perca R$ 14 bilhões em rendimentos. Além disso, caso houvesse paridade salarial quando se fala em equidade racial, a população negra receberia R$ 103 bilhões a mais em comparação com o patamar atual – esse valor considera também demais variáveis sociais.

Ou seja: segundo esse levantamento, que tem como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PnadC), esse montante circularia entre trabalhadoras e trabalhadores negras e negros caso houvesse paridade salarial e profissional entre elas e pessoas brancas.

O levantamento identificou, com base em como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras, diferenças também pela intersecção com gênero. Nesse sentido, o salário médio de homens negros é de R$ 2.858, em comparação o de homens brancos, de R$ 4.956. Já o cenário entre as mulheres é o seguinte: enquanto brancas recebem R$ 3.813 em média, o rendimento de mulheres negras é de R$ 2.278.

Para além de demais fatores – como educação, local de moradia e ocupação -, quando se pensa em como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas negras e brancas, estima-se que vieses raciais tirem R$ 328,11 de homens negros e R$ 295,86 de mulheres.

Causa e efeito

É inevitável relacionar o modo como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras com aspectos estruturais na sociedade. Ao considerar-se que o racismo foi um fator que fundamentou a organização social, deve-se trazer à tona como ele retroalimenta disparidades. E isso abrange, desse modo, o mercado de trabalho.

“O racismo no qual a sociedade brasileira está inserida cria, por si só, desigualdade de classes”, explica Lia Vainer Schucman, doutora em Psicologia Social e professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Lia Vainer Schucman considera que um dos motivos para pessoas negras terem menos direitos relaciona-se à negação de acesso a serviços de referência. Isso contempla escolas, hospitais e possibilidades. “A própria desigualdade em que pessoas negras estão inseridas cria mais racismo – é um círculo vicioso. A própria categoria raça cria o racismo, e o próprio racismo a recria com a noção de esse grupo ser menos apto a estar nos lugares de poder.”

Outra dimensão que a doutora em Psicologia Social e professora do Departamento de Psicologia da UFSC trouxe à tona abrange o identitarismo. No entanto, ao contrário do senso comum que deturpou o seu sentido para interditar qualquer debate sobre medidas afirmativas e de reparação, trata-se de perspectiva segundo a qual há, dentro de um grupo fechado em si mesmo, a distribuição de poder apenas entre quem o integra.

“Se há um grupo identitarista, é o branco. Ao considerar-se que a branquitude se caracteriza como posição em que pessoas classificadas como brancas são beneficiadas pela estrutura racista de 500 anos de expropriação e espoliação do trabalho, corpo e da própria vida dos outros em uma sociedade com racismo estrutural, a questão central não é só o benefício. Esses benefícios são distribuídos apenas no próprio grupo”, reforça Schucman.

Para romper ciclos

Um dos aspectos que mostram a retroalimentação no debate sobre como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras compreende a formação. Para Amanda Abreu, cofundadora da consultoria Indique uma Preta, é fundamental considerar a importância de potencializar e acelerar preparação de pessoas negras e de trajetória periférica.

“Não adianta contratá-la e deixá-la cinco anos no mesmo cargo. Encontramos muito isso e vemos em caso de pessoas negras que já estão há muito tempo nas empresas, exercendo funções de gerência e de diretoria, mas na CLT dela está como assistente de alguma coisa – um cargo júnior ou pleno”, destaca Abreu.

Amanda Abreu coloca também outro aspecto em perspectiva. Um tópico mandatório, ao considerar-se a importância da representatividade racial e de gênero no mercado de trabalho, é fundamental incorporá-la à estrutura das empresas.

Para tanto, a cofundadora da consultoria Indique uma Preta cita um estudo da consultoria McKinsey sobre como empresas lucram mais por meio da promoção da diversidade em seus quadros. “Falar sobre diversidade e inclusão não é sobre contratar uma pessoa negra na liderança e, pronto, já ter feito o seu papel. É sobre uma estratégia de longo prazo para a empresa obter os ganhos sobre os quais a McKinsey fala.”

Na esfera pública

Por fim, Delton Aparecido Felipe, doutor em Educação, professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), secretário executivo da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e pesquisador visitante da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas São Paulo (FGV Direito SP), retrata a maneira como a discriminação racial aprofunda disparidades salariais entre pessoas brancas e negras a partir da perspectiva pública.

Para o secretário executivo da ABPN, ao mesmo tempo em que representatividade importa, deve-se considerar que ela precisa valer para espaços de poder e de decisão. Isso porque, de acordo com ele, “são nesses espaços onde se decide qual orçamento será destinado para tal política pública, quais são os grupos prioritários, como a desenharemos e qual impacto se deseja.”

Por fim, Delton Aparecido Felipe reforça que o debate sobre inovação vai muito além da parte tecnológica. “É necessário lembrar também que a inovação diz respeito também a pessoas com trajetórias e pessoas distintas. Isso porque elas podem operacionalizar métodos e tecnologias para melhorar a vida da população”, finaliza.

Texto: Amauri Eugênio Jr. / Foto: @WOCInTech / Nappy

Receba conteúdos novos periodicamente

Conteúdos relevantes no seu e-mail

Você também pode gostar

Imagem do auditório do Cebrap. A foto é um registro da mesa "Segurança alimentar, cinturões verdes e resiliência climática". Imagem do auditório do Cebrap. A foto é um registro da mesa "Segurança alimentar, cinturões verdes e resiliência climática".
PROGRAMAS DE INFLUêNCIA

Oficina do DesJus-Cebrap destaca o papel de segurança alimentar e cinturões verdes para a resiliência climática de São Paulo

De Fundação Setubal 27 de setembro de 2024

IMPRENSA

Flip anuncia ações de slam que integram a programação

De Fundação Setubal 5 de julho de 2019

CATEGORIA

Educadores e gestores participam da terceira turma do curso “Interações para Viver bem na Escola”

De Fundação Setubal 13 de julho de 2015

Voltar a pagina inicial Voltar à página inicial Voltar ao topo Voltar ao topo
Fundação Tide Logo Rodapé Mobile Fundação Tide Logo Rodapé desktop
R. Jerônimo da Veiga, 164, 13° andar 04536-000 | São Paulo | SP Brasil
Telefone: (11) 3168-3655
  • ícone do facebook rodapé
  • ícone do instagram rodapé
  • ícone do linkedin rodapé
  • ícone do youtube rodapé
Fechar mapa do site

A Fundação

  • Quem somos
  • Quem foi Tide Setubal
  • História
  • Equipe e conselho
  • Transparência
  • Parcerias

Iniciativas

Galpão ZL

  • Galpão ZL
  • Agenda

Editais

  • Editais
  • Elas Periféricas
  • Matchfunding Enfrente
  • Traços

Atuação

  • Como atuamos
  • Prática de Desenvolvimento Local
    • Desenvolvimento Humano
    • Desenvolvimento Urbano
    • Desenvolvimento Econômico
  • Fomento a Agentes e Causas
    • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
    • Apoio à pesquisa
    • Mobilização de ISP e da sociedade civil
    • Projetos apoiados
  • Programas de influência
    • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
    • Planejamento e Orçamento público
    • Cidades e desenvolvimento urbano
    • Nova economia e desenvolvimento territorial
    • Democracia e cidadania ativa

Fundação em rede

Notícias

Conhecimento

  • Publicações
  • Artigos
  • Materiais de estudo

Imprensa

  • Contato de Imprensa
  • Releases
  • Na mídia

Contato

  • Ícone Facebook Rodapé
  • Ícone instagram Rodapé
  • Ícone linkedin Rodapé
  • Ícone youtube Rodapé
© Copyright 2025. Fundação Tide Setubal. Política de privacidade.
Desenvolvido por Espiral Interativa Link Externo

Nós utilizamos cookies para melhorar a experiência de usuários e usuárias que navegam por nosso site.
Ao clicar em "Aceitar todos os cookies", você estará concordando com esse armazenamento no seu dispositivo.
Para conferir como cuidamos de seus dados e privacidade, acesse a nossa Política de Privacidade.

Aceito o uso de cookies