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A união da sociedade civil mostra que projetos humanizados feitos com integração e escuta são possíveis

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) organizados em pesquisa feita pela Fundação João Pinheiro, o déficit habitacional no Brasil é de quase 5,9 milhões de residências. A luta pela pelo acesso à moradia é o mote do trabalho de Carmen Silva, liderança do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC).

 

Carmen Silva procura, por meio de sua atuação, desmontar estigmas relativos a pessoas sem-teto. “Achamos que sem-teto é um título e uma rotulação – ou seja, aquele que mora em situação de rua. Sem-teto é toda pessoa sem uma moradia digna, que paga aluguel, mora em coabitação ou nos quintais, e que não tem uma casa – seja ela na casa comprada ou dentro de um programa habitacional”, pondera.

 

Para além deste mote, outro ponto de destaque em seu trabalho consiste em chamar a atenção para residências com inadequações em pelo menos um tipo de serviço de infraestrutura. Segundo a Fundação João Pinheiro, há quase 25 milhões de casas com esse perfil no país.

 

Neste sentido, Carmen Silva procura mostrar dimensões sobre o debate sobre habitação além do senso comum. “Nós, que lutamos por moradia, precisamos entender que a moradia se trata de um conjunto. Do que adianta a moradia se não houver saúde, cultura e acessibilidade, por exemplo? Constroem-se moradias aqui, nas bordas, mas e [como ficam] o transporte e a economia? Tudo tem relação.”

 

 

 

Assista à integra do relato de Carmen Silva sobre o +Lapena Habitar

Construção popular e democrática

Ao falar sobre os projetos do +Lapena Habitar, Carmen Silva destacou o papel estratégico exercido pela integração entre o Jardim Lapena e São Miguel Paulista. O acesso entre os dois bairros é um dos motes da iniciativa correalizada pela Fundação Tide Setubal e o BlendLab.

 

Outro ponto destacado pela liderança do MSTC consiste na múltipla perspectiva da união. Esse ponto vale para a proposta de uso comum de espaços por parte da população. Idem para a união entre atores diversos da sociedade civil – “essa é a grande inovação”, afirma Carmen. “Quando a sociedade civil se junta, ela pode mostrar que pode fazer projetos humanizados de integração real e com escuta. Não adianta vir de cima, pois tem que ser com escuta. Ou seja, Trata-se a relação da escuta e da participação da coletividade.”

 

“Por fim, Carmen Silva ressalta chama a atenção para outro ponto considerado inovador. No csso, a integração entre espaços para trabalho e moradia, um dos pontos de destaque do +Lapena Habitar. “A grande inovação é maturar o que as comunidades já fazem: quem mora nas comunidades tem o seu comércio e mora ao mesmo tempo. Essa é uma inovação de se pensar no comum e em todos, e na origem acima de tudo”, completa.

 

 

+ Confira a entrevista de Luiz Kohara, doutor em arquitetura e urbanismo, sobre déficit habitacional

 

+ Saiba mais detalhes sobre o +Lapena Habitar

 

+ Confira quem integra o comitê de avaliação do +Lapena Habitar

 

+ Conheça as cinco propostas do +Lapena Habitar

Sobre o +Lapena Habitar

 

O projeto +Lapena Habitar busca favorecer os movimentos locais que pensam e produzem transformações no tecido urbano. Além disso, a iniciativa visa contribuir para a reflexão sobre o papel da habitação no processo de desenvolvimento sustentável de bairros periféricos, assim como sua integração aos demais eixos de bem-estar urbano.

 

Uma das ações do projeto é a implantação de novas unidades habitacionais no Jardim Lapena. Essa etapa do projeto considera aspectos de desenho urbano e arquitetura, processos pré e pós-ocupação, participação social e gestão coletiva, modelo de negócio e financiamento.

 

Confira na playlist a seguir os relatos de integrantes do comitê de avaliação do projeto +Lapena Habitar.

 

 

 

Texto: Amauri Eugênio Jr.

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