• Ir para o conteúdo
  • Ir para o menu
  • Acessibilidade
  • Contato
  • EN
Logo da Fundação Tide Setubal. A imagem ilustra a página sobre metodologias da Fundação Tide Setubal.
  • A Fundação
    • Quem somos
    • Quem foi Tide Setubal
    • História
    • Equipe e conselho
    • Transparência
    • Parcerias
  • Atuação
    • Como atuamos
    • Prática de Desenvolvimento Local
      • Desenvolvimento Humano
      • Desenvolvimento Urbano
      • Desenvolvimento Econômico
    • Fomento a Agentes e Causas
      • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
      • Apoio à pesquisa
      • Mobilização de ISP e da sociedade civil
      • Projetos apoiados
    • Programas de Influência
      • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
      • Planejamento e Orçamento Público
      • Cidades e Desenvolvimento Urbano
      • Nova Economia e Desenvolvimento Territorial
      • Democracia e Cidadania Ativa
    • Comunicação
    • Desenvolvimento Organizacional
  • Iniciativas
  • Galpão ZL
    • Galpão ZL
    • Agenda
  • Editais
    • Editais para as periferias
    • Elas Periféricas
      • Elas Periféricas 1
      • Elas Periféricas 2
      • Elas Periféricas 3
      • Elas Periféricas 4
    • Matchfunding Enfrente
    • Edital Traços
    • Territórios Clínicos
      • Edital Territórios Clínicos 2021/2022
      • Edital Territórios Clínicos 2023
  • Em Rede
  • Notícias
  • Conhecimento
    • Artigos
    • Publicações
    • Materiais de Estudo
    • Glossário
  • Imprensa
    • Contato de Imprensa
    • Releases
    • Na mídia
  • Podcast
    • Podcast Essa Geração
      • Temporada 1
      • Temporada 2
      • Temporada 3
      • Temporada 4
      • Temporada 5
      • Temporada 6
      • Temporada 7
    • Podcast Desiguais
    • Podcast Escute as Mais Velhas
  • Contato
  • Acessibilidade
  • EN
Facebook LinkedIn
Home > Comunicação > Notícias

Quais são os caminhos possíveis para conscientizar as juventudes sobre a importância da construção coletiva?

Leia o texto sobre caminhos possíveis para conscientizar as juventudes, inclusive das periferias, sobre a importância da construção coletiva.

Imagem de três jovens negros - duas mulheres e um homem. Elas estão sentadas em frente a um notebook. A foto ilustra o texto sobre a importância da construção coletiva Imagem de três jovens negros - duas mulheres e um homem. Elas estão sentadas em frente a um notebook. A foto ilustra o texto sobre a importância da construção coletiva

Um dos reflexos da crise de credibilidade de instituições públicas perante a população é a redução da importância da construção coletiva em âmbito social. Essa lógica, inclusive, dialoga com a oferta reduzida ou quase nula de oportunidades para a população das periferias, em particular as juventudes.

Para se ter uma ideia, segundo estudo realizado em 2022, 75% de jovens no Brasil almejavam tornar-se influenciadoras e influenciadores. Nesse sentido, levantamentos como este mostram que a falta de oportunidades de trabalho nas periferias, cujos efeitos se observam na incidência de jovens que trabalham por meio de aplicativos de mobilidade ou de entrega, culmina no pensamento e na prática em âmbito imediatista.

Um exemplo nesse contexto abrange as apostas online. Em que pesem os efeitos dramáticos e extremos em âmbitos econômico e sociocomportamental, segundo levantamento de 2024, 35% de pessoas – cerca de 1,4 milhão – interessadas em iniciar uma graduação abriram mão desse objetivo por direcionarem o valor necessário para tal em sites de aposta e cassinos online.

Desse modo, em virtude do imediatismo e da urgência de solucionar as urgências da vida – ainda que por caminhos contraintuitivos e nocivos -, o processo para conscientizar as juventudes sobre a importância da construção coletiva passa a apresentar cada vez mais desafios.

“A população começa a criar uma subjetividade de resolução de seus problemas no aqui e agora e isso tem desdobramentos perigosos. Primeiro, em apostas nas bets, pois elas estão desesperadas para dar uma solução imediata para o seu problema. Tem coisa mais imediata do que uma loteria, que é um golpe da sorte? A loteria é um golpe da sorte, mas às vezes é um golpe em quem aposta”, comenta Tiaraju Pablo D’Andrea. Tiaraju é professor do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Centro de Estudos Periféricos (CEP).

O papel do funk

Outro campo de disputa quando se fala na importância da construção coletiva e do protagonismo das juventudes abrange o campo cultural. Nesse sentido, o funk tem papel de destaque nesse contexto, assim como na esfera econômica. De acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), somente no Rio de Janeiro, o gênero musical e projetos relativos a ele resultam em lucro anual estimado em R$ 127 milhões.

Além disso, o alcance de artistas e produtoras de funk, cujos artistas desse segmento têm alcance diário na casa de milhões no YouTube e movimentam centenas de milhões de reais por meio de parcerias com gravadoras, mostra a influência social cada vez maior e notória do gênero. Logo, trata-se também de uma cadeia produtiva e de um caminho profissional vislumbrado por jovens com origem periférica.

Contudo, seja com o funk ou demais gêneros musicais, independente do contexto ou origem, alguns efeitos colaterais podem representar barreiras para conscientizar as juventudes sobre a importância da construção coletiva, inclusive em âmbito político. Vide a crescente e contínua ode à ascensão individual e à ostentação.

“A ostentação é muito danosa para a periferia e é um falso empoderamento. Na verdade, é a maior prova da nossa derrota. Quando o ser humano precisa de uma mercadoria para provar que é alguma coisa e essa é a maior submissão ao sistema que pode haver. Mas, infelizmente, em uma sociedade que não consegue prover direitos e futuro para a população, ela se refugia nisso para fazer algum tipo de demarcação pessoal, seja no bairro ou para os familiares”, reforça Tiaraju Pablo D’Andrea.

Confira a entrevista com Tiaraju Pablo D’Andrea

Por uma batida (socialmente) envolvente

Ao tratar-se de um campo sociocultural em disputa, há risco de atributos e discursos inerentes ao funk passarem por cooptação de grupos sociais que pregam, no fim das contas, a exclusão de valores coletivos e solidários do tecido social. Idem o esvaziamento do papel do Estado como garantidor da promoção de bem-estar social e de valores pautados pela dignidade da pessoa humana.

“Da parte das pessoas que fazem e consomem funk, algumas embarcam nessa ideologia, enquanto outras não. Tem muita gente do mundo do funk quem considera que o gênero deve ter relação com a comunidade e ter compromisso social. Logo, o mundo do funk está sendo disputado: não se pode dizer que existe só um discurso hegemônico.” Essa é a abordagem proposta pelo professor do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Centro de Estudos Periféricos (CEP).

Tiaraju aponta também para outro aspecto nesse contexto: o fato de que a juventude ligada ao funk – substantivamente negra e periférica – é a mais perseguida, criminalizada e reprimida de todos os setores da juventude. E será, desse modo, a primeira a sofrer repressão em cenários nos quais candidatos que pregam o endurecimento da atuação estatal na Segurança Pública. Ainda assim, contraditoriamente, tais setores tentam cooptar o discurso do funk, caso sejam bem-sucedidos em seus objetivos. “Há, então, um paradoxo. Enquanto os grandes produtores apoiam candidatos com esse viés, eles serão, quando ou se ganharem as eleições, os que mais irão reprimir a juventude do funk.”

Por fim, os caminhos possíveis para conscientizar as juventudes sobre a importância da construção coletiva passam, inclusive ao considerar-se o papel do funk, pela oferta de oportunidades e de serviços em nível plenamente satisfatório para atender à população. Tais aspectos são, enfim, fundamentais para a valorização do bem comum. “Precisamos avançar em um projeto de sociedade que pregue a solidariedade, direitos e oportunidades iguais para todas as pessoas. Esse é um pacto social, que, no momento atual, precisa de políticas públicas”, completa Tiaraju Pablo D’Andrea.

Texto: Amauri Eugênio Jr. / Foto: @NappyStock

Receba conteúdos novos periodicamente

Conteúdos relevantes no seu e-mail

Você também pode gostar

Imagem da primeira Oficina de Formação do DesJus, Os Desafios da Habitação em São Paulo. Aparecem, da esquerda para a direita, Laura Valente, Débora Freitas e Nabil Bonduki. Há, ao centro, o logo do Cebrap. Imagem da primeira Oficina de Formação do DesJus, Os Desafios da Habitação em São Paulo. Aparecem, da esquerda para a direita, Laura Valente, Débora Freitas e Nabil Bonduki. Há, ao centro, o logo do Cebrap.
COMUNICAçãO

Os desafios da habitação em São Paulo norteiam o debate da Oficina de Formação DesJus

De Fundação Setubal 1 de agosto de 2024

Imagem da estátua "A Justiça", de Alfredo Ceschiatti. A obra aparece à frente da fachada do STF. A foto ilustra o texto sobre a sub-representação negra na magistratura brasileira. Imagem da estátua "A Justiça", de Alfredo Ceschiatti. A obra aparece à frente da fachada do STF. A foto ilustra o texto sobre a sub-representação negra na magistratura brasileira.
COMUNICAçãO

Qual é a proporção de pessoas negras na magistratura brasileira?

De Fundação Setubal 10 de agosto de 2023

Imagem de Cristiano Rodrigues. Ele é um homem negro e tem barba. Ele usa óculos de armação redonda na cor preta, um terno azul com tonalidade escura e uma camiseta na cor preta. Ele está sentado em uma poltrona e à frente de uma estante com livros. Imagem de Cristiano Rodrigues. Ele é um homem negro e tem barba. Ele usa óculos de armação redonda na cor preta, um terno azul com tonalidade escura e uma camiseta na cor preta. Ele está sentado em uma poltrona e à frente de uma estante com livros.
COMUNICAçãO

Sem indicadores e monitoramento do efeito de políticas transversais, é difícil entender como o orçamento alcança as populações negras – Entrevista com Cristiano Rodrigues

De Fundação Setubal 16 de abril de 2025

Voltar a pagina inicial Voltar à página inicial Voltar ao topo Voltar ao topo
Fundação Tide Logo Rodapé Mobile Fundação Tide Logo Rodapé desktop
R. Jerônimo da Veiga, 164, 13° andar 04536-000 | São Paulo | SP Brasil
Telefone: (11) 3168-3655
  • ícone do facebook rodapé
  • ícone do instagram rodapé
  • ícone do linkedin rodapé
  • ícone do youtube rodapé
Fechar mapa do site

A Fundação

  • Quem somos
  • Quem foi Tide Setubal
  • História
  • Equipe e conselho
  • Transparência
  • Parcerias

Iniciativas

Galpão ZL

  • Galpão ZL
  • Agenda

Editais

  • Editais
  • Elas Periféricas
  • Matchfunding Enfrente
  • Traços

Atuação

  • Como atuamos
  • Prática de Desenvolvimento Local
    • Desenvolvimento Humano
    • Desenvolvimento Urbano
    • Desenvolvimento Econômico
  • Fomento a Agentes e Causas
    • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
    • Apoio à pesquisa
    • Mobilização de ISP e da sociedade civil
    • Projetos apoiados
  • Programas de influência
    • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
    • Planejamento e Orçamento público
    • Cidades e desenvolvimento urbano
    • Nova economia e desenvolvimento territorial
    • Democracia e cidadania ativa

Fundação em rede

Notícias

Conhecimento

  • Publicações
  • Artigos
  • Materiais de estudo

Imprensa

  • Contato de Imprensa
  • Releases
  • Na mídia

Contato

  • Ícone Facebook Rodapé
  • Ícone instagram Rodapé
  • Ícone linkedin Rodapé
  • Ícone youtube Rodapé
© Copyright 2025. Fundação Tide Setubal. Política de privacidade.
Desenvolvido por Espiral Interativa Link Externo

Nós utilizamos cookies para melhorar a experiência de usuários e usuárias que navegam por nosso site.
Ao clicar em "Aceitar todos os cookies", você estará concordando com esse armazenamento no seu dispositivo.
Para conferir como cuidamos de seus dados e privacidade, acesse a nossa Política de Privacidade.

Aceito o uso de cookies