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Como o censo interno e processos de avaliação são aliados na criação de políticas organizacionais em empresas?

Mais do que ser uma ferramenta para mapear o status de equipes, o censo interno tem papel estratégico para desenvolver estruturas organizacionais que tenham a equidade como foco.

 

O processo para criar processos internos com esse teor para, enfim, promover ações de promoção da equidade nas estruturas organizacionais de empresas e instituições é o foco do segundo episódio da websérie Caminhos pela Equidade Racial.

 

Com realização da Fundação Tide Setubal, por meio da Plataforma Alas, e desenvolvimento pela Bonita Produções, o programa mostra aspectos referentes a esse cenário.

 

A saber, alguns tópicos do episódio, que conta com apresentação da jornalista Adriana Couto, mostram a importância do censo interno e de ferramentas de avaliação organizacional para implementar políticas que enfrentam desigualdades raciais. Idem como ouvir o que profissionais que lá trabalham é uma medida estratégica nesse contexto.

 

Nesse sentido, o episódio ouviu as seguintes lideranças sobre a importância de conhecer verdadeiramente suas equipes para a equidade racial se tornar uma prática organizacional:

 

Estratégia e interpretação

Durante sua participação, Daniel Bento destacou um aspecto estratégico sobre o censo interno. Para ele, o instrumento é, enquanto ferramenta de diagnóstico institucional, um recurso complexo em virtude do volume de informações que ele contém. Tais informações são, desse modo, estratégicas para empresas e organizações analisarem de modo aprofundado.

 

“É importante falar que, para além de uma empresa, qualquer instituição empregadora está permeada pelo ambiente existente no Brasil há tantos anos, no qual o trabalho foi pensado inicialmente a partir do escravismo. Então, quando se olha para uma instituição, deseja-se entender também todas essas dinâmicas que as discriminações estruturais deixaram como marcas”, comenta Bento.

 

Contudo, ele faz a seguinte observação. “Sobretudo, apontar quais são os gargalos e possibilidades que temos para alterar esse cenário para haver mais equidade nas instituições.”

 

Sobre o censo interno na prática

Durante o episódio sobre a importância do censo interno, Mirene Rodrigues destacou as descobertas na estrutura da Fundação Tide Setubal por meio do mapeamento.

 

Em sua participação, a gerente organizacional apontou, ao considerar parâmetros previstos a partir da Política de Diversidade e Inclusão da Fundação, para aspectos como a composição racial – 55% da equipe é composta por pessoas negras e 45%, brancas – e para o fato de quase 70% das pessoas profissionais serem mulheres. Além disso, o censo interno da Fundação Tide Setubal identificou, ainda em 2024, que 72% das pessoas profissionais têm trajetória periférica.

 

Essa prática, destaca Mirene, norteia os processos de contratação de profissionais. As gestões das áreas e programas de influência que compõem a Fundação têm autonomia para conduzir tais processos. E o censo interno entra em cena nesse contexto. “Cada área ou coordenação somente pode abrir uma vaga e descrevê-la a partir do diagnóstico do censo.”

 

Essa dinâmica, que influencia também o processo de acolhimento quando entram em cena fatores como gênero, raça e trajetória periférica, reflete-se também em instâncias decisórias. “Conseguimos avançar, enquanto Comitê [de Diversidade e Inclusão], para a diversidade dentro dos nossos conselhos. Conseguimos também provocar o Conselho Curador e o Conselho Fiscal para torná-los mais diversos nas questões, de modo especial, de raça e de origem”, reforça Mirene Rodrigues.

Saiba mais

Para mergulhar no tema e entender a importância do censo interno, assista ao segundo episódio da websérie Caminhos pela Equidade Racial no Enfrente, o nosso canal no YouTube. Confira também os materiais complementares disponíveis neste link e acesse também a Plataforma Alas para conhecer e engajar-se no plano coletivo em favor da equidade racial.

 

 

Texto: Amauri Eugênio Jr.

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