Participantes da formação em práticas pedagógicas apresentam resultados da primeira fase do curso
Organizações selecionadas pelo edital da Fundação Tide Setubal realizam diagnóstico detalhado de suas ações com diferentes públicos
As organizações selecionadas pelo edital da Fundação Tide Setubal para o curso de práticas pedagogias, realizado em parceria com o FICAS, apresentaram em 20 de junho os resultados da primeira fase de formação. Em pequenos estandes, montados no pátio do Lions Clube de São Miguel Paulista, as organizações expuseram com cartazes, banners, fotos e instrumentos de pesquisa , o diagnóstico que revelou como a comunidade, a equipe e os atendidos vêem o trabalho de cada instituição,analisando assim suas práticas no dia a dia. “A Fundação Tide Setubal vê essas organizações como suas parceiras, e a formação oferecida pelo edital é uma forma de apoiá-las no aprimoramento de seus trabalhos”, destaca Marlene Cortese, conselheira da Fundação Tide Setubal.
Por meio de diferentes técnicas, os participantes puderam identificar de que forma o público direto, os pais, a equipe e a comunidade percebem o trabalho realizado. Com o mapa narrado, por exemplo, os participantes (representantes de diferentes públicos), identificaram por meio de desenhos e depoimentos, quais espaços e atividades mais gostam e as que menos gostam também. Já na “pizza dos educadores”, os profissionais elencaram e interligaram atividades realizadas com seus objetivos, para assim destacar a quantidade de ações e também sua intencionalidade. Pensando nas 24 horas do dia, os integrantes da formação conheceram a técnica do reloginho, na qual é preciso descrever o que é feito em cada momento do dia. A falta de tempo com a família foi um dos aspectos que apareceu tanto na apresentação das crianças como também nos resultados do levantamento dos educadores.
Para Bira Azevedo, da equipe de educação do FICAS, as diferentes técnicas, e os resultados trazidos por elas, revelam uma nova realidade, que era percebida como totalmente conhecida. “Muitos nasceram na região, mas se deram conta de novas percepções.” Essas descobertas são compartilhadas no grupo e ,para Bira, a troca de experiências entre as realidades diversas é um dos ganhos dessa primeira fase de formação.
Escuta, planejamento e novos rumos
Para Luara Sanches, do Instituto Pombas Urbanas, a proposta do curso está alinhada ao momento atual da organização. “As ações do Instituto começaram a ser realizadas de forma espontânea. O curso tem nos ajuda a organizar o trabalho. Avaliando e observando, podemos planejar melhor.”
A escuta dos diferentes públicos é destacado por Jaqueline Santos, do CCA Vila Itaim/Sepas como um dos ganhos nesse processo de formação. Segundo ela, ao ouvi-los é possível direcionar melhor o trabalho. Ela destaca também um novo embasamento e a ampliação do repertório de atividades.
Na segunda fase do curso, as organizações colocarão em prática o plano de ação elaborado diante das demandas da organização. Renata Alves de Santana, do Núcleo Socioeducativo Abraço Amigo, da organização Brasil Gigante, pretende tirar do papel uma criação que nasceu no curso.“Temos um espaço na organização onde queremos criar uma biblioteca e uma sala de jogos cooperativos. A idéia surgiu como uma forma de acolher melhor os jovens que cumprem medida socioeducativa e precisam estar no Núcleo uma vez por semana. O curso nos ajudou a aprimorá-la“